- Não é uma babá fixa, mãe. Só precisávamos de alguém para olhar as crianças hoje à noite. Além disso a babá é a Dafine. – Falo e ela suspira de alívio.
- Nunca em toda a minha existência vi babá com honorários tão caros. – Samuel resmunga.
- Bom. Nós já vamos, vamos entrar para nos despedir do meu pai. – Falo me desvencilhando de Samuel e puxando a minha mãe.
Quando chegamos em casa Dafine estava dormindo no sofá com as crianças em cima dela. Não deveria estar confortável para nenhum deles.
- Eu pego Harry e você Sônia e Josh. Vou arrumar o quarto de hóspedes para Dafine. – Eu Sussurro para Samuel.
- Não precisa. – Ouço Dafine dizer baixinho. – Pedro está esperando para vir me buscar.
- Um minuto. &nda
Encosto no sofá e fecho os olhos, as crianças vendo algo em seus respectivos tablets, hoje foi um dia super cansativo e tudo o que penso é em dormir.- Mamãe. – Harry me chama e eu abro os olhos.- Oi querido. – Falo me sentando.- Voce está cansada? – Ele pergunta.- Sim, por que? – Coisa boa não vem aí.- Eu posso fazer uma massagem em você e você me paga. – Sabia.- E quanto essa massagem me custaria? – Pergunto levantando a sobrancelha.- Mil e duzentos pesos. – Engasgo.- Como é que é, Harry? – Pergunto em choque. Meu filho quer me extorquir.- Eu quero um jogo novo, mamãe. Vovó falou que eu preciso fazer algo para consegui-lo, mas eu não sei fazer nada. – Ele parece devastado e meu coração de manteiga se rende a sua carinha.- A mamãe pode
Você não tem que perde pra dar valor.Você tem que dar valor pra não perder.FlashS = [Vou chegar tarde. Muito trabalho por aqui. 21:00 estou em casa.]Normalmente eu não me importaria muito com as horas extras que meu marido trabalhava, mas desde que ela, Yolanda, a peituda, foi trabalhar com ele essas horas extras me deixavam me corroendo de ciúmes e só esse mês essa é a nona vez, não que eu esteja contando.O relógio marca as 21:20 e minha cabeça contra a minha vontade começa a criar cenas do que Samuel pode está fazendo em seu escritório uma hora dessas trancado com a sua secretária. Imagens dos dois no sofá, no tapete, em sua mesa, no banheiro povoam a minha mente e sinto lágrimas de ódio queimando os meus olhos. Se ele fizer algo assim vou matá-lo, prometo a mim mesma.Quando Samuel entra pela porta da frent
- Oi. – Ela fala baixinho.- Oi. Não dormiu? – Pergunto vendo suas olheiras.- Não. O remorso não me deixou dormir. – Ela responde.- Meio tarde para isso. Não acha? – Pergunto sarcástico.- Talvez. – Foi a resposta dela. – Quer café?- Não obrigado. – Eu não estou muito afim de colaborar para uma conversa.- Bom dia pai. – Sônia fala alegremente quando entra na cozinha ainda de pijama.- Bom dia princesa. – Respondo lhe dando um beijo no rosto.- Estou com fome. – Ela ignora a presença da mãe na cozinha.- Eu fiz panquecas. – Annalucia avisa tentando chamar sua atenção.- Hum. Legal. – Sônia dá de ombros. – Faz um sanduíche para mim pai, por favor.- Eu faço. – Annalucia de prontifica.- Não pre
- Eu vou procurar o Mauricio. – Josh fala assim que pisamos no jardim da casa dos avós.- Tudo bem, mas vá falar com seus avós antes. – Samuel avisa e Ele assente.- Eu vou também. – Sônia fala e sai atrás do irmão.Vasculho o quintal da casa de Mônica buscando rostos conhecidos, mas só avisto Liana. Samuel me guia em direção à casa e localizamos Miguel e Mônica na cozinha.- Bom dia. – Eu e Samuel falamos ao mesmo tempo.- Bom dia. – Miguel fala vindo até nós, nos abraçando e pegando Harry no colo.- Bom dia, queridos. Acreditem se quiser, o buffet que contratei me deixou na mão estou tendo que improvisar. – Mônica fala puxando uma assadeira com alguma coisa do forno.- Que horrível. – Samuel fala indo beijar a mãe. – Precisa de ajuda?- É
- Eu não aguento mais. Eu vou embora, Annalucia. – Samuel fala calmo.- Como assim embora? – Pergunto confusa. Meu coração bate a mil por hora. Logo agora que decidi que preciso dele.- Eu estou saindo de casa. – Seus olhos me mostram que ele está muito chateado.- Você não me quer mais? – Me sinto péssima, é como se ele estivesse dizendo que queria me matar. Não era essa a pergunta que eu queria fazer. Não era essa a conversa que eu queria está tendo com ele. Eu deveria ter falado primeiro.- A questão não é querer, Annalucia. Eu não aguento mais essa situação, eu e você não estamos dando certo. – Nos dois estamos chorando. Isso não está saindo como eu tinha planejado.- Nós podemos consertar isso. Nós... – Começo a falar mais ele me corta.-
- Droga. Não era para ser assim. – Foi a primeira coisa que Samuel disse e eu fiquei tensa.- Está arrependido? – Pergunto sentindo, de repente, uma vontade de chorar.- Claro que não, mas você merecia mais do que uma transa rápida na madrugada na sua primeira vez. – Ele fala e eu suspiro aliviada.- Para mim foi perfeita. Não existiu momento melhor, mas eu tenho que voltar para minha cama no quarto de Liana. – Suspiro em desanimo.- Está vendo? Você merecia que eu te abraçasse e fizesse carinho em você até que dormisse e não que agora você tivesse que correr para o quarto de Liana. – Sorrio com a fofura do meu namorado.- Para mim foi perfeito. – Falo novamente. – Durma bem, amor. Nos vemos daqui a algumas horas. – O beijo e tento sair da cama, mas ele me puxa.- Prometa que amanhã vamos passar o dia
- Alô. – Atendo o celular ainda dormindo.- Feliz aniversário, filhinha. Tudo de maravilhoso na sua vida. – É a voz da minha mãe do outro lado da linha.- Desculpa mãe. Acabei de acordar. O que falou mesmo? – Sento na cama e me estico um pouco sentindo meus olhos inchados pela sessão de choro.- Você esqueceu seu aniversário de novo, para variar. Quatro de novembro, o dia que nasceu, Annalucia. – Ela soltaum suspiro desanimado. – Acorde as crianças, vamos tomar café juntos.- As crianças estão na casa da Mônica e eu não estou para comemorações. Desculpe mãe. – Falo com a voz embargada. Sei que vou começar a chorar novamente.- O que aconteceu? – Ela pergunta direta.- Samuel e eu nos separamos, mãe. Ele foi embora de casa. – As lágrimas descem livremen
- Alô. – Falo atendendo o celular sem olhar quem estava ligando.- Annalucia sou eu, Mônica. A professora de Sônia está doente e ela já está liberada. Você pode ir buscá-la? Eu estou realmente muito ocupada.- Já estou indo. – Falo levantando da minha cadeira em um pulo.Guardo o celular e saio, pedindo a Ana para remarcar a minha agenda de hoje para o dia seguinte. Fazem três semanas que não vejo minha filha e estou morrendo de saudades dela. Desde que Samuel saiu de casa e ela decidiu que iria junto Sônia me evita de todas as formas, se recusa a falar comigo quando ligo, se tranca no quarto quando vou buscar os garotos na casa de Mônica, vai para casa de Liana quando sabe que eu estou chegando, entre outras coisas.Estou morrendo de saudades da minha pequena e não perderia essa oportunidade de jeito nenhum, quando mandei uma mensagem para Mônica