Após explicarmos para Hagar, durante uma excessiva quantidade de bebida tomada, a qual ninguém sabia que existia em uma adega do Palácio (sequer sabia sobre a existência de uma adega), sobre os fatos que aconteceram desde a morte do Rei Falcão, até o sequestro dos últimos mestres do ar e a fuga do General, ele começou a ponderar sobre tudo que acontecia. Para ele, certamente havia alguém por trás do plano de Zeon, alguém mais poderoso que ele mesmo e esse alguém estava por trás desse ataque.
- Não consigo entender como eu pude sair desse planeta, da última vez que estive aqui, levando apenas uma garrafa desse néctar maravilhoso. Além de muito saboroso, faz a gente pensar com muito mais clareza, não existe bebida assim em nenhum outro lugar do Universo onde já estive. - Enquanto pensava alto, teorizava sobre cada ato e consequência a respeito- Acho que depois de tudo que preparamos, seja interessante criar um guia para recém-chegados, não acha, Krakor? - Perguntou, Athos, num tom de quem já tinha feito aquele processo de resgate algumas vezes.- Acho que não, Athos, cada um vem de lugares diferentes, com experiências diferentes e o que você criou é tão belo, não acho que transformar isso numa gravação repetida honraria tal iniciativa. Que cada um seja uma grande novidade, mesmo que precisemos explicar algumas coisas várias vezes. - Krakor parecia um senhor muito simpático, mas Hagar e Nerfate olhavam para ele com surpresa, como se outra pessoa quem estivesse falando aquelas palavras.- Krakor, você consegue dizer quanto tempo passou aqui? Claramente, pela minha experiência, seu fluxo temporal foi muito maior que o nosso. - Hagar realmente era o mais surpreso e tinha uma visão das coisas, muito a frente do superficial. Parecia entender as coisas tão rapidamente, com tanta facilidade, era como se lesse as entrelinha
Nazer e Nazerith enfim estavam reunidos, mas aprisionados. Não faziam ideia de qual planeta estavam, muito menos do que os prendia. A estrutura era comprimida, e eles só conseguiam ficar deitados no local, com um pequeno espaço suficiente para se virarem. O ar era extremamente denso e eles não conseguiam manipular o suficiente para que causasse algum efeito que pudesse libertá-los dali. Nazer tentou mudar a pressão das moléculas do ar, mas não conseguia resultados. De tempos em tempos, quando sentiam muita fome, alguém surgia e jogava por baixo de um pequeno vão de abertura alguns manuais de objetos simples que nenhum deles nunca viu. Ler a respeito de algo que não conheciam, por mais simples que fosse, era suficiente para saciar a fome deles e fazer seus cérebros produzirem energia par ao corpo sobreviver. Logo notaram que a intenção de quem os sequestrou era que eles apenas permaneces
O que o preocupava não era sua realidade atual, que realmente era crítica, mas as consequências de sua ausência para seu povo e para seu filho. Tanto tempo para construir a paz e tudo se perdeu tão facilmente. Ele estava num planeta inferno. Não fazia sentido ele ter ido parar num planeta inferno. Pelo que tinha de informações, normalmente eram mandados para esse tipo de planeta suicidas, pessoas que tivessem tomado atitudes mesquinhas e egoístas, pessoas que não se importavam nem um pouco com outras... Mas lá estava o Rei Falcão, aprisionado em um lugar onde a morte não o livrava do martírio daquela vida. Ao morrer, independente da forma, pra sempre se renascia no mesmo lugar que desapareceu. E quem não tijnha poderes acabava por se tornar um escravo. Trabalhava cada dia numa função em prol da geração de energia para os que tinham poderes, aqueles que conseguiam controlar o vento e a água. Falcão não era um mestre do ar mas tinha um bom domínio da técnica em Finiti, mas renascido,
Alice despertou deitada numa confortável cama. Ao seu lado estava Drevuz, preocupadíssimo.- Me perdoe, eu não tinha entendido que você não estava bem, que queria que eu parasse, achei justamente o contrário - dizia ele, ainda desesperado, mas aliviado por ela ter acordado.Alice tentou erguer seu corpo, mas ainda sentiu dores, preferiu permanecer um pouco mais deitada.- Aconteceu algo com meu cérebro exatamente no auge do meu prazer. Eu comecei a receber uma quantidade de informações, ter acesso a elas e quando cheguei ao orgasmo, eu tive a sensação simultânea de todos que eu já havia tido. Foi algo absolutamente maluco e meu corpo não aguentou. Quando eu te abracei eu estava prestes a desmaiar e você ter achado que isso era um sinal pra continuar, me derrubou de vez. Mas antes disso eu já tinha recuperado todas as minhas lembranças. - Ela fez uma pausa, olhou para o lado, desviando o olhar, com algum pesar. - Minha primeira morte foi em um acidente de avião.
Após o trabalhoso transporte de toda a população de Finiti para Vésper e uma aparente calmaria momentânea, Hagar, Nerfate, Krakor e Dafa decidiram que seria interessante irem para algum planeta do outro lado do Universo para aguardarem um possível sinal de algum dos outros dos doze. A melhor escolha segundo eles seria ir para algum planeta de nível mais baixo, já que o tempo lá, passaria mais rápido do que em planetas de nível mais alto. A chance de terem algum problema que não pudessem dar conta seria bem menor também. Henri e eu, que estávamos juntos com eles, achamos que seria uma excelente oportunidade de conhecermos e aprendermos coisas novas e quem sabe não acabarmos descobrindo algo sobre Nazer e Nazerith. Dafa e Hagar ensinaram Athos a produzir um sinal de localização e a identificá-lo também, dessa forma, ele poderia, de onde ele estivesse, sab
Saímos do portal e Athos sequer passou por ele. O elfo alado aparentemente nos enviou para o destino e conseguiu seguir para outro lado sozinho. Cada um caiu do céu, de uma altura considerável, equivalente a alguns andares de um prédio, ao seu modo. Todos conseguiam flutuar, exceto eu e Henri que separados ainda tínhamos alguma dificuldade com elementos e fomos pegos de surpresa. Hagar nos fez flutuar, mas ninguém chegou a pousar. Fomos atingidos por uma energia, um choque elétrico que derrubou a todos.Uma espécie de amazona gritava utilizando todo tipo de ataque contra uma quantidade enorme de inimigos, centenas, talvez milhares.Aquele golpe de energia jogou todos para longe e nós caímos no espaço que ficou vazio entre ela e uma porção de guerreiros que a rodeavam.Os que ficaram mais próximos olhavam para o céu e não para nós.- Bel! É você mesma, Bel? - gritou Dafa para a amazona. Todos olharam para trás, para o centro daquele círculo e também a identificaram como p
- De onde você tirou essa ideia de desafiar o Alfa? - Krakor perguntou com um ar de julgamento a respeito da minha decisão.- De histórias que ouvi em minha primeira vida - respondi. - Não fazia ideia se daria certo. - Parece que deu, foi brilhante, mas não significa que você possa sobreviver. - Krakor, apesar de demonstrar uma reação diferente do que eu esperava, não parecia a melhor pessoa para motivar alguém em desvantagem evidente. - Ah, a morte seria um cenário super positivo. Existem problemas muito maiores para esperar-se de um combate contra uma simbiose de lobo alfa. - Hagar não ajudava muito, também. Os lobos continuavam nos cercando, mas com um espaço maior. O Alfa tinha saído, após a provocação, mas demonstrando que voltaria em pouco tempo. Cada vez que um deles tentava se mexer, saindo do grupo, os lobos rosnavam. O Alfa retornou com outros que traziam uma série de armas. - Cada um de nós terá o direito de escolher 2 armas dentre essas 15. Alé
O problema de levar o povo daquele planeta para Vésper era que eu não sabia como os lobos reagiriam ao fato de lá não existirem as mesmas luas, com as mesmas características de Inc, aquele planeta onde estavam. Outro problema estava ligado a conhecimentos que eu estava recebendo do lobo interior que passou a fazer parte de nós. - Vocês sabiam que era possível ter uma simbiose tripla e ela ser feita com um ser que já tinha uma simbiose antes? - O questionamento foi um pensamento meu que foi colocado pra fora, dentre um emaranhado de conflitantes pensamentos que passaram a me dominar. - Realmente não, mas você já era uma exceção, então, não temos como saber muito. Mas será que podemos deixar essa conversa para depois? Realmente preciso voltar para Ux, nesse exato momento estamos nos preparando para atacar Hades, no submundo. - Quando Athos disse isso, eu caí de joelhos e era como se uma voz gritasse dentro de mim, como se alguém me chamasse. - Athos, tenho que ficar aqui m