- Eu vou procurar o Mauricio. – Josh fala assim que pisamos no jardim da casa dos avós.
- Tudo bem, mas vá falar com seus avós antes. – Samuel avisa e Ele assente.
- Eu vou também. – Sônia fala e sai atrás do irmão.
Vasculho o quintal da casa de Mônica buscando rostos conhecidos, mas só avisto Liana. Samuel me guia em direção à casa e localizamos Miguel e Mônica na cozinha.
- Bom dia. – Eu e Samuel falamos ao mesmo tempo.
- Bom dia. – Miguel fala vindo até nós, nos abraçando e pegando Harry no colo.
- Bom dia, queridos. Acreditem se quiser, o buffet que contratei me deixou na mão estou tendo que improvisar. – Mônica fala puxando uma assadeira com alguma coisa do forno.
- Que horrível. – Samuel fala indo beijar a mãe. – Precisa de ajuda?
- É
- Eu não aguento mais. Eu vou embora, Annalucia. – Samuel fala calmo.- Como assim embora? – Pergunto confusa. Meu coração bate a mil por hora. Logo agora que decidi que preciso dele.- Eu estou saindo de casa. – Seus olhos me mostram que ele está muito chateado.- Você não me quer mais? – Me sinto péssima, é como se ele estivesse dizendo que queria me matar. Não era essa a pergunta que eu queria fazer. Não era essa a conversa que eu queria está tendo com ele. Eu deveria ter falado primeiro.- A questão não é querer, Annalucia. Eu não aguento mais essa situação, eu e você não estamos dando certo. – Nos dois estamos chorando. Isso não está saindo como eu tinha planejado.- Nós podemos consertar isso. Nós... – Começo a falar mais ele me corta.-
- Droga. Não era para ser assim. – Foi a primeira coisa que Samuel disse e eu fiquei tensa.- Está arrependido? – Pergunto sentindo, de repente, uma vontade de chorar.- Claro que não, mas você merecia mais do que uma transa rápida na madrugada na sua primeira vez. – Ele fala e eu suspiro aliviada.- Para mim foi perfeita. Não existiu momento melhor, mas eu tenho que voltar para minha cama no quarto de Liana. – Suspiro em desanimo.- Está vendo? Você merecia que eu te abraçasse e fizesse carinho em você até que dormisse e não que agora você tivesse que correr para o quarto de Liana. – Sorrio com a fofura do meu namorado.- Para mim foi perfeito. – Falo novamente. – Durma bem, amor. Nos vemos daqui a algumas horas. – O beijo e tento sair da cama, mas ele me puxa.- Prometa que amanhã vamos passar o dia
- Alô. – Atendo o celular ainda dormindo.- Feliz aniversário, filhinha. Tudo de maravilhoso na sua vida. – É a voz da minha mãe do outro lado da linha.- Desculpa mãe. Acabei de acordar. O que falou mesmo? – Sento na cama e me estico um pouco sentindo meus olhos inchados pela sessão de choro.- Você esqueceu seu aniversário de novo, para variar. Quatro de novembro, o dia que nasceu, Annalucia. – Ela soltaum suspiro desanimado. – Acorde as crianças, vamos tomar café juntos.- As crianças estão na casa da Mônica e eu não estou para comemorações. Desculpe mãe. – Falo com a voz embargada. Sei que vou começar a chorar novamente.- O que aconteceu? – Ela pergunta direta.- Samuel e eu nos separamos, mãe. Ele foi embora de casa. – As lágrimas descem livremen
- Alô. – Falo atendendo o celular sem olhar quem estava ligando.- Annalucia sou eu, Mônica. A professora de Sônia está doente e ela já está liberada. Você pode ir buscá-la? Eu estou realmente muito ocupada.- Já estou indo. – Falo levantando da minha cadeira em um pulo.Guardo o celular e saio, pedindo a Ana para remarcar a minha agenda de hoje para o dia seguinte. Fazem três semanas que não vejo minha filha e estou morrendo de saudades dela. Desde que Samuel saiu de casa e ela decidiu que iria junto Sônia me evita de todas as formas, se recusa a falar comigo quando ligo, se tranca no quarto quando vou buscar os garotos na casa de Mônica, vai para casa de Liana quando sabe que eu estou chegando, entre outras coisas.Estou morrendo de saudades da minha pequena e não perderia essa oportunidade de jeito nenhum, quando mandei uma mensagem para Mônica
- Pode deixar general. – Falo brincando, mas sei que tenho que comer. Desde que Samuel saiu de casa eu venho pulando algumas refeições e perdendo peso.- Eu tenho que ir. Jasmin está me esperando. Depois conversamos. – A abraço e agradeço entrando ainda abraçada com Sônia em casa.- O que temos para almoçar Meg? – Pergunto assim que paro na cozinha.- Carne com batata e salada. – Minha boca enche de água estou realmente com fome. – Mas vai demorar ainda uns vinte minutos.- É o tempo para que eu tome um banho. Você leva o meu prato lá em cima para mim, por favor? – Falo fazendo manha.- E o meu também, por favor? – Sônia me imita e Meg dar risada.- Levo sim. O prato das duas. Agora me deixem terminar de
Levantei cedo para que a cabeleireira pudesse me arrumar a tempo do casamento que começaria às 10:00.Sharon não costuma se atrasar para nada, então eu duvido que chegará atrasada em seu casamento. Meus pais ficaram de passar aqui às 09:00, o casamento aconteceria na sala de reuniões das indústrias Boston logo após a assinatura do acordo pré-nupcial.Estou um pouco nervosa por não ter falado com Sharon que estava separada e que iria ao casamento sozinha, mas fiquei com receio da reação dela e bem lá no fundo eu tinha a esperança que já estivéssemos juntos no dia do casamento.Estava em um vestido rosa bebê e sandálias de salto combinando escolhidos pela própria Sharon, sou sua única madrinha, um amigo de Rey é o padrinho. Desci para esperar meus pais, a
- Ela pensou nisso, mas desistiu. Sharon não tem outros parentes próximos e é uma pessoa ruim demais para deixar tudo para caridade. Você é sua única opção. – Isso é verdade.- Ela não incluiu Rey no testamento e o impediu de conseguir qualquer com um acordo pré-nupcial. – Conto.- Rey é um pobre coitado cego pela Sharon. Vai se arrepender de ter se casado com ela. Eles nem terão lua de mel. – Ela me conta.- Como sabe disso, mãe? – Sharon não é de fazer confidências, ainda mais a minha mãe.- Querida. Foi uma correria tão grande que esquecemos de te avisar. Sharon marcou uma reunião para segunda de manhã em Paris. Seu pai e eu vamos e depois disso ele vai entrar de férias e vamos passar o mês viajando pelo Caribe. Só voltaremos perto do ano novo. – Seus olhos est
- Oi. Entra, eu não estou pronta ainda. Cheguei do casamento da Sharon com uma sensação de cabeça pesada, tomei um remédio e fui dormir. – Abro a porta para Dafine ainda de roupão.- Mas adiantou? – Ela pergunta me seguindo até o quarto.- Não, nem um pouco. Se antes a sensação era de que carregava na cabeça cem quilos, agora estou carregando centro e vinte. – Respondo enquanto pego o meu vestido.- Por que eu tenho a sensação de que essa sua cara de funeral não tem só a ver com uma dor de cabeça? Se você vestir preto eu serei obrigada a te levar em um velório e não em uma despedida de solteira. – Ela faz cara feia e volto ao closet para escolher outro.- Samuel levou as crianças ao zoológico hoje. Acompanhado de u