Helena acordou cedo naquela manhã ensolarada. Era o primeiro dia de aula de sua irmã mais nova, Clara, e ela se prontificou a levá-la até a escola. Com um sorriso no rosto, Helena se arrumou rapidamente, vestiu uma blusa leve e pegou a mão de Clara, ansiosa para começar o dia.
Caminhando pelas ruas do vilarejo, Helena e Clara conversavam animadamente. Clara estava empolgada com o primeiro dia de aula, enquanto Helena se preocupava em garantir que tudo corresse bem para sua irmãzinha. Era uma responsabilidade que ela assumia com amor e dedicação.
Ao chegarem à escola, Helena acompanhou Clara até a sala de aula, onde a entregou aos cuidados da professora. Ela observou com ternura quando Clara se juntou às outras crianças, ansiosa por fazer novos amigos e aprender coisas novas. Helena se despediu com um beijo na testa e saiu da escola, pronta para voltar para casa.
Enquanto caminhava de volta, Helena desfrutava da tranquilidade da manhã. O sol iluminava o caminho e o aroma das flores selvagens preenchia o ar. Era um dia perfeito para uma caminhada solitária, até que seus olhos captaram a figura de um jovem rapaz à distância.
Ele era conhecido no vilarejo como o rapaz mais bonito, com cabelos escuros e olhos intensos. Helena sentiu seu coração acelerar quando ele se aproximou, sorrindo gentilmente. Ela o cumprimentou timidamente e continuou a caminhar, mas o rapaz parecia interessado em manter uma conversa.
"Olá, Helena, certo?" ele disse, seu tom de voz suave e amigável. "Eu sou o Lucas. Te vi algumas vezes pelo vilarejo e sempre quis te conhecer."
Helena ficou surpresa com sua abordagem, mas respondeu com um sorriso tímido. "Sim, sou eu. Prazer em te conhecer, Lucas."
Eles continuaram a conversar enquanto caminhavam juntos. Lucas revelou que era filho de uma família de agricultores e compartilhava o amor pela natureza e pelo vilarejo com Helena. Eles riram juntos, trocaram histórias e descobriram interesses em comum.
Ao chegarem ao lago, um lugar tranquilo e sereno, Lucas sugeriu que eles se encontrassem ali novamente. Helena hesitou por um momento, lembrando-se das histórias sobre lobisomens que cercavam aquele lugar. Mas a presença gentil de Lucas e sua personalidade acolhedora a convenceram de que poderia ser uma experiência especial.
"Eu adoraria voltar aqui", Helena disse, seu sorriso se alargando. "Podemos marcar um encontro. Seria ótimo passarmos mais tempo juntos."
Lucas pareceu radiante com a resposta positiva de Helena. Eles combinaram uma data e hora para o encontro no lago, ansiosos para explorar o local juntos e se conhecerem melhor.
Enquanto Helena voltava para casa, seu coração estava cheio de emoção e expectativa. Ela não conseguia deixar de sorrir enquanto revivia conversa com Lucas em sua mente. O encontro prometia ser um momento especial, uma oportunidade para desvendar os segredos do lago e talvez até mesmo deixar para trás o medo dos lobisomens que assombrava sua mente.
À medida que o sol subia no céu e iluminava seu caminho de volta para casa, Helena sentia-se grata por aquele encontro inesperado. Ela mal podia esperar pelo próximo capítulo de sua história, pronto para explorar o desconhecido e abrir seu coração para uma possível conexão com Lucas, o rapaz mais bonito do vilarejo.
Ao entrar em casa, Helena sentiu um clima tenso pairando no ar. Seu coração se apertou quando viu sua mãe, com expressão séria, sentada na sala. Sua irmã mais velha, Isabella, estava em pé, com os olhos vermelhos de lágrimas.
"O que está acontecendo?" Helena perguntou, preocupada, aproximando-se lentamente.
Sua mãe suspirou, desviando o olhar por um momento antes de encará-la com seriedade. "Isabella foi expulsa de casa", ela declarou, sua voz carregada de frustração e decepção.
Helena sentiu um nó se formar em sua garganta. Ela sabia que sua irmã tinha um espírito livre e sempre se arriscava em buscar sua própria felicidade, mas nunca imaginou que a situação chegaria a esse ponto extremo.
"Expulsa de casa?" Helena repetiu, tentando absorver aquelas palavras. "Por quê? O que ela fez?"
Sua mãe suspirou novamente, olhando diretamente nos olhos de Helena. "Isabella encontrou-se com um rapaz sozinha, sem a nossa permissão. Isso é um desrespeito às nossas regras e valores. Eu não posso permitir que ela continue agindo dessa forma."
Helena sentiu sua indignação crescer dentro dela. Ela sabia que sua irmã era teimosa e muitas vezes desafiava as regras, mas expulsá-la de casa parecia uma punição excessiva. Ela tentou encontrar as palavras certas para convencer sua mãe a reconsiderar.
"Mas mãe, expulsá-la de casa é uma medida muito drástica", Helena argumentou, sua voz carregada de emoção. "Isabella cometeu um erro, mas ela é nossa irmã e faz parte da nossa família. Nós devemos apoiá-la e ajudá-la a entender suas escolhas, não afastá-la."
Sua mãe olhou para Helena com um misto de tristeza e firmeza. "Eu entendo que você queira defendê-la, mas precisamos ensinar a Isabella que suas ações têm consequências. Ela precisa aprender a tomar decisões responsáveis."
Helena sentiu uma sensação de impotência invadir seu ser. Ela amava suas irmãs e não queria que a família se desintegrasse. Ela sabia que, se continuasse a insistir, poderia piorar ainda mais a situação. Com um suspiro resignado, ela abaixou a cabeça.
"Talvez você esteja certa, mãe", Helena admitiu, com a voz embargada. "Mas eu só queria que Isabella soubesse que estamos aqui para ela, mesmo que não concordemos com suas escolhas. Ela precisa de nosso apoio agora mais do que nunca."
Sua mãe olhou para Helena por um momento, refletindo sobre suas palavras. Ela suspirou profundamente, parecendo reconsiderar sua decisão. "Eu amo minhas filhas e só quero o melhor para vocês", ela finalmente disse, sua voz suavizando um pouco. "Vamos dar a Isabella uma chance de refletir sobre suas ações. Talvez ela precise de um tempo para pensar."
Helena sentiu um pequeno alívio em seu coração. Pelo
menos sua mãe estava disposta a reconsiderar. Ela sabia que ainda havia muito trabalho a ser feito para reunir a família novamente, mas estava determinada a fazer o possível para que isso acontecesse.
"Obrigada, mãe", Helena disse, sentindo um lampejo de esperança. "Vamos ajudar Isabella a encontrar seu caminho de volta para casa."
As duas se abraçaram, compartilhando um momento de compreensão e reconciliação. Embora o desafio de reunir a família estivesse diante delas, Helena estava disposta a enfrentá-lo com amor e determinação. Ela sabia que o caminho seria difícil, mas estava determinada a trazer de volta a harmonia e o vínculo entre as irmãs e sua mãe
O sol começa a nascer e eu já estou de pé, pronta para começar mais um dia de trabalho. Sou a filha mais velha de uma família humilde e tenho muitas responsabilidades. Tenho que ajudar minha mãe na feira, cuidar da casa e ainda cuidar das minhas irmãs mais novas, Ana e Lúcia. Hoje, no entanto, eu decidi que precisava de um tempo para relaxar e me divertir. Então, convidei minhas irmãs para irmos ao lago. Elas ficaram animadas e se arrumaram rapidamente. Vesti meu biquíni, peguei as toalhas e partimos para a trilha que leva até o lago. Enquanto caminhávamos, as meninas começaram a falar sobre a última fofoca dos vizinhos. Elas adoram um bom escândalo, mas eu prefiro ficar de fora dessas conversas. Prefiro não julgar as pessoas, especialmente sem conhecê-las pessoalmente. Chegamos ao lago e logo nos encontramos com algumas vizinhas. Elas param de falar assim que nos veem. Dona Júlia, a mais fofoqueira de todas, pergunta o que estamos fazendo lá. Ana, sempre animada, responde que estamos
No dia seguinte, acordei cedo para começar minhas tarefas domésticas. Minha mãe já havia saído para trabalhar na feira, então era minha responsabilidade preparar o café da manhã para mim e minhas irmãs. Enquanto comíamos, conversamos sobre a possibilidade dos lobisomens terem causado o ataque à fazenda da noite anterior. Minha irmã mais velha, Maria, disse que havia ouvido falar que um novo grupo de lobisomens havia se instalado na região e que eles estavam cada vez mais agressivos. Enquanto lavava a louça, comecei a refletir sobre a possibilidade de haver lobisomens na região. Sempre acreditei que essas criaturas eram apenas lendas, mas agora, depois de tudo o que havia acontecido, comecei a ficar preocupada. O que aconteceria se um deles atacasse nossa casa? Como poderíamos nos proteger? Meu pai voltou para casa mais cedo do trabalho naquele dia. Ele havia ouvido falar sobre o ataque à fazenda e queria se certificar de que estávamos seguras. Conversamos um pouco sobre o assunto e el
Helena caminhava pelas margens do lago, aproveitando o silêncio e a solidão do lugar para pensar um pouco. Ela havia deixado suas irmãs brincando em um canto mais afastado e estava um pouco afastada delas, tentando encontrar um pouco de paz em meio ao caos da sua vida. Enquanto caminhava, seus olhos se fixaram em um objeto estranho na areia. Era uma pedra ovalada, mas ao contrário de qualquer outra pedra que ela já havia visto, esta tinha um brilho metálico em sua superfície. Curiosa, ela se aproximou e pegou o objeto na mão. Era pesado e frio ao toque, mas ela não conseguia identificar o que era ou de onde vinha. De repente, uma sensação estranha a envolveu. Helena sentiu como se estivesse sendo observada, como se algo ou alguém estivesse olhando para ela. Ela se virou rapidamente, mas não viu ninguém por perto. Era como se a presença estivesse em toda parte e em lugar nenhum ao mesmo tempo. "Quem está aí?" Helena chamou, mas não houve resposta. Ela sentiu seu coração acelerar em seu
Após o almoço, passei o resto do dia encarando aquele colar misterioso. Eu não conseguia tirar meus olhos dele, e sentia como se estivesse sendo observada. Será que era apenas minha imaginação? No início da tarde, decidi que precisava me distrair e relaxar um pouco. Então, resolvi voltar ao lago onde minha irmã havia ficado mais cedo. Coloquei o colar no bolso e saí de casa, caminhando até o local. Assim que cheguei, avistei minha irmã sentada na grama, lendo um livro. Ela olhou para mim e sorriu, fazendo sinal para que eu me sentasse ao seu lado. Como foi a feira? - perguntou ela. Foi normal - respondi, sem muito ânimo. Parece que tem algo te incomodando, o que foi? - ela insistiu. Eu hesitei por um momento, mas decidi que precisava desabafar com alguém. Encontrei um colar estranho hoje de manhã, perto do lago. Desde então, tenho a sensação de estar sendo observada - expliquei, tirando o colar do bolso e mostrando para minha irmã. Ela pegou o colar e o examinou com atenção. Por um mo
A festa estava animada, com muitas pessoas dançando e conversando em grupos. O som da música folclórica tocava alto e os aromas de comidas deliciosas pairavam no ar. O local era decorado com flores e lanternas coloridas, criando um ambiente alegre e acolhedor. Eu caminhei com a minha família pela festa, cumprimentando amigos e conhecidos. As pessoas elogiavam meu vestido e eu me sentia feliz por estar ali. Vi crianças correndo e brincando, adultos bebendo e conversando, e idosos dançando juntos. Eu também aproveitei a festa, dançando com meus familiares e amigos. A música contagiante fazia com que todos se movessem em sintonia, criando uma atmosfera de alegria e união. Alguns dos moradores locais também se apresentaram durante a festa, tocando instrumentos tradicionais e cantando canções populares. Eu me lembro de ter ficado impressionada com o talento deles e senti orgulho de pertencer a essa comunidade. A festa durou até tarde da noite, quando a maioria dos moradores começou a se re