- Que surpresa! Vocês todos aqui... – Falei, fingindo não saber de nada.Charles seguiu cantando, mas os olhos dele não ficavam mais sobre a filha e sim na minha direção. Nada melhor que fazer minha irmã sentir um pouco da minha dor. Se ela realmente gostasse de Charles, aquilo acabaria com ela.Transamos há dois meses pela última vez. E foi só uma bem dada, embora eu tenha gozado duas vezes. Éramos como fogo e gasolina e o desejo e luxúria sempre foi mais forte que tudo entre nós.Só de sentir o olhar dele, minha pele queimava e o corpo ansiava pelo seu.- Se não se importam, preciso pegar uma roupa. – Fui em direção ao armário, pegando uma camiseta e uma calça jeans mais larga e confortável.Abaixei-me para pegar uma calcinha, certa de que boa parte do meu corpo nu ficava em evidência. Levantei a li
- Já temos problemas suficientes.- Não... Já tivemos. Não temos mais. Podemos acabar com isso tudo e você sabe.- Só mais um pouquinho... – Virei na direção dele e deitei a cabeça no seu peito.Ele alisou meus cabelos:- É difícil para mim... Não consigo olhar na cara dela.- Só mais alguns dias... Precisamos saber o que acontece de fato entre esta família. E quem armou para você.- Acha mesmo que ela não sabe sobre nós, Sabrina? Eu sinto que não consigo disfarçar... Chego a me conter para não tocá-la, meu amor... Ou chamar Melody de “minha filha”.- Ainda estou enjoada... – Reclamei.- Estou aqui... Nem que seja para segurar seus cabelos. – Ele beijou meu pescoço.- Eu estou com sono... Quero papai e mamãe. – Melody falou, nos
Nossas bocas selaram um beijo perfeito, as línguas se encontrando ao mesmo tempo, ansiosas, enlouquecidas, quentes como fogo.Envolvi seu pescoço com meus braços, grudando o corpo ao dele, afastando qualquer possibilidade de separação. Charles, por sua vez, foi diretamente à minha bunda, apertando-a com força, fazendo-me sentir sua protuberância sob a calça.Parecia um sonho, o qual se repetiu por tantas noites, sem possibilidade de realizar-se. Era meu “el cantante”. Estávamos juntos novamente, nós dois... E Melody.O beijo só encerrou quando o ar faltou aos nossos pulmões. Senti minha boca levemente inchada da intensidade dos nossos lábios.Charles tocou meus lábios com o polegar. Seus olhos estavam escuros e eu conseguia ver neles o desejo daquele homem por mim.- Eu esperei tanto por você, Sabrina...Olhei para a calça dele e toquei seu membro sob ela, sentindo sua robustez:- Esperei exatamente cinco anos e oito meses, “el cantante”. Porque aquela noite no show nós não vamos cont
Tentei puxar os lábios dele com os meus, mas me vi sendo posta de costas.- Acha mesmo que não vou me enfiar em você, meu amor? – Falou enquanto seu pau entrava na minha boceta, preenchendo-me por completo.- Me fode, Charles... Forte... Gostoso...- Sim... Não só hoje... Mas todos os dias das nossas vidas, “garotinha”...As mãos dele pegaram meus quadris firmemente, enquanto ouvíamos o som dos nossos corpos se chocando um contra o outro, numa sintonia indescritível de prazer, enquanto a melodia dos nossos gemidos ecoavam pelo banheiro.- Preparada para gozar junto comigo, meu amor? – Ele perguntou no meu ouvido, mordendo o lóbulo da minha orelha, a respiração ofegante, o hálito quente fazendo meu corpo arrepiar-se.- Agora... – Minha voz saiu fina, baixa, quase um choro...Ele gozou dentro de mim, sem deixar de me comer, até que não aguentássemos mais.Fiquei ali, o rosto colado à parede gelada, sentindo a respiração dele no meu ouvido, enquanto descansava a cabeça no meu ombro.- Eu
Charles olhou para Melody, ainda adormecida:- Durma bem, meu amor... – Deu um beijo na bochecha dela.Ele foi em direção à porta. Enlacei meus braços em seu pescoço e o beijei:- Amo você, “el cantante”.- Reze para eu conseguir me mante firme e forte ao lado da sua irmã... Sabendo que você está tão próxima de mim... – Me apertou contra si.- Ela é muito dissimulada. Precisamos ter cuidado com ela.- Eu sei... – ele me deu outro beijo – Amo você, “garotinha”.Abri a porta e fiquei olhando-o até que ele entrasse no quarto da frente. Eu não tinha certeza se estava agindo certo. Mas precisava de tempo para entender melhor o que acontecia de fato com aquela família, da qual um dia fiz parte.Desci para o café com Melody em torno das nove horas. Estavam tod
J.R, Calissa e Charles não tinham olhos para mais nada a não ser a pequena. Mariane, por sua vez, tentava disputar a atenção com ela.Em torno de 10:30 minutos descemos para a praia. O guarda-sol já estava montado com as cadeiras confortáveis sob ele. Nem parecia que houve tempestade no dia anterior. O sol estava forte, embora encoberto por nuvens em alguns momentos, o que dava uma sensação de alívio.O mar estava mais calmo e as ondas fracas. A água clara e límpida. Melody vestiu seu biquíni branco de corações. Recebeu dos avós um conjunto para brincar na areia, composto de baldinho, pazinhas e moldes em formato de animais aquáticos. Andava na areia como se fosse a dona de tudo. E era... Inclusive do coração de todos os presentes.Assim que nos aproximamos do mar, ela tentou correr. A segurei, rindo:- Espera aí, doci
- Do que você está falando? – Perguntei à minha mãe.- Da forma como vocês dois se olham... Como se conhecessem um ao outro por uma vida inteira... – Ela acompanhou meu olhar para dentro do mar, junto de Charles e Melody.- Eu não estou entendendo... Onde quer chegar. – Fiquei nervosa.- Pode continuar fingindo que não me entende... Eu mesma fico na dúvida se entendo tudo às vezes. Sei que há pontas soltas para todos os lados... E todas levam à Melody.A olhei, o rosto sereno, falando de um jeito meigo. Eu creio que já fui como ela um dia, antes de ser destroçada, ainda grávida, e jogada para fora de casa. Satisfeita com o que tinha e achando que era feliz porque usufruía do dinheiro de uma forma fútil e nada me faltava. Mal sabia que me faltava uma vida de verdade.Hoje eu não me contentava com pouco. E não me referia à dinheiro. A nova Sabrina Rockfeller queria ser feliz, por inteiro. E esperou muito tempo por este dia. E não deixaria nada intervir no seu momento.- Nesta parte tem
Guilherme balançou a cabeça e virou as costas, parecendo satisfeito com o que o pai havia feito. Ainda com a mochila nas costas, entrou pela porta principal, pelo visto decido a ficar desta vez.- Ponha uma coisa na sua cabeça: eu gosto dele. – Mariane quase gritou.- Assim como gostava de Colin? – ri debochadamente – Por que não ficou com meu noivo depois que lhe deixei os restos? Não é disso que você gosta?- Sabemos que há uma grande diferença entre Colin e Charles.- Sabemos? – Arqueei a sobrancelha.- Você sabe que sim...- Claro que sei... – me aproximei dela e olhei nos seus olhos – Charles daria a vida por mim... E não vai tocar num fio de cabelo seu, enquanto eu estiver por perto. E você sabe o motivo, não é mesmo?Ela me olhou confusa.- O motivo é que ele me ama... E sempre me amou.- Fique longe do meu caminho. Eu sou louca por este homem... E capaz de qualquer coisa por ele.“Inclusive colocá-lo injustamente na cadeia para depois soltá-lo e se fazer de salvadora?” Não, nã