- Vamos lá Annalucia. Dafine está aqui. – É noite de segunda-feira e eu estou me arrumando para um coquetel que está acontecendo na empresa do meu pai.
- Já estou aqui. Que apressado. – Eu falo descendo as escadas. – Obrigada por ficar com as crianças, Dafine. Eu não tenho mais cara para pedir isso a Mônica. – Falo sincera.
- Sem problemas, querida. A foto da minha pulseira de agradecimento já foi enviada para o seu marido. – Ela fala rindo e Samuel revira os olhos.
- É a babá mais cara do universo. Olha isso. – Samuel me mostra a pulseira e o valor.
- É linda. Eu quero uma também. – Faço bico passando a mão em seu braço.
- E vou a falência. Tchau Dafine, tchau crianças. – Samuel beija cada
- Não é uma babá fixa, mãe. Só precisávamos de alguém para olhar as crianças hoje à noite. Além disso a babá é a Dafine. – Falo e ela suspira de alívio.- Nunca em toda a minha existência vi babá com honorários tão caros. – Samuel resmunga.- Bom. Nós já vamos, vamos entrar para nos despedir do meu pai. – Falo me desvencilhando de Samuel e puxando a minha mãe.Quando chegamos em casa Dafine estava dormindo no sofá com as crianças em cima dela. Não deveria estar confortável para nenhum deles.- Eu pego Harry e você Sônia e Josh. Vou arrumar o quarto de hóspedes para Dafine. – Eu Sussurro para Samuel.- Não precisa. – Ouço Dafine dizer baixinho. – Pedro está esperando para vir me buscar.- Um minuto. &nda
Encosto no sofá e fecho os olhos, as crianças vendo algo em seus respectivos tablets, hoje foi um dia super cansativo e tudo o que penso é em dormir.- Mamãe. – Harry me chama e eu abro os olhos.- Oi querido. – Falo me sentando.- Voce está cansada? – Ele pergunta.- Sim, por que? – Coisa boa não vem aí.- Eu posso fazer uma massagem em você e você me paga. – Sabia.- E quanto essa massagem me custaria? – Pergunto levantando a sobrancelha.- Mil e duzentos pesos. – Engasgo.- Como é que é, Harry? – Pergunto em choque. Meu filho quer me extorquir.- Eu quero um jogo novo, mamãe. Vovó falou que eu preciso fazer algo para consegui-lo, mas eu não sei fazer nada. – Ele parece devastado e meu coração de manteiga se rende a sua carinha.- A mamãe pode
Você não tem que perde pra dar valor.Você tem que dar valor pra não perder.FlashS = [Vou chegar tarde. Muito trabalho por aqui. 21:00 estou em casa.]Normalmente eu não me importaria muito com as horas extras que meu marido trabalhava, mas desde que ela, Yolanda, a peituda, foi trabalhar com ele essas horas extras me deixavam me corroendo de ciúmes e só esse mês essa é a nona vez, não que eu esteja contando.O relógio marca as 21:20 e minha cabeça contra a minha vontade começa a criar cenas do que Samuel pode está fazendo em seu escritório uma hora dessas trancado com a sua secretária. Imagens dos dois no sofá, no tapete, em sua mesa, no banheiro povoam a minha mente e sinto lágrimas de ódio queimando os meus olhos. Se ele fizer algo assim vou matá-lo, prometo a mim mesma.Quando Samuel entra pela porta da frent
- Oi. – Ela fala baixinho.- Oi. Não dormiu? – Pergunto vendo suas olheiras.- Não. O remorso não me deixou dormir. – Ela responde.- Meio tarde para isso. Não acha? – Pergunto sarcástico.- Talvez. – Foi a resposta dela. – Quer café?- Não obrigado. – Eu não estou muito afim de colaborar para uma conversa.- Bom dia pai. – Sônia fala alegremente quando entra na cozinha ainda de pijama.- Bom dia princesa. – Respondo lhe dando um beijo no rosto.- Estou com fome. – Ela ignora a presença da mãe na cozinha.- Eu fiz panquecas. – Annalucia avisa tentando chamar sua atenção.- Hum. Legal. – Sônia dá de ombros. – Faz um sanduíche para mim pai, por favor.- Eu faço. – Annalucia de prontifica.- Não pre
- Eu vou procurar o Mauricio. – Josh fala assim que pisamos no jardim da casa dos avós.- Tudo bem, mas vá falar com seus avós antes. – Samuel avisa e Ele assente.- Eu vou também. – Sônia fala e sai atrás do irmão.Vasculho o quintal da casa de Mônica buscando rostos conhecidos, mas só avisto Liana. Samuel me guia em direção à casa e localizamos Miguel e Mônica na cozinha.- Bom dia. – Eu e Samuel falamos ao mesmo tempo.- Bom dia. – Miguel fala vindo até nós, nos abraçando e pegando Harry no colo.- Bom dia, queridos. Acreditem se quiser, o buffet que contratei me deixou na mão estou tendo que improvisar. – Mônica fala puxando uma assadeira com alguma coisa do forno.- Que horrível. – Samuel fala indo beijar a mãe. – Precisa de ajuda?- É
- Eu não aguento mais. Eu vou embora, Annalucia. – Samuel fala calmo.- Como assim embora? – Pergunto confusa. Meu coração bate a mil por hora. Logo agora que decidi que preciso dele.- Eu estou saindo de casa. – Seus olhos me mostram que ele está muito chateado.- Você não me quer mais? – Me sinto péssima, é como se ele estivesse dizendo que queria me matar. Não era essa a pergunta que eu queria fazer. Não era essa a conversa que eu queria está tendo com ele. Eu deveria ter falado primeiro.- A questão não é querer, Annalucia. Eu não aguento mais essa situação, eu e você não estamos dando certo. – Nos dois estamos chorando. Isso não está saindo como eu tinha planejado.- Nós podemos consertar isso. Nós... – Começo a falar mais ele me corta.-
- Droga. Não era para ser assim. – Foi a primeira coisa que Samuel disse e eu fiquei tensa.- Está arrependido? – Pergunto sentindo, de repente, uma vontade de chorar.- Claro que não, mas você merecia mais do que uma transa rápida na madrugada na sua primeira vez. – Ele fala e eu suspiro aliviada.- Para mim foi perfeita. Não existiu momento melhor, mas eu tenho que voltar para minha cama no quarto de Liana. – Suspiro em desanimo.- Está vendo? Você merecia que eu te abraçasse e fizesse carinho em você até que dormisse e não que agora você tivesse que correr para o quarto de Liana. – Sorrio com a fofura do meu namorado.- Para mim foi perfeito. – Falo novamente. – Durma bem, amor. Nos vemos daqui a algumas horas. – O beijo e tento sair da cama, mas ele me puxa.- Prometa que amanhã vamos passar o dia
- Alô. – Atendo o celular ainda dormindo.- Feliz aniversário, filhinha. Tudo de maravilhoso na sua vida. – É a voz da minha mãe do outro lado da linha.- Desculpa mãe. Acabei de acordar. O que falou mesmo? – Sento na cama e me estico um pouco sentindo meus olhos inchados pela sessão de choro.- Você esqueceu seu aniversário de novo, para variar. Quatro de novembro, o dia que nasceu, Annalucia. – Ela soltaum suspiro desanimado. – Acorde as crianças, vamos tomar café juntos.- As crianças estão na casa da Mônica e eu não estou para comemorações. Desculpe mãe. – Falo com a voz embargada. Sei que vou começar a chorar novamente.- O que aconteceu? – Ela pergunta direta.- Samuel e eu nos separamos, mãe. Ele foi embora de casa. – As lágrimas descem livremen