A quinta-feira chegou com tudo e me peguei mais animada do que eu gostaria, me levantei para ir para casa, mas antes passei na sala dos meus amigos e quando cheguei eles estavam ajeitando documentos e conversando. — Oi, meninos. – Bruno e Magno olharam para mim. — Vocês ainda vão na luta do Jefferson, certo? – Perguntei e eles assentiram. — Claro, não perderíamos isso por nada! - Magno respondeu, empolgado.Bruno concordou, acrescentando: — Com certeza estaremos lá para apoiar o Jefferson. Mal posso esperar para ver ele em ação! – Sorri para eles.— Ótimo! Nos encontramos na porta do evento então. Até mais, pessoal! – Me despedi com um aceno para meus amigos.Estava prestes a chegar ao elevador, quando Carlos apareceu correndo em sua direção, segurando alguns envelopes em suas mãos.— Everlly, espere! – Ele me chamou ofegante.Parei e me virei para ele, surpresa com sua súbita aparição. — Carlos, o que foi? – Perguntei, curiosa.Ele estendeu os envelopes para ela.— Desculpe, es
Everlly Soares Enquanto assistíamos à luta de Jefferson, David e eu nos encontrávamos próximos, observando atentamente cada movimento do ringue. A energia estava elétrica, mas algo me incomodava um pouco.— Jefferson está indo bem, não acha? – David comentou, sua voz carregada de admiração.Assenti, concordando com ele. Jefferson realmente estava impressionando com sua determinação e habilidade.— Sim, ele é incrível. Mas notei alguns erros que ele cometeu, tanto com os pés quanto com a guarda. – Respondi, analisando os movimentos de Jefferson com um olhar crítico.David franziu o cenho, visivelmente surpreso.— Sério? Eu não percebi. O que você viu?Expliquei a ele os detalhes técnicos, apontando onde Jefferson poderia ter melhorado em sua postura e movimentação. David ouviu atentamente, absorvendo minhas observações.— Nunca imaginei que você entendesse tanto de lutas, Everlly. Você parece uma verdadeira especialista nisso. – Ele comentou, impressionado.Sorri, grata pelo elogio.—
Passou um mês desde a noite da luta de Jefferson, e muita coisa mudou, mas ao mesmo tempo, algumas permaneceram as mesmas. Eu ainda não tinha nada oficial com Jefferson, mas estávamos sempre juntos, saindo tanto sozinhos quanto com nossos amigos. David, Magno e Bruno cismam em dizer que já somos um casal, mas eu sempre nego dizendo que estamos apenas nos divertindo. Semana passada David e eu fomos para o hospital brincar com as crianças e tem três crianças em particular que sempre tem a minha atenção especial, uma é da ala de oncologia e duas da ala de PC, me pergunto como a família abandona crianças, principalmente as que necessitam de atenção e cuidados especiais. Nosso grupo de voluntários nos reunimos recentemente e demos mais uma ajuda às famílias mais necessitadas, pois eu sei bem o quanto gasta, já que via a luta da minha mãe com a minha irmã. Meu celular tocou e o nome do meu amigo piscou no visor. — Fala, David, o que deseja da sua humilde amiga? ? – Ele gargalhou. — Você é
Após um momento de intensidade e conexão, eu me aconcheguei no peito de Jefferson, sentindo seu calor e sua respiração calma. Sua mão acariciava suavemente meus cabelos, criando uma sensação reconfortante que me fazia sentir segura e protegida.Ficamos em silêncio por um tempo, apenas desfrutando da proximidade um do outro. Cada batida do coração de Jefferson parecia ecoar em meu peito, criando uma sinfonia suave que preenchia o ambiente.Então, ele quebrou o silêncio com palavras que me pegaram de surpresa.— Everlly, eu quero te levar para conhecer a minha família.Sua voz era calma, mas cheia de determinação, e eu me afastei um pouco para olhá-lo nos olhos, tentando entender o que ele estava dizendo.— Conhecer a sua família? Jefferson, isso parece um passo muito sério. Estamos indo rápido demais, não acha? – Minha voz estava cheia de incerteza enquanto eu processava suas palavras.Ele acariciou meu rosto gentilmente, seus olhos transmitindo uma mistura de ternura e esperança.— Ev
Jefferson Albuquerque Enquanto eu estava concentrado em revisar alguns documentos importantes, a porta do meu escritório se abriu e Rafael entrou, um sorriso brincando em seus lábios.— E aí, Jeff? Como vai a vida? – Ele perguntou, fechando a porta atrás de si.Eu o cumprimentei com um aceno de cabeça, sorrindo levemente.— Indo, Rafa. Indo. – Respondi, voltando minha atenção para os papéis em minha mesa. — Cara, às vezes você age como se não nos víssemos a tempos. – Ele riu divertidoRafael se aproximou, sentando-se em uma das cadeiras de frente para mim.— E como está indo a sua relação com a morena gostosa, quer dizer Everlly? – Ele perguntou casualmente, seus olhos brilhando com curiosidade genuína.Parei por um momento, ponderando sobre como responder. A relação com Everlly era algo que estava se desenvolvendo gradualmente, e embora eu desejasse que avançasse mais rápido, sabia que era importante respeitar o tempo dela.— Está indo bem, devagar. A Everlly tem seus receios, seus
Everlly Soares Estava ansiosa para uma noite tranquila, o dia hoje foi puxado e descobri que meu carro vai ficar uma semana na oficina, isso é uma merda, resolvi tomar um bom banho, longo e demorado. Estava me divertindo no banho quando a campainha começou a tocar insistentemente, decidi que iria ignorar seja lá quem for e continuar com o meu ritual, mas a pessoa continuou tocando a campainha, então me enrolei na toalha e fui até lá para ver quem estava lá, se for o David vou falar poucas e boas para ele, já que tem as minhas chaves. Fui pronta para mandá-lo para a puta que pariu, mas quando abri a porta me surpreendi ao ver Jefferson parado na porta segurando um buquê de flores e uma garrafa de vinho. — Surpresa. – Ele sorriu. — O que é isso? – Perguntei, apontando para as flores. — Um gesto simples para uma mulher incrível. Pode me deixar entrar? Fiz um gesto convidativo, e ele entrou. Nos sentamos na sala e ficamos em silêncio. — O que o traz aqui Jeff? — Você, eu queria
A luz do sol invadia o quarto, despertando-me suavemente de um sono profundo e reconfortante. Estiquei os braços e bocejei, sentindo-me revigorada e pronta para enfrentar o dia que se estendia à minha frente. Me levantei da cama e fiz minha higiene matinal, deixando a água quente do chuveiro lavar qualquer vestígio de sono que ainda pudesse existir.Ao sair do banho, me vesti com roupas confortáveis e fiz um rápido café da manhã. Quando terminei, Jefferson desceu e me abraçou por trás.— Oi, morena! Bom dia. – Ele me virou para si e beijou os meus lábios.— Bom dia, dormiu bem? – Perguntei mesmo sabendo a resposta.— Quando estou com você eu durmo muito bem.Pedi a ele que se servisse e fiz o mesmo, nos sentamos na bancada e ficamos conversando animados, até que seu celular tocou e quando ele viu o visor, franziu o cenho e disfarçou.Não é a primeira vez que percebo esse tipo de atitude da parte dele e estou ficando bem intrigada com isso.— O que foi? Está quieta. – Jeff olhou para m
O carro estava em um silêncio sepulcral, Jeff e eu estávamos perdidos em nossos próprios pensamentos, eu podia sentir seu olhar sobre mim tentando me analisar, mas eu sou muito boa em esconder meus sentimentos.— Morena, relaxa! Meus pais são ótimas pessoas e meu pai você já conheceu no dia da luta, lembra? – Ele tirou uma das mãos do volante e alisou minha coxa.— Eu sei… É que… – Deixei as palavras suspensas no ar e quando paramos em um sinal vermelho, Jeff olhou para mim.— Compartilho do mesmo sentimento, somos duas pessoas fodidas, tentando ser “normais".— Fale por você querido, eu sou uma pessoa normal. – Digo a ele que solta uma gargalhada.— Você é tudo menos normal, morena.Chegamos à casa dos pais de Jefferson e eu sentia meu estômago revirar de nervosismo enquanto ele estacionava o carro. Respirei fundo algumas vezes, tentando acalmar meus nervos, e quando saímos do carro, senti a mão de Jeff entrelaçando a minha, oferecendo-me apoio silencioso.Ao entrar na casa, fomos re