No dia seguinte, acordei cedo para começar minhas tarefas domésticas. Minha mãe já havia saído para trabalhar na feira, então era minha responsabilidade preparar o café da manhã para mim e minhas irmãs. Enquanto comíamos, conversamos sobre a possibilidade dos lobisomens terem causado o ataque à fazenda da noite anterior. Minha irmã mais velha, Maria, disse que havia ouvido falar que um novo grupo de lobisomens havia se instalado na região e que eles estavam cada vez mais agressivos. Enquanto lavava a louça, comecei a refletir sobre a possibilidade de haver lobisomens na região. Sempre acreditei que essas criaturas eram apenas lendas, mas agora, depois de tudo o que havia acontecido, comecei a ficar preocupada. O que aconteceria se um deles atacasse nossa casa? Como poderíamos nos proteger? Meu pai voltou para casa mais cedo do trabalho naquele dia. Ele havia ouvido falar sobre o ataque à fazenda e queria se certificar de que estávamos seguras. Conversamos um pouco sobre o assunto e ele disse que iria tomar medidas de precaução, como trancar todas as portas e janelas à noite e manter uma arma à mão. Depois de terminar as tarefas domésticas, fui até o lago novamente com minhas irmãs. Dessa vez, estávamos um pouco mais cautelosas e ficamos atentas a qualquer movimento estranho na floresta ao redor. Enquanto brincávamos na água, ouvi uma conversa de duas senhoras da cidade que passavam pelo local. ''Você ouviu falar sobre o ataque à fazenda ontem à noite? '' perguntou uma delas. ''Claro que ouvi. Dizem que foram lobisomens que fizeram isso'' respondeu a outra. ''Ora, essas histórias de lobisomens são todas lendas. Provavelmente foram apenas alguns bandidos comuns '' retrucou a primeira. Fiquei em silêncio, ouvindo a conversa das senhoras. Não sabia mais em quem acreditar. Enquanto voltávamos para casa mais tarde naquele dia, eu e minhas irmãs discutimos sobre o assunto. Minha irmã mais nova, Ana, começou a chorar e disse que tinha medo dos lobisomens. ''Não se preocupe, Ana. Papai e eu vamos proteger vocês '' eu disse, tentando confortá-la. Chegamos em casa e começamos a preparar o jantar. Enquanto isso, minha mãe chegou da feira e começou a nos ajudar. Eu tentei puxar assunto com ela, mas ela estava claramente cansada e não parecia interessada em conversar. Minha mãe nunca foi muito afetuosa comigo e, às vezes, eu me sentia como se fosse apenas uma empregada em nossa casa. Jantamos em silêncio e fomos para a cama cedo naquela noite, ainda preocupadas com a possibilidade dos lobisomens estarem lá fora.
No dia seguinte, acordei cedo e fui ajudar minha mãe na cozinha. Ela preparava o café da manhã para todos, enquanto eu descascava batatas para o almoço. Minhas irmãs ainda dormiam, mas logo acordariam para ajudar com os afazeres da casa. Depois do café, fui com minha mãe até a feira para comprar legumes e verduras. Durante o caminho, ela comentou sobre o incidente com o lobisomem que havia acontecido na noite anterior. "O que você acha, Helena? Será que estamos seguras aqui na cidade?", ela perguntou, com um tom preocupado. "Não sei, mãe. Mas acho que não devemos deixar o medo nos dominar", respondi, tentando acalmá-la. "Você tem razão, filha. Mas é difícil não se preocupar com o que pode acontecer." Chegamos à feira e fizemos nossas compras. Enquanto escolhíamos os legumes, ouvi uma conversa entre duas senhoras sobre o incidente com o lobisomem. "Dizem que ele atacou uma mulher na floresta. Será que é verdade?", uma das senhoras perguntou. "Eu não duvido. Esses lobisomens são perigosos demais. Não devíamos deixar nossos filhos saírem de casa sozinhos", respondeu a outra. Fiquei com medo ao ouvir aquilo, mas tentei não demonstrar para minha mãe. Depois de terminarmos as compras, voltamos para casa. Durante a tarde, fiz as tarefas da casa e ajudei minhas irmãs com a lição de casa. Meu pai chegou do trabalho e nos reunimos para o jantar. Durante a refeição, ele comentou sobre o incidente com o lobisomem. "Ouvi dizer que a polícia está investigando. Mas ainda não sabem nada concreto", ele disse. "Espero que encontrem esse lobisomem logo. Não quero que minhas filhas corram perigo", minha mãe respondeu, visivelmente preocupada. Depois do jantar, fui para meu quarto e deitei na cama. Ainda estava pensando no que havia acontecido na noite anterior e nas conversas que ouvi na feira. Não consegui evitar o medo que me invadia. Foi então que me lembrei do lobo que vi na floresta. Será que ele era um lobisomem? Será que ele estava envolvido no incidente? Essas perguntas me assombravam e eu não conseguia encontrar respostas para elas. Decidi que precisava enfrentar meus medos e descobrir o que estava acontecendo.
Helena caminhava pelas margens do lago, aproveitando o silêncio e a solidão do lugar para pensar um pouco. Ela havia deixado suas irmãs brincando em um canto mais afastado e estava um pouco afastada delas, tentando encontrar um pouco de paz em meio ao caos da sua vida. Enquanto caminhava, seus olhos se fixaram em um objeto estranho na areia. Era uma pedra ovalada, mas ao contrário de qualquer outra pedra que ela já havia visto, esta tinha um brilho metálico em sua superfície. Curiosa, ela se aproximou e pegou o objeto na mão. Era pesado e frio ao toque, mas ela não conseguia identificar o que era ou de onde vinha. De repente, uma sensação estranha a envolveu. Helena sentiu como se estivesse sendo observada, como se algo ou alguém estivesse olhando para ela. Ela se virou rapidamente, mas não viu ninguém por perto. Era como se a presença estivesse em toda parte e em lugar nenhum ao mesmo tempo. "Quem está aí?" Helena chamou, mas não houve resposta. Ela sentiu seu coração acelerar em seu
Após o almoço, passei o resto do dia encarando aquele colar misterioso. Eu não conseguia tirar meus olhos dele, e sentia como se estivesse sendo observada. Será que era apenas minha imaginação? No início da tarde, decidi que precisava me distrair e relaxar um pouco. Então, resolvi voltar ao lago onde minha irmã havia ficado mais cedo. Coloquei o colar no bolso e saí de casa, caminhando até o local. Assim que cheguei, avistei minha irmã sentada na grama, lendo um livro. Ela olhou para mim e sorriu, fazendo sinal para que eu me sentasse ao seu lado. Como foi a feira? - perguntou ela. Foi normal - respondi, sem muito ânimo. Parece que tem algo te incomodando, o que foi? - ela insistiu. Eu hesitei por um momento, mas decidi que precisava desabafar com alguém. Encontrei um colar estranho hoje de manhã, perto do lago. Desde então, tenho a sensação de estar sendo observada - expliquei, tirando o colar do bolso e mostrando para minha irmã. Ela pegou o colar e o examinou com atenção. Por um mo
A festa estava animada, com muitas pessoas dançando e conversando em grupos. O som da música folclórica tocava alto e os aromas de comidas deliciosas pairavam no ar. O local era decorado com flores e lanternas coloridas, criando um ambiente alegre e acolhedor. Eu caminhei com a minha família pela festa, cumprimentando amigos e conhecidos. As pessoas elogiavam meu vestido e eu me sentia feliz por estar ali. Vi crianças correndo e brincando, adultos bebendo e conversando, e idosos dançando juntos. Eu também aproveitei a festa, dançando com meus familiares e amigos. A música contagiante fazia com que todos se movessem em sintonia, criando uma atmosfera de alegria e união. Alguns dos moradores locais também se apresentaram durante a festa, tocando instrumentos tradicionais e cantando canções populares. Eu me lembro de ter ficado impressionada com o talento deles e senti orgulho de pertencer a essa comunidade. A festa durou até tarde da noite, quando a maioria dos moradores começou a se re
Helena acordou cedo naquela manhã ensolarada. Era o primeiro dia de aula de sua irmã mais nova, Clara, e ela se prontificou a levá-la até a escola. Com um sorriso no rosto, Helena se arrumou rapidamente, vestiu uma blusa leve e pegou a mão de Clara, ansiosa para começar o dia.Caminhando pelas ruas do vilarejo, Helena e Clara conversavam animadamente. Clara estava empolgada com o primeiro dia de aula, enquanto Helena se preocupava em garantir que tudo corresse bem para sua irmãzinha. Era uma responsabilidade que ela assumia com amor e dedicação.Ao chegarem à escola, Helena acompanhou Clara até a sala de aula, onde a entregou aos cuidados da professora. Ela observou com ternura quando Clara se juntou às outras crianças, ansiosa por fazer novos amigos e aprender coisas novas. Helena se despediu com um beijo na testa e saiu da escola, pronta para voltar para casa.Enquanto caminhava de volta, Helena desfrutava da tranquilidade da manhã. O sol iluminava o caminho e o aroma das flores sel
O sol começa a nascer e eu já estou de pé, pronta para começar mais um dia de trabalho. Sou a filha mais velha de uma família humilde e tenho muitas responsabilidades. Tenho que ajudar minha mãe na feira, cuidar da casa e ainda cuidar das minhas irmãs mais novas, Ana e Lúcia. Hoje, no entanto, eu decidi que precisava de um tempo para relaxar e me divertir. Então, convidei minhas irmãs para irmos ao lago. Elas ficaram animadas e se arrumaram rapidamente. Vesti meu biquíni, peguei as toalhas e partimos para a trilha que leva até o lago. Enquanto caminhávamos, as meninas começaram a falar sobre a última fofoca dos vizinhos. Elas adoram um bom escândalo, mas eu prefiro ficar de fora dessas conversas. Prefiro não julgar as pessoas, especialmente sem conhecê-las pessoalmente. Chegamos ao lago e logo nos encontramos com algumas vizinhas. Elas param de falar assim que nos veem. Dona Júlia, a mais fofoqueira de todas, pergunta o que estamos fazendo lá. Ana, sempre animada, responde que estamos