- Já temos problemas suficientes.
- Não... Já tivemos. Não temos mais. Podemos acabar com isso tudo e você sabe.
- Só mais um pouquinho... – Virei na direção dele e deitei a cabeça no seu peito.
Ele alisou meus cabelos:
- É difícil para mim... Não consigo olhar na cara dela.
- Só mais alguns dias... Precisamos saber o que acontece de fato entre esta família. E quem armou para você.
- Acha mesmo que ela não sabe sobre nós, Sabrina? Eu sinto que não consigo disfarçar... Chego a me conter para não tocá-la, meu amor... Ou chamar Melody de “minha filha”.
- Ainda estou enjoada... – Reclamei.
- Estou aqui... Nem que seja para segurar seus cabelos. – Ele beijou meu pescoço.
- Eu estou com sono... Quero papai e mamãe. – Melody falou, nos
Nossas bocas selaram um beijo perfeito, as línguas se encontrando ao mesmo tempo, ansiosas, enlouquecidas, quentes como fogo.Envolvi seu pescoço com meus braços, grudando o corpo ao dele, afastando qualquer possibilidade de separação. Charles, por sua vez, foi diretamente à minha bunda, apertando-a com força, fazendo-me sentir sua protuberância sob a calça.Parecia um sonho, o qual se repetiu por tantas noites, sem possibilidade de realizar-se. Era meu “el cantante”. Estávamos juntos novamente, nós dois... E Melody.O beijo só encerrou quando o ar faltou aos nossos pulmões. Senti minha boca levemente inchada da intensidade dos nossos lábios.Charles tocou meus lábios com o polegar. Seus olhos estavam escuros e eu conseguia ver neles o desejo daquele homem por mim.- Eu esperei tanto por você, Sabrina...Olhei para a calça dele e toquei seu membro sob ela, sentindo sua robustez:- Esperei exatamente cinco anos e oito meses, “el cantante”. Porque aquela noite no show nós não vamos cont
Tentei puxar os lábios dele com os meus, mas me vi sendo posta de costas.- Acha mesmo que não vou me enfiar em você, meu amor? – Falou enquanto seu pau entrava na minha boceta, preenchendo-me por completo.- Me fode, Charles... Forte... Gostoso...- Sim... Não só hoje... Mas todos os dias das nossas vidas, “garotinha”...As mãos dele pegaram meus quadris firmemente, enquanto ouvíamos o som dos nossos corpos se chocando um contra o outro, numa sintonia indescritível de prazer, enquanto a melodia dos nossos gemidos ecoavam pelo banheiro.- Preparada para gozar junto comigo, meu amor? – Ele perguntou no meu ouvido, mordendo o lóbulo da minha orelha, a respiração ofegante, o hálito quente fazendo meu corpo arrepiar-se.- Agora... – Minha voz saiu fina, baixa, quase um choro...Ele gozou dentro de mim, sem deixar de me comer, até que não aguentássemos mais.Fiquei ali, o rosto colado à parede gelada, sentindo a respiração dele no meu ouvido, enquanto descansava a cabeça no meu ombro.- Eu
Charles olhou para Melody, ainda adormecida:- Durma bem, meu amor... – Deu um beijo na bochecha dela.Ele foi em direção à porta. Enlacei meus braços em seu pescoço e o beijei:- Amo você, “el cantante”.- Reze para eu conseguir me mante firme e forte ao lado da sua irmã... Sabendo que você está tão próxima de mim... – Me apertou contra si.- Ela é muito dissimulada. Precisamos ter cuidado com ela.- Eu sei... – ele me deu outro beijo – Amo você, “garotinha”.Abri a porta e fiquei olhando-o até que ele entrasse no quarto da frente. Eu não tinha certeza se estava agindo certo. Mas precisava de tempo para entender melhor o que acontecia de fato com aquela família, da qual um dia fiz parte.Desci para o café com Melody em torno das nove horas. Estavam tod
J.R, Calissa e Charles não tinham olhos para mais nada a não ser a pequena. Mariane, por sua vez, tentava disputar a atenção com ela.Em torno de 10:30 minutos descemos para a praia. O guarda-sol já estava montado com as cadeiras confortáveis sob ele. Nem parecia que houve tempestade no dia anterior. O sol estava forte, embora encoberto por nuvens em alguns momentos, o que dava uma sensação de alívio.O mar estava mais calmo e as ondas fracas. A água clara e límpida. Melody vestiu seu biquíni branco de corações. Recebeu dos avós um conjunto para brincar na areia, composto de baldinho, pazinhas e moldes em formato de animais aquáticos. Andava na areia como se fosse a dona de tudo. E era... Inclusive do coração de todos os presentes.Assim que nos aproximamos do mar, ela tentou correr. A segurei, rindo:- Espera aí, doci
- Do que você está falando? – Perguntei à minha mãe.- Da forma como vocês dois se olham... Como se conhecessem um ao outro por uma vida inteira... – Ela acompanhou meu olhar para dentro do mar, junto de Charles e Melody.- Eu não estou entendendo... Onde quer chegar. – Fiquei nervosa.- Pode continuar fingindo que não me entende... Eu mesma fico na dúvida se entendo tudo às vezes. Sei que há pontas soltas para todos os lados... E todas levam à Melody.A olhei, o rosto sereno, falando de um jeito meigo. Eu creio que já fui como ela um dia, antes de ser destroçada, ainda grávida, e jogada para fora de casa. Satisfeita com o que tinha e achando que era feliz porque usufruía do dinheiro de uma forma fútil e nada me faltava. Mal sabia que me faltava uma vida de verdade.Hoje eu não me contentava com pouco. E não me referia à dinheiro. A nova Sabrina Rockfeller queria ser feliz, por inteiro. E esperou muito tempo por este dia. E não deixaria nada intervir no seu momento.- Nesta parte tem
Guilherme balançou a cabeça e virou as costas, parecendo satisfeito com o que o pai havia feito. Ainda com a mochila nas costas, entrou pela porta principal, pelo visto decido a ficar desta vez.- Ponha uma coisa na sua cabeça: eu gosto dele. – Mariane quase gritou.- Assim como gostava de Colin? – ri debochadamente – Por que não ficou com meu noivo depois que lhe deixei os restos? Não é disso que você gosta?- Sabemos que há uma grande diferença entre Colin e Charles.- Sabemos? – Arqueei a sobrancelha.- Você sabe que sim...- Claro que sei... – me aproximei dela e olhei nos seus olhos – Charles daria a vida por mim... E não vai tocar num fio de cabelo seu, enquanto eu estiver por perto. E você sabe o motivo, não é mesmo?Ela me olhou confusa.- O motivo é que ele me ama... E sempre me amou.- Fique longe do meu caminho. Eu sou louca por este homem... E capaz de qualquer coisa por ele.“Inclusive colocá-lo injustamente na cadeia para depois soltá-lo e se fazer de salvadora?” Não, nã
- Às vezes me parece que tudo é um sonho... E vou acordar amanhã e Charles não vai mais estar conosco.- Você merece isso, Sabrina.- Eu sei... – Comecei a rir.- E o que vai fazer com Rachel?- Vou abrir um processo contra ela ou a porra da família. Sei que meu nome não vai sair da lama, mas o dela vai entrar junto. Menina mimada e egoísta.- O que deu em você, afinal? Como deixou o garoto fazer aquilo na sala de aula?- Isso foi resultado de uma mulher há mais de cinco anos sem sexo... Só isso.Ela riu:- Só faltou subir as paredes?- Acho que subi algumas vezes... Literalmente.Melody usou um de seus vestidos rodados para a noite de Natal. Ela amava se vestir bem e receber elogios. Assim como eu, detestava prender os cabelos. O rostinho estava levemente queimado do sol. Pus um hidratante infantil específ
- Se você foi um bom garoto, creio que sim.- Você é ridículo.- Guilherme, não! – Falei seriamente.Ele me olhou e percebi que estava nervoso. Achei que bater de frente e enfrentá-lo poderia ser pior. E eu não queria que ele dissesse aos demais sobre a paternidade de Charles com relação à Melody, pois não sabia se J.R e Calissa estavam a par da verdade.- É Natal! – Tentei fazê-lo ao menos ter um pingo de sentimento.- O nosso primeiro Natal em família... – encarou novamente o pai – Posso apostar que vai querer levar sua linda mulher à nossa casa nas demais datas festivas, afinal, vão querer ver Melody, não é mesmo? – Olhou na direção de Mariane.- “Nossa casa” quer dizer de você e Sabrina? – Charles pôs as mãos no bolso da jaqueta preta, f