- E eu vou te dar um conselho como... Bem, acho que como ex namorada ciumenta e vingativa: deixe Gui em paz ou vou postar o vídeo na internet.- Você não pode fazer isso. Eu a processaria.- Eu sou de menor.- Seus pais pagariam por seus atos.- Eles têm dinheiro.- Eu acabaria com você e o nome da sua família para sempre.- Tem noção que se eu abrir a minha boca, você vai ser demitida e nunca mais conseguirá um emprego na sua vida? Você é uma professora vagabunda que deu para seu aluno gostoso.Não, aquilo não estava acontecendo. Como me deixei ser filmada? Como fui tão idiota e ingênua? Eu demorei anos para me reerguer e agora via tudo ruir novamente, por conta de alguns minutos de inconsequência, que pensei com a boceta e não com o cérebro.- O que você quer?- Diga para Gui que não o quer mais. O deixe em paz.- Eu já fiz isso.- Saia da escola.- Eu... Não posso sair. É o meu emprego. Corri atrás disso a vida inteira.- Eu não tenho nada a ver com isso.- Rachel, você quer Gui. E
- Você não viu a entrevista dele na TV? Não negou quando o repórter perguntou. – Ela me olhou.Fiquei um pouco apreensiva e senti um frio na barriga. Sim, havia me passado pela cabeça que ele não estaria sozinho, como eu, esperando pelo nosso reencontro. Mas também não achei que aquilo pudesse doer tanto em mim, mil vezes mais do que quando Mariane me confessou que dormiu com Colin.O fato de “não negar” não significava sim. De tudo que li sobre ele, nada mencionava alguma mulher na sua vida.Assim que passei pelo portão de entrada da área desportiva, me senti ainda mais nervosa.As palmas das minhas mãos suavam e meu estômago doía.O espaço era enorme, e não tinha teto, aberto na parte superior. O tamanho era de um campo de futebol e havia arquibancadas, para onde também foram vendidos ingressos. Embora as c
- Não! – Gritei, pegando-a nos meus braços, sentindo seu corpo junto do meu, o perfume que eu nem reconhecia mais.Nada mais importava. Que o mundo explodisse... Eu só queria ela... Nada mais.Enquanto saia do palco com Sabrina, os braços dela passando pelo meu pescoço, as lágrimas a molhar minha roupa, vi tantas pessoas ao meu redor que quase não conseguia andar.Todos falavam ao mesmo tempo. E eu não ouvia nada... Só queria ela. A prenderia numa corrente e não a deixaria escapar jamais.Ouvi alguém gritando no microfone que eu faria uma pausa de alguns minutos. Não... Eu não voltaria para o palco. Talvez nunca mais... Porque eu já havia encontrado o que procurei incansavelmente, acho que por toda a minha vida.Tranquei a porta do camarim e a larguei, observando-a. Temi que minha voz tremesse a ponto de eu não conseguir me expressar.
- Você precisa entrar de volta no palco. – Disse meu assistente, furioso.Aquele garoto era os olhos e ouvidos da minha empresária, que não conseguiu vir naquele show, devido a outro compromisso. E eu pouco me importava do que ele diria para ela.- Não! – Falei, parecendo um garoto mimado.- O que você está pensando? Estas pessoas pagaram para vê-lo cantar e não para que arrancasse uma fã do palco e a fodesse no camarim, seu imbecil. Pode muito bem fazer isso depois que acabar o show. – Agora era Otávio quem falava, furioso.Ele era o homem que organizava os shows na prática e estava comigo em todos os lugares que eu ia. Era sério e dedicado e graças a ele eu tinha evoluído muito enquanto artista. Antes eu só era um cantor.Olhei para Sabrina e depois para ele:- Ela não é uma simples fã...- N&a
- Ela... Vai ficar no hospital?- Só por precaução. Quem a atendeu foi um bom médico. Eu confio nele. Fizemos todos os exames que precisavam e está tudo certo com Medy.A abracei com força, deixando as lágrimas agora rolarem de felicidade. Yuna me afastou e disse:- Há quanto tempo você está chorando? Está péssima.- Estou chorando há horas, minha amiga. Preciso ver minha bebê.- Temos só um probleminha... Os quartos da Pediatria estão todos ocupados. Estávamos aguardando leito quando Medy encontrou um amigo por aqui.- Um amigo?- Sim... Então ela pediu para ficar no mesmo quarto que ele.Suspirei e sorri:- Medy sendo Medy. Como ela encontrar um amiguinho aqui no hospital?- Vamos, ela quer vê-la.- Posso ir junto? – Do-Yoon perguntou.- Pode... Mas Lianna aguarda
Pela primeira vez vi Yuna ficar ruborizada com alguma coisa. Do-Yoon abriu a porta e antes que ela entrasse, puxei seu braço:- Desculpe-me...- Pela parte que não contou da Medy para ele?- Não... Por ter chamado você de...- De... – Ela me encarou seriamente.- Pessoa que não gosta de sexo.- Não me ofendeu. Talvez eu realmente não goste.- Ou não encontrou a pessoa que a fez gostar.Ela riu:- Isso não existe. A vida não gira em torno de sexo.- Nem sem ele.- Acho que você tem problemas.- E se for “você” quem tem?- Sabrina, não vamos falar sobre isso agora. Já justificou o motivo por não ter dito ao pai de Medy a verdade. Preferiu transar com ele a falar de sua filha.Ela entrou, sem me deixar tentar explicar.Assim que me vi no quarto, os olhos de Melody
- Onde você o encontrou? – Ele perguntou diretamente para mim.- Gui, nós não vamos falar sobre isso.- Você tem que me dizer... – Ele alterou a voz e a porta se abriu.A mulher alta, esguia e de cabelos longos e levemente ondulados entrou, fechando a porta atrás de si. Tinha na mão um copo descartável com café. Os olhos eram claros, o tom dos cabelos levemente avermelhados, percebendo-se que eram tingidos. Usava uma calça jeans escura, justa e uma blusa com gola alta, que deixava sua aparência ainda mais refinada.Eu nunca me achei feia, pelo contrário. Mas ela era digna de uma modelo de passarela, tamanha altura e peso muito bem distribuídos.Entregou o copo para Guilherme e sentou-se na poltrona. Não consegui disfarçar minha curiosidade.- Mãe... Esta é Sabrina Rockfeller. Ela é minha professora... E mãe d
Ele pareceu em dúvida sobre contar-me ou não.- Colin, pode me dizer. Nada do que eu saiba sobre os Rockfeller ou a J.R Recording me faria voltar à Noriah Norte.- Seu pai está praticamente falido.- Falido? – Eu não consegui esconder um leve sorriso de satisfação, embora por dentro eu gargalhasse.- Sim.- Como isso aconteceu?- A crescente chegada de novos artistas, as inúmeras gravadoras que surgiram nos últimos anos, a internet, que acaba promovendo os artistas mais do que o Marketing que ele pagava... Enfim, tudo se modernizou, mas J.R parou no tempo.- Nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Na minha inocência parecia que aquele negócio era simplesmente perfeito e rentável eternamente.- E sem contar as questões jurídicas que a J.R Recording se metia, perdendo muito dinheiro. Eu mesmo entrei em causas porque seu pai me obrigou, sabendo que eram perdidas. Ele fez muitos inimigos ao longo dos anos e ficou mal falado entre os artistas do meio, que acabaram procurando outras grav