- Eu falei que tomaríamos café com Perséfone, não falei? - Cochichei para Krakor, tirando uma onda um pouco, no mesmo estilo dele, enquanto estávamos todos sentados diante de uma imensa mesa, no Palácio de Perséfone, tendo justamente café sendo servido. Aparentemente a planta foi trazida da Terra por alguém e o costume de tomar sua bebida com visitantes, copiado.
- Quer dizer, então que alguém está confrontando Hades, nesse momento? Corajoso ele. - Perséfone, lindíssima, como praticamente todas as mulheres que conheci até aqui, mas como cada uma delas, com detalhes únicos que dava algum destaque especial inexplicável. Seus cabelos longos de cor rosa, sua expressão terna, suas formas, valorizadas pela roupa justa e decotada que usava, com detalhes em peças de bronze e em pedras brilhantes.- Não era bem o objetivo dele, mas no final das contas, acabou fazendo-se justiceiro e pronto, estamos todos nesse barco - Krakor contou do jeito dele.- Perséfone, desculpe perguntar, masFreya saiu dando um beijo em Perséfone e eu achei aquele momento absolutamente estranho. A sensação que tive era que algo não parecia certo no comportamento dela.- O que foi garoto? Ficou interessado nela? - perguntou Krakor, com seu tradicional humor agressivo.- Se eu disser que sim você me permite ir atrás dela se me atormentar? - respondi baixo, passando por ele, na expectativa de não perdê-la de vista.- Ah, a paixão, a paixão! Histórias tão confusas do coração! - Krakor cantando conseguia ser ainda mais inconveniente.Eu fui me esgueirando pelo trajeto e encontrei Tocqueville que estava na entrada do buraco que dava acesso a caverna que era chamada de submundo daquele planeta. Ficava atrás dos jardins do Castelo. Apesar de um pouco assustador na entrada, não era o que se podia dizer de algo muito difícil de se acessar, bem diferente do que t
- Bom, alguém já planejou o que fazer se Hades vier por aquela passagem? - Hagar perguntou retornando de algum ponto que investigava da caverna por algum motivo. - Parece que todos resolveram sair sem falar nada para algum lugar e retornarem de lados diferentes ao mesmo tempo. Espero que tenham ideias - disse Nerfate. - Estava testando as estruturas desse lugar, a atmosfera é ainda mais densa aqui dentro do que lá fora. Controlar elementos não é nada fácil aqui. Imagino que mesmo que ele ainda assim consiga fazer isso, destruir qualquer pedaço dessa estrutura parece um grande desafio. - Essa era a análise de Bel. - Você que o conhece tão bem, Perséfone, consegue nos dizer o quanto ele consegue controlar os elementos aqui e se por acaso ele tem algum ponto fraco que possamos utilizar? - A pergunta de Dafa revelava um ar esperançoso, que não parecia muito comum para ela.
- Nããããão! - Athos gritou e a caverna chegou a tremer. Imediatamente abriu um portal, provavelmente querendo ir atrás de Poseidon, mas Sussurro o impediu. - Aonde você pensa que vai? - ela perguntou. - É claro que vou atrás deles em Atlas! - respondeu, repleto de ódio e visivelmente cego pelas emoções. - Não seja inconsequente! Ficamos claramente em vantagem aqui e ainda assim tomamos uma invertida. Devemos agir com calma. - ponderou ela. - Sussurro, se fosse com você, eu também já estaria lá! Eu não posso deixá-la nas mãos desses canalhas, não posso! - Pela primeira vez vi lágrimas escorrerem de seus olhos. - Trovar, você também pode criar portais, certo? - perguntou Hagar, entendendo que devia assumir a liderança das ações. - Sim - respondeu ele. - Ó
Quando chegamos em Vésper, Krakor quis imediatamente começar a construir uma cidade para os lobos. Ele logo cutucou o resto do grupo, sugerindo que, com tanta gente poderosa, se todos trabalhassem juntos eles conseguiriam criar algo incrível rapidamente. E assim foi feito. Eles reproduziram a cidade de Asgard de Inc, mas ouvindo os lobos a respeito de detalhes que poderiam tornar as construções ainda melhores. Ao final todos foram contemplados com seus gostos e anseios para suas próprias casas. O Castelo ficou, ao que tudo indicava, para mim. Athos e Krakor haviam sido particularmente precisos pois criaram Asgard na fronteira com a cidade dos Ventos, que abrigou o povo de Finiti.- Rei de dois povos? - perguntou Tocqueville. - Isso é um pouco o que me preocupa. - respondi. - Estarei aqui para te ajudar. Espero que você tenha alguma figura assim do lado de lá também. - Tocqueville apontou a cabe&cce
Athos estava com parte do grupo, na companhia de uma mulher misteriosa, a qual pareceu muito poderosa e intimidadora. Quando chegávamos perto, ele abriu um portal e todos atravessaram. Imediatamente, mais um portal se abriu e uma outra mulher saiu dele.- Olá, Magno e Henri, é muito bom estar finalmente diante de vocês. Vocês não me conhecem ainda, mas já devem ter ouvido alguém falar sobre mim pelo nome de Elaryan, não é mesmo? - A mulher se apresentou e um frio na espinha quase travou completamente nossos movimentos. - É incrível essa simbiose entre duas pessoas, em tempos antigos, muito remotos, era uma desgraça o fato raro disso acontecer, era tido como um castigo de Deus. Entendam que quase nenhuma delas foi tão bem sucedida quanto a de vocês. Muito menos o fato de alguma delas permitir ainda uma segunda simbiose. Ainda mais com alguém como Fenrir, um lobo Alfa, que trocou várias vezes de companheiro. Talvez esse tenha sido o fato que permitiu a simbiose acontecer, antes de
Minha dúvida agora era que, mesmo aceitando a missão dada por Elaryan, como poderíamos botar o pé na porta de um Reino daquele tamanho e dizer: Somos os Reis?Descemos para junto do povo de Finiti e dos Lobos e explicamos a situação. Fazia parte da minha natureza e da de Henri também, ouvir as pessoas, saber o que elas pensavam, principalmente sobre coisas que afetariam suas vidas. Quando sugeri que falassem, algumas pessoas foram pedindo a palavra e todas nos apoiavam, independente do que pudesse acontecer. Era muito bonito de ver, o quanto confiavam em nós. Quando um deles citou o Rei Falcão e tudo que ele tinha feito por eles, Henri se emocionou muito. Nomeamos publicamente Tocqueville como nosso representante diante dos Lobos, uma liderança que já era natural e bem aceita por eles e nomeamos um conselho dos que já nos acompanhavam para cuidarem dos habitantes de Finiti. Também p
A cama era a mais incrível que tanto eu quanto Henri já tínhamos provado. Era como se o colchão se adaptasse a cada músculo do nosso corpo, a cada movimento que fizéssemos, deixando o conforto o mais perfeito possível para a nossa sensação. O lençol com o qual nos cobrimos tinha um toque leve e macio que finalizava uma percepção de como se fossemos abraçados. E, por fim, a parte superior, a cabeceira da cama, possuía um leitor que analisava nossa mente e emitia, um micro-som e um aroma que auxiliavam nosso cérebro a entrar em sono profundo. Resumindo: o melhor descanso das nossas vidas.Acordei com um carinho em meu rosto. Olhei e era ela.- Ilana! - exclamei assim que percebi que era ela ali. Seria um sonho? Ela me abraçou, deitando também e me beijou. Beijou e foi ainda mais gostoso do que minha lembrança conseguia trazer, do que meus devaneios co
Elaryan conseguia observar as três histórias acontecendo ao mesmo tempo e acompanhava o tempo certo em que deveria intervir.Falcão estava prestes a mudar toda a história de repressão de um povo. Confiante, liderando uma revolta, sentia que sua habilidade de controlar o ar aumentava quanto mais distante estava de sua prisão, quanto mais adentrava naquela cidade cheia de prédios e objetos voadores. Saiu do chão, conseguindo flutuar. Outros do grupo passaram a conseguir controlar elementos também. Num outro painel, Elaryan assistia Alice. A história dela se desenrolou como um romance, cheio de reviravoltas e envolvimentos afetivos. Elaryan se entristecia por ver como sofriam os personagens, como se entregavam, como demonstravam seu amor. Ela sempre pensava, com pesar, que nada daquilo valia de nada. Que Alicia, depois de tudo, reencontraria o que ficou para trás, sua vida anterior, algo que ela jama