Jefferson AlbuquerqueEnquanto conversávamos animadamente durante o almoço, meu celular começou a tocar insistentemente. Era minha mãe. Com um olhar de desculpas para Everlly, pedi licença e me afastei da mesa para atender a ligação.— Alô, mãe? – Respondi, tentando manter a voz calma.Do outro lado da linha, minha mãe começou a ralhar comigo, como de costume.— Jefferson, quantas vezes eu preciso te dizer para visitar sua filha? Ela está doente e precisa da sua presença!Suspirei, sentindo uma mistura de culpa e frustração. Minha mãe estava certa, eu era uma merda de pai e precisava mudar isso. — Eu sei, mãe, eu sei. Eu prometo que vou vê-la, está bem? – Respondi, tentando acalmar sua preocupação.Depois de mais alguns minutos de conversa, consegui convencê-la de que eu iria visitar Renata ainda hoje. Com um suspiro de alívio, desliguei o telefone e retornei à mesa onde Everlly me esperava.— Desculpe por isso. Problemas familiares. – Expliquei, sentando-me novamente.Everlly me olh
Everlly Soares A noite foi divertida, faz tempo que não passo tanto tempo com um homem que não sejam meus amigos, Jefferson beijou meus lábios e se foi por que tem uma reunião e precisava se arrumar. Eu iria trabalhar mais tarde, então continuei na cama até tarde, meu celular começou a tocar e quando olhei o visor era meu amigo, como sempre cheio de energia e bom humor.— Bom dia, sua safada. Esqueceu os amigos. – Ele disse do outro lado da linha, e eu ri.— Bom dia, David! Claro que não esqueci você, só estou um pouco ocupada ultimamente. – Respondi com um sorriso.Ele não perdeu tempo em perguntar o motivo da minha ausência recente.— Ei, o que está acontecendo? Você anda sumida demais. – Ele perguntou com uma ponta de curiosidade na voz.— Ah, sabe como é, David, vida corrida e tal. – Tentei desconversar, mas ele não deixou passar.— Não me enrola, Everlly. O que está rolando? Por que você anda passando tanto tempo com esse moreno gostoso? – Ele perguntou, e eu não pude evitar rir.
A boate estava fervendo, as luzes piscavam freneticamente enquanto a música pulsava em meus ouvidos. Eu dançava animadamente com David, Bruno e Magno, aproveitando cada batida e deixando-me levar pela energia contagiante do lugar.Entre uma dança e outra, um homem se aproximou de mim, seu olhar cheio de interesse. Aceitei dançar com ele por um momento, deixando-me levar pela música envolvente. Mas logo percebi que suas intenções não eram apenas dançar, e quando ele começou a investir, disse que não estava afim, mas ele continuava com a investida o que me deixou desconfortável e com vontade de chutar as suas bolas. Decidi me afastar, escapando habilmente de suas investidas e seguindo em direção ao bar. David percebeu minha mudança de humor e veio atrás de mim, preocupado.— O que houve, Everlly? Você está bem? – Ele perguntou, seu rosto refletindo sua preocupação genuína.Forcei um sorriso, tentando tranquilizá-lo. — Está tudo bem, David, não se preocupe. Apenas não estava me sentind
Assim que tudo ficou pronto colocamos na mesinha da sala e nos sentamos, estávamos em silêncio comendo e bebendo quando me viro para Bruno e o encaro. — Você acha mesmo que eu deveria tentar de novo? – Perguntei olhando para Bruno em busca de orientação.Ele assentiu com um sorriso encorajador.— Eu acho que você deveria, sim. Sei que não é fácil, mas às vezes precisamos arriscar para encontrar a felicidade. E como eu já te disse, você merece ser feliz, Everlly. – Sua voz era suave, mas carregada de convicção.Suspirei, sentindo uma mistura de nervosismo e determinação borbulhando dentro de mim. Era uma decisão importante, uma decisão que poderia mudar o curso da minha vida. Mas, no fundo, eu sabia que Bruno estava certo. Eu precisava deixar o passado para trás e abrir meu coração para novas possibilidades.— Obrigada, Bruno. – Disse, com um sorriso sincero. — Acho que vou considerar sua sugestão.Ele retribuiu meu sorriso, colocando uma mão reconfortante em meu ombro.— Estou aqui p
A quinta-feira chegou com tudo e me peguei mais animada do que eu gostaria, me levantei para ir para casa, mas antes passei na sala dos meus amigos e quando cheguei eles estavam ajeitando documentos e conversando. — Oi, meninos. – Bruno e Magno olharam para mim. — Vocês ainda vão na luta do Jefferson, certo? – Perguntei e eles assentiram. — Claro, não perderíamos isso por nada! - Magno respondeu, empolgado.Bruno concordou, acrescentando: — Com certeza estaremos lá para apoiar o Jefferson. Mal posso esperar para ver ele em ação! – Sorri para eles.— Ótimo! Nos encontramos na porta do evento então. Até mais, pessoal! – Me despedi com um aceno para meus amigos.Estava prestes a chegar ao elevador, quando Carlos apareceu correndo em sua direção, segurando alguns envelopes em suas mãos.— Everlly, espere! – Ele me chamou ofegante.Parei e me virei para ele, surpresa com sua súbita aparição. — Carlos, o que foi? – Perguntei, curiosa.Ele estendeu os envelopes para ela.— Desculpe, es
Everlly Soares Enquanto assistíamos à luta de Jefferson, David e eu nos encontrávamos próximos, observando atentamente cada movimento do ringue. A energia estava elétrica, mas algo me incomodava um pouco.— Jefferson está indo bem, não acha? – David comentou, sua voz carregada de admiração.Assenti, concordando com ele. Jefferson realmente estava impressionando com sua determinação e habilidade.— Sim, ele é incrível. Mas notei alguns erros que ele cometeu, tanto com os pés quanto com a guarda. – Respondi, analisando os movimentos de Jefferson com um olhar crítico.David franziu o cenho, visivelmente surpreso.— Sério? Eu não percebi. O que você viu?Expliquei a ele os detalhes técnicos, apontando onde Jefferson poderia ter melhorado em sua postura e movimentação. David ouviu atentamente, absorvendo minhas observações.— Nunca imaginei que você entendesse tanto de lutas, Everlly. Você parece uma verdadeira especialista nisso. – Ele comentou, impressionado.Sorri, grata pelo elogio.—
Passou um mês desde a noite da luta de Jefferson, e muita coisa mudou, mas ao mesmo tempo, algumas permaneceram as mesmas. Eu ainda não tinha nada oficial com Jefferson, mas estávamos sempre juntos, saindo tanto sozinhos quanto com nossos amigos. David, Magno e Bruno cismam em dizer que já somos um casal, mas eu sempre nego dizendo que estamos apenas nos divertindo. Semana passada David e eu fomos para o hospital brincar com as crianças e tem três crianças em particular que sempre tem a minha atenção especial, uma é da ala de oncologia e duas da ala de PC, me pergunto como a família abandona crianças, principalmente as que necessitam de atenção e cuidados especiais. Nosso grupo de voluntários nos reunimos recentemente e demos mais uma ajuda às famílias mais necessitadas, pois eu sei bem o quanto gasta, já que via a luta da minha mãe com a minha irmã. Meu celular tocou e o nome do meu amigo piscou no visor. — Fala, David, o que deseja da sua humilde amiga? ? – Ele gargalhou. — Você é
Após um momento de intensidade e conexão, eu me aconcheguei no peito de Jefferson, sentindo seu calor e sua respiração calma. Sua mão acariciava suavemente meus cabelos, criando uma sensação reconfortante que me fazia sentir segura e protegida.Ficamos em silêncio por um tempo, apenas desfrutando da proximidade um do outro. Cada batida do coração de Jefferson parecia ecoar em meu peito, criando uma sinfonia suave que preenchia o ambiente.Então, ele quebrou o silêncio com palavras que me pegaram de surpresa.— Everlly, eu quero te levar para conhecer a minha família.Sua voz era calma, mas cheia de determinação, e eu me afastei um pouco para olhá-lo nos olhos, tentando entender o que ele estava dizendo.— Conhecer a sua família? Jefferson, isso parece um passo muito sério. Estamos indo rápido demais, não acha? – Minha voz estava cheia de incerteza enquanto eu processava suas palavras.Ele acariciou meu rosto gentilmente, seus olhos transmitindo uma mistura de ternura e esperança.— Ev