Capitulo 2

No dia seguinte, acordei cedo para começar minhas tarefas domésticas. Minha mãe já havia saído para trabalhar na feira, então era minha responsabilidade preparar o café da manhã para mim e minhas irmãs. Enquanto comíamos, conversamos sobre a possibilidade dos lobisomens terem causado o ataque à fazenda da noite anterior. Minha irmã mais velha, Maria, disse que havia ouvido falar que um novo grupo de lobisomens havia se instalado na região e que eles estavam cada vez mais agressivos. Enquanto lavava a louça, comecei a refletir sobre a possibilidade de haver lobisomens na região. Sempre acreditei que essas criaturas eram apenas lendas, mas agora, depois de tudo o que havia acontecido, comecei a ficar preocupada. O que aconteceria se um deles atacasse nossa casa? Como poderíamos nos proteger? Meu pai voltou para casa mais cedo do trabalho naquele dia. Ele havia ouvido falar sobre o ataque à fazenda e queria se certificar de que estávamos seguras. Conversamos um pouco sobre o assunto e ele disse que iria tomar medidas de precaução, como trancar todas as portas e janelas à noite e manter uma arma à mão. Depois de terminar as tarefas domésticas, fui até o lago novamente com minhas irmãs. Dessa vez, estávamos um pouco mais cautelosas e ficamos atentas a qualquer movimento estranho na floresta ao redor. Enquanto brincávamos na água, ouvi uma conversa de duas senhoras da cidade que passavam pelo local. ''Você ouviu falar sobre o ataque à fazenda ontem à noite? '' perguntou uma delas. ''Claro que ouvi. Dizem que foram lobisomens que fizeram isso'' respondeu a outra. ''Ora, essas histórias de lobisomens são todas lendas. Provavelmente foram apenas alguns bandidos comuns '' retrucou a primeira. Fiquei em silêncio, ouvindo a conversa das senhoras. Não sabia mais em quem acreditar. Enquanto voltávamos para casa mais tarde naquele dia, eu e minhas irmãs discutimos sobre o assunto. Minha irmã mais nova, Ana, começou a chorar e disse que tinha medo dos lobisomens. ''Não se preocupe, Ana. Papai e eu vamos proteger vocês '' eu disse, tentando confortá-la. Chegamos em casa e começamos a preparar o jantar. Enquanto isso, minha mãe chegou da feira e começou a nos ajudar. Eu tentei puxar assunto com ela, mas ela estava claramente cansada e não parecia interessada em conversar. Minha mãe nunca foi muito afetuosa comigo e, às vezes, eu me sentia como se fosse apenas uma empregada em nossa casa. Jantamos em silêncio e fomos para a cama cedo naquela noite, ainda preocupadas com a possibilidade dos lobisomens estarem lá fora.

No dia seguinte, acordei cedo e fui ajudar minha mãe na cozinha. Ela preparava o café da manhã para todos, enquanto eu descascava batatas para o almoço. Minhas irmãs ainda dormiam, mas logo acordariam para ajudar com os afazeres da casa. Depois do café, fui com minha mãe até a feira para comprar legumes e verduras. Durante o caminho, ela comentou sobre o incidente com o lobisomem que havia acontecido na noite anterior. "O que você acha, Helena? Será que estamos seguras aqui na cidade?", ela perguntou, com um tom preocupado. "Não sei, mãe. Mas acho que não devemos deixar o medo nos dominar", respondi, tentando acalmá-la. "Você tem razão, filha. Mas é difícil não se preocupar com o que pode acontecer." Chegamos à feira e fizemos nossas compras. Enquanto escolhíamos os legumes, ouvi uma conversa entre duas senhoras sobre o incidente com o lobisomem. "Dizem que ele atacou uma mulher na floresta. Será que é verdade?", uma das senhoras perguntou. "Eu não duvido. Esses lobisomens são perigosos demais. Não devíamos deixar nossos filhos saírem de casa sozinhos", respondeu a outra. Fiquei com medo ao ouvir aquilo, mas tentei não demonstrar para minha mãe. Depois de terminarmos as compras, voltamos para casa. Durante a tarde, fiz as tarefas da casa e ajudei minhas irmãs com a lição de casa. Meu pai chegou do trabalho e nos reunimos para o jantar. Durante a refeição, ele comentou sobre o incidente com o lobisomem. "Ouvi dizer que a polícia está investigando. Mas ainda não sabem nada concreto", ele disse. "Espero que encontrem esse lobisomem logo. Não quero que minhas filhas corram perigo", minha mãe respondeu, visivelmente preocupada. Depois do jantar, fui para meu quarto e deitei na cama. Ainda estava pensando no que havia acontecido na noite anterior e nas conversas que ouvi na feira. Não consegui evitar o medo que me invadia. Foi então que me lembrei do lobo que vi na floresta. Será que ele era um lobisomem? Será que ele estava envolvido no incidente? Essas perguntas me assombravam e eu não conseguia encontrar respostas para elas. Decidi que precisava enfrentar meus medos e descobrir o que estava acontecendo.

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