Jefferson AlbuquerqueA noite com Everlly foi divertida e deliciosa, embora eu tenha percebido que em alguns momentos ela se sentiu desconfortável. Não sei se era por minha presença ou algo que eu tinha feito ou dito. Notei que ela carregava uma carga emocional extensa, assim como eu. Pela primeira vez na vida, senti o desejo de me abrir com alguém que não fosse meu pai ou meus amigos, mas ainda é cedo demais para isso.— No que está pensando? – Júlio invadiu minha sala e sentou-se à minha frente.— Em algumas coisas. Por que está aqui? Sem trabalho?— Não, acabei a reunião com um cliente e antes de ir para a minha sala, vim ver você. E aí, chegou todo animadinho hoje. Me conta como foi com a morena? – Meu amigo adora uma fofoca.— Foi tudo muito bom. – Sorri ao lembrar da nossa noite.— Cara, quero detalhes. Anda, Jeff, me conta.— Um homem de verdade nunca revela os detalhes íntimos da sua dama. – Ele abriu a boca algumas vezes e depois sorriu, o que me fez revirar os olhos.— Então
Everlly Soares Quando entramos no restaurante meu tio logo veio nos cumprimentar, Jefferson olhava para nós completamente confuso. Meu tio nos encaminhou até a mesa e nos deu privacidade. — Não sabia que conhecia o Glauber. — Então, ele é meu tio. O irmão dele é meu paidrasto – sorri ao lembrar do homem que me criou e cuidou de mim e da minha irmã até seus últimos dias. — Paidrasto? — Sim, porque ele vai muito além de um mero padrasto, ele me ensinou valores e me incentivou a apostar nos meu sonhos e nunca desistir deles. — Ele é um homem incrível então. — Era sim, ele faleceu anos atrás. – Jefferson olhou para mim confuso. — Eu nunca falo nele como se estivesse falecido, entendeu, porque ele sempre viverá dentro de mim – Jeff balançou a cabeça concordando. O garçom chegou e fizemos os nossos pedidos e logo mudei de assunto antes que eu começasse a chorar. O jantar transcorreu muito bem, e durante a refeição, percebi que Jefferson era bem mais interessante do que eu havia perc
A luz suave do sol entrava pela janela, acariciando meu rosto e me tirando lentamente do sono. Ao abrir os olhos, dei de cara com o teto desconhecido do apartamento de Jefferson. Uma onda de memórias da noite anterior invadiu minha mente, e um sorriso bobo se formou em meus lábios.Ao meu lado, Jefferson ainda dormia serenamente, e eu aproveitei o momento para observá-lo. Seu rosto tranquilo em repouso contrastava com a intensidade que ele emanava quando acordado.Decidi me levantar e me dirigir ao banheiro, deixando Jefferson descansar um pouco mais. Após alguns minutos, retornei ao quarto e vi que ele já começava a se movimentar.— Bom dia. Dormiu bem? – perguntou Jefferson, esfregando os olhos.— Sim, dormi como um anjo. – Respondi, dando um sorriso. – Obrigada por me receber aqui.— O prazer foi todo meu. – Ele se levantou e esticou os braços. — Vou preparar um café para nós. Está bem?Assenti com a cabeça e comecei a me vestir enquanto ele saía em direção à cozinha. Após alguns m
Saímos do prédio do escritório e caminhamos até um restaurante aconchegante que ficava próximo. O dia estava ensolarado, e o ar fresco era revigorante, contrastando com a agitação das ruas da cidade.Ao entrarmos no restaurante, fomos recebidos por um ambiente acolhedor, com mesas bem arrumadas e um aroma tentador vindo da cozinha. Escolhemos uma mesa próxima à janela, que nos proporcionava uma vista agradável da rua movimentada.Enquanto folheávamos o menu, Jefferson comentou sobre a beleza da cidade, destacando seus pontos turísticos e históricos. Era claro que ele tinha um carinho especial pelo lugar onde morava, e sua paixão pela cidade era contagiante.— Eu também amo a nossa cidade, ela é linda. – Digo a ele que sorriu. — Quando eu era pequeno achava que o Rio de Janeiro era um país, minha mãe e minhas professoras tiveram um trabalho para me ensinar que eu estava errado. — Hum! Eu também achava que o Rio era um país. — Temos algo em comum. — Na verdade, muitas coisas – ele d
Jefferson AlbuquerqueEnquanto conversávamos animadamente durante o almoço, meu celular começou a tocar insistentemente. Era minha mãe. Com um olhar de desculpas para Everlly, pedi licença e me afastei da mesa para atender a ligação.— Alô, mãe? – Respondi, tentando manter a voz calma.Do outro lado da linha, minha mãe começou a ralhar comigo, como de costume.— Jefferson, quantas vezes eu preciso te dizer para visitar sua filha? Ela está doente e precisa da sua presença!Suspirei, sentindo uma mistura de culpa e frustração. Minha mãe estava certa, eu era uma merda de pai e precisava mudar isso. — Eu sei, mãe, eu sei. Eu prometo que vou vê-la, está bem? – Respondi, tentando acalmar sua preocupação.Depois de mais alguns minutos de conversa, consegui convencê-la de que eu iria visitar Renata ainda hoje. Com um suspiro de alívio, desliguei o telefone e retornei à mesa onde Everlly me esperava.— Desculpe por isso. Problemas familiares. – Expliquei, sentando-me novamente.Everlly me olh
Everlly Soares A noite foi divertida, faz tempo que não passo tanto tempo com um homem que não sejam meus amigos, Jefferson beijou meus lábios e se foi por que tem uma reunião e precisava se arrumar. Eu iria trabalhar mais tarde, então continuei na cama até tarde, meu celular começou a tocar e quando olhei o visor era meu amigo, como sempre cheio de energia e bom humor.— Bom dia, sua safada. Esqueceu os amigos. – Ele disse do outro lado da linha, e eu ri.— Bom dia, David! Claro que não esqueci você, só estou um pouco ocupada ultimamente. – Respondi com um sorriso.Ele não perdeu tempo em perguntar o motivo da minha ausência recente.— Ei, o que está acontecendo? Você anda sumida demais. – Ele perguntou com uma ponta de curiosidade na voz.— Ah, sabe como é, David, vida corrida e tal. – Tentei desconversar, mas ele não deixou passar.— Não me enrola, Everlly. O que está rolando? Por que você anda passando tanto tempo com esse moreno gostoso? – Ele perguntou, e eu não pude evitar rir.
A boate estava fervendo, as luzes piscavam freneticamente enquanto a música pulsava em meus ouvidos. Eu dançava animadamente com David, Bruno e Magno, aproveitando cada batida e deixando-me levar pela energia contagiante do lugar.Entre uma dança e outra, um homem se aproximou de mim, seu olhar cheio de interesse. Aceitei dançar com ele por um momento, deixando-me levar pela música envolvente. Mas logo percebi que suas intenções não eram apenas dançar, e quando ele começou a investir, disse que não estava afim, mas ele continuava com a investida o que me deixou desconfortável e com vontade de chutar as suas bolas. Decidi me afastar, escapando habilmente de suas investidas e seguindo em direção ao bar. David percebeu minha mudança de humor e veio atrás de mim, preocupado.— O que houve, Everlly? Você está bem? – Ele perguntou, seu rosto refletindo sua preocupação genuína.Forcei um sorriso, tentando tranquilizá-lo. — Está tudo bem, David, não se preocupe. Apenas não estava me sentind
Assim que tudo ficou pronto colocamos na mesinha da sala e nos sentamos, estávamos em silêncio comendo e bebendo quando me viro para Bruno e o encaro. — Você acha mesmo que eu deveria tentar de novo? – Perguntei olhando para Bruno em busca de orientação.Ele assentiu com um sorriso encorajador.— Eu acho que você deveria, sim. Sei que não é fácil, mas às vezes precisamos arriscar para encontrar a felicidade. E como eu já te disse, você merece ser feliz, Everlly. – Sua voz era suave, mas carregada de convicção.Suspirei, sentindo uma mistura de nervosismo e determinação borbulhando dentro de mim. Era uma decisão importante, uma decisão que poderia mudar o curso da minha vida. Mas, no fundo, eu sabia que Bruno estava certo. Eu precisava deixar o passado para trás e abrir meu coração para novas possibilidades.— Obrigada, Bruno. – Disse, com um sorriso sincero. — Acho que vou considerar sua sugestão.Ele retribuiu meu sorriso, colocando uma mão reconfortante em meu ombro.— Estou aqui p