Me parecia que eles estavam a fugir da confusão que estava se armando mais uma vez.
- Boa noite a todos.
- Boa noite. – Melody correu na direção deles, abraçando-os.
- Quem sabe sobe um pouco conosco? A gente pode lhe contar uma historinha. – Calissa sugeriu.
- Eu quero ouvir a música de Charlie B. – Ela olhou para o pai, sorrindo.
- Mas Charlie B. pode cantar sempre que você quiser... Ao menos enquanto estiverem aqui. – Calissa insistiu.
- Eu quero... Ele... – Ela sentou-se entre Charles e Mariane, separando-os.
Calissa falou no meu ouvido:
- Acho que ele tem uma fã fiel e daquelas muito tietes. – Sorriu.
- Só a melhor de todas. – Falei, enquanto observava os dois, junto da terceira pessoa que tentava entrar naquela situação: Mariane.
- Boa noite a todos. – J.R falou, subindo.
Yuna levantou:
Mariane não disse nada, parecendo não entender a deixa.- Com tantos homens, por que escolher os meus?- Ninguém é proprietário de ninguém nesta vida, Sabrina. Achei que você já tinha percebido isso.- Existe uma coisa que se chama amor... Você conhece?- Claro – ela me olhou, seriamente – Eu o amo. Mas nunca tive sentimentos por Colin. Foi só uma transa de uma noite.- E tinha que ser justo na noite antes do meu casamento? Eu gostava de Colin... Nos dávamos bem.- Deveria ter casado com ele. Eu sugeri isso, inclusive.- Eu não sou mais a menina ingênua que você conheceu e traiu, da pior forma possível.- E eu não estou disposta a abrir mão de Charles por você.Peguei o cigarro da mão dela e joguei na areia, pisoteando:- Eu lhe contei toda minha verdade naquele dia. Estava sendo posta para fora da nossa casa com um filho no ventre. E você teve a capacidade de ir atrás do homem que eu amava, mesmo sabendo que eu estava grávida dele... E... – Engoli a saliva, tentando não chorar, incap
- Não vou bater nele... Não se preocupe. Embora devesse apanhar uma surra para aprender a ser homem.- Como você? – O garoto provocou, ainda de forma sarcástica.- Como eu. Jamais toquei uma mulher sem que ela quisesse.- Minha mãe era uma menina quando você a engravidou.Charles soltou-o, dando um passo para trás, os olhos ficando tempestuosos:- Eu tinha dezesseis anos, porra. Eu também era uma criança.- Mas sabia como fazer crianças.- Tanto quanto sua mãe. Éramos adolescentes... Nos gostávamos. E chegamos a tentar criar você juntos, mesmo em casa separadas.- Nada do que vem de você é verdade.- Nunca me deu uma chance de lhe dizer a minha verdade.- Charles, por favor. O adulto aqui é você. Vamos encerrar isso. – Pedi.- Está me chamando de criança agora, Sabrina?- Não, Gui. Só estou tentando explicar-lhes que aqui não é hora nem lugar para discussões. Já é tarde e...A porta se abriu e Melody apareceu, com os cabelos amassados e os olhinhos quase fechados. Olhou para nós e lev
- Que surpresa! Vocês todos aqui... – Falei, fingindo não saber de nada.Charles seguiu cantando, mas os olhos dele não ficavam mais sobre a filha e sim na minha direção. Nada melhor que fazer minha irmã sentir um pouco da minha dor. Se ela realmente gostasse de Charles, aquilo acabaria com ela.Transamos há dois meses pela última vez. E foi só uma bem dada, embora eu tenha gozado duas vezes. Éramos como fogo e gasolina e o desejo e luxúria sempre foi mais forte que tudo entre nós.Só de sentir o olhar dele, minha pele queimava e o corpo ansiava pelo seu.- Se não se importam, preciso pegar uma roupa. – Fui em direção ao armário, pegando uma camiseta e uma calça jeans mais larga e confortável.Abaixei-me para pegar uma calcinha, certa de que boa parte do meu corpo nu ficava em evidência. Levantei a li
- Já temos problemas suficientes.- Não... Já tivemos. Não temos mais. Podemos acabar com isso tudo e você sabe.- Só mais um pouquinho... – Virei na direção dele e deitei a cabeça no seu peito.Ele alisou meus cabelos:- É difícil para mim... Não consigo olhar na cara dela.- Só mais alguns dias... Precisamos saber o que acontece de fato entre esta família. E quem armou para você.- Acha mesmo que ela não sabe sobre nós, Sabrina? Eu sinto que não consigo disfarçar... Chego a me conter para não tocá-la, meu amor... Ou chamar Melody de “minha filha”.- Ainda estou enjoada... – Reclamei.- Estou aqui... Nem que seja para segurar seus cabelos. – Ele beijou meu pescoço.- Eu estou com sono... Quero papai e mamãe. – Melody falou, nos
Nossas bocas selaram um beijo perfeito, as línguas se encontrando ao mesmo tempo, ansiosas, enlouquecidas, quentes como fogo.Envolvi seu pescoço com meus braços, grudando o corpo ao dele, afastando qualquer possibilidade de separação. Charles, por sua vez, foi diretamente à minha bunda, apertando-a com força, fazendo-me sentir sua protuberância sob a calça.Parecia um sonho, o qual se repetiu por tantas noites, sem possibilidade de realizar-se. Era meu “el cantante”. Estávamos juntos novamente, nós dois... E Melody.O beijo só encerrou quando o ar faltou aos nossos pulmões. Senti minha boca levemente inchada da intensidade dos nossos lábios.Charles tocou meus lábios com o polegar. Seus olhos estavam escuros e eu conseguia ver neles o desejo daquele homem por mim.- Eu esperei tanto por você, Sabrina...Olhei para a calça dele e toquei seu membro sob ela, sentindo sua robustez:- Esperei exatamente cinco anos e oito meses, “el cantante”. Porque aquela noite no show nós não vamos cont
Tentei puxar os lábios dele com os meus, mas me vi sendo posta de costas.- Acha mesmo que não vou me enfiar em você, meu amor? – Falou enquanto seu pau entrava na minha boceta, preenchendo-me por completo.- Me fode, Charles... Forte... Gostoso...- Sim... Não só hoje... Mas todos os dias das nossas vidas, “garotinha”...As mãos dele pegaram meus quadris firmemente, enquanto ouvíamos o som dos nossos corpos se chocando um contra o outro, numa sintonia indescritível de prazer, enquanto a melodia dos nossos gemidos ecoavam pelo banheiro.- Preparada para gozar junto comigo, meu amor? – Ele perguntou no meu ouvido, mordendo o lóbulo da minha orelha, a respiração ofegante, o hálito quente fazendo meu corpo arrepiar-se.- Agora... – Minha voz saiu fina, baixa, quase um choro...Ele gozou dentro de mim, sem deixar de me comer, até que não aguentássemos mais.Fiquei ali, o rosto colado à parede gelada, sentindo a respiração dele no meu ouvido, enquanto descansava a cabeça no meu ombro.- Eu
Charles olhou para Melody, ainda adormecida:- Durma bem, meu amor... – Deu um beijo na bochecha dela.Ele foi em direção à porta. Enlacei meus braços em seu pescoço e o beijei:- Amo você, “el cantante”.- Reze para eu conseguir me mante firme e forte ao lado da sua irmã... Sabendo que você está tão próxima de mim... – Me apertou contra si.- Ela é muito dissimulada. Precisamos ter cuidado com ela.- Eu sei... – ele me deu outro beijo – Amo você, “garotinha”.Abri a porta e fiquei olhando-o até que ele entrasse no quarto da frente. Eu não tinha certeza se estava agindo certo. Mas precisava de tempo para entender melhor o que acontecia de fato com aquela família, da qual um dia fiz parte.Desci para o café com Melody em torno das nove horas. Estavam tod
J.R, Calissa e Charles não tinham olhos para mais nada a não ser a pequena. Mariane, por sua vez, tentava disputar a atenção com ela.Em torno de 10:30 minutos descemos para a praia. O guarda-sol já estava montado com as cadeiras confortáveis sob ele. Nem parecia que houve tempestade no dia anterior. O sol estava forte, embora encoberto por nuvens em alguns momentos, o que dava uma sensação de alívio.O mar estava mais calmo e as ondas fracas. A água clara e límpida. Melody vestiu seu biquíni branco de corações. Recebeu dos avós um conjunto para brincar na areia, composto de baldinho, pazinhas e moldes em formato de animais aquáticos. Andava na areia como se fosse a dona de tudo. E era... Inclusive do coração de todos os presentes.Assim que nos aproximamos do mar, ela tentou correr. A segurei, rindo:- Espera aí, doci