Everlly Soares Quando entramos no restaurante meu tio logo veio nos cumprimentar, Jefferson olhava para nós completamente confuso. Meu tio nos encaminhou até a mesa e nos deu privacidade. — Não sabia que conhecia o Glauber. — Então, ele é meu tio. O irmão dele é meu paidrasto – sorri ao lembrar do homem que me criou e cuidou de mim e da minha irmã até seus últimos dias. — Paidrasto? — Sim, porque ele vai muito além de um mero padrasto, ele me ensinou valores e me incentivou a apostar nos meu sonhos e nunca desistir deles. — Ele é um homem incrível então. — Era sim, ele faleceu anos atrás. – Jefferson olhou para mim confuso. — Eu nunca falo nele como se estivesse falecido, entendeu, porque ele sempre viverá dentro de mim – Jeff balançou a cabeça concordando. O garçom chegou e fizemos os nossos pedidos e logo mudei de assunto antes que eu começasse a chorar. O jantar transcorreu muito bem, e durante a refeição, percebi que Jefferson era bem mais interessante do que eu havia perc
A luz suave do sol entrava pela janela, acariciando meu rosto e me tirando lentamente do sono. Ao abrir os olhos, dei de cara com o teto desconhecido do apartamento de Jefferson. Uma onda de memórias da noite anterior invadiu minha mente, e um sorriso bobo se formou em meus lábios.Ao meu lado, Jefferson ainda dormia serenamente, e eu aproveitei o momento para observá-lo. Seu rosto tranquilo em repouso contrastava com a intensidade que ele emanava quando acordado.Decidi me levantar e me dirigir ao banheiro, deixando Jefferson descansar um pouco mais. Após alguns minutos, retornei ao quarto e vi que ele já começava a se movimentar.— Bom dia. Dormiu bem? – perguntou Jefferson, esfregando os olhos.— Sim, dormi como um anjo. – Respondi, dando um sorriso. – Obrigada por me receber aqui.— O prazer foi todo meu. – Ele se levantou e esticou os braços. — Vou preparar um café para nós. Está bem?Assenti com a cabeça e comecei a me vestir enquanto ele saía em direção à cozinha. Após alguns m
Saímos do prédio do escritório e caminhamos até um restaurante aconchegante que ficava próximo. O dia estava ensolarado, e o ar fresco era revigorante, contrastando com a agitação das ruas da cidade.Ao entrarmos no restaurante, fomos recebidos por um ambiente acolhedor, com mesas bem arrumadas e um aroma tentador vindo da cozinha. Escolhemos uma mesa próxima à janela, que nos proporcionava uma vista agradável da rua movimentada.Enquanto folheávamos o menu, Jefferson comentou sobre a beleza da cidade, destacando seus pontos turísticos e históricos. Era claro que ele tinha um carinho especial pelo lugar onde morava, e sua paixão pela cidade era contagiante.— Eu também amo a nossa cidade, ela é linda. – Digo a ele que sorriu. — Quando eu era pequeno achava que o Rio de Janeiro era um país, minha mãe e minhas professoras tiveram um trabalho para me ensinar que eu estava errado. — Hum! Eu também achava que o Rio era um país. — Temos algo em comum. — Na verdade, muitas coisas – ele d
Jefferson AlbuquerqueEnquanto conversávamos animadamente durante o almoço, meu celular começou a tocar insistentemente. Era minha mãe. Com um olhar de desculpas para Everlly, pedi licença e me afastei da mesa para atender a ligação.— Alô, mãe? – Respondi, tentando manter a voz calma.Do outro lado da linha, minha mãe começou a ralhar comigo, como de costume.— Jefferson, quantas vezes eu preciso te dizer para visitar sua filha? Ela está doente e precisa da sua presença!Suspirei, sentindo uma mistura de culpa e frustração. Minha mãe estava certa, eu era uma merda de pai e precisava mudar isso. — Eu sei, mãe, eu sei. Eu prometo que vou vê-la, está bem? – Respondi, tentando acalmar sua preocupação.Depois de mais alguns minutos de conversa, consegui convencê-la de que eu iria visitar Renata ainda hoje. Com um suspiro de alívio, desliguei o telefone e retornei à mesa onde Everlly me esperava.— Desculpe por isso. Problemas familiares. – Expliquei, sentando-me novamente.Everlly me olh
Everlly Soares A noite foi divertida, faz tempo que não passo tanto tempo com um homem que não sejam meus amigos, Jefferson beijou meus lábios e se foi por que tem uma reunião e precisava se arrumar. Eu iria trabalhar mais tarde, então continuei na cama até tarde, meu celular começou a tocar e quando olhei o visor era meu amigo, como sempre cheio de energia e bom humor.— Bom dia, sua safada. Esqueceu os amigos. – Ele disse do outro lado da linha, e eu ri.— Bom dia, David! Claro que não esqueci você, só estou um pouco ocupada ultimamente. – Respondi com um sorriso.Ele não perdeu tempo em perguntar o motivo da minha ausência recente.— Ei, o que está acontecendo? Você anda sumida demais. – Ele perguntou com uma ponta de curiosidade na voz.— Ah, sabe como é, David, vida corrida e tal. – Tentei desconversar, mas ele não deixou passar.— Não me enrola, Everlly. O que está rolando? Por que você anda passando tanto tempo com esse moreno gostoso? – Ele perguntou, e eu não pude evitar rir.
A boate estava fervendo, as luzes piscavam freneticamente enquanto a música pulsava em meus ouvidos. Eu dançava animadamente com David, Bruno e Magno, aproveitando cada batida e deixando-me levar pela energia contagiante do lugar.Entre uma dança e outra, um homem se aproximou de mim, seu olhar cheio de interesse. Aceitei dançar com ele por um momento, deixando-me levar pela música envolvente. Mas logo percebi que suas intenções não eram apenas dançar, e quando ele começou a investir, disse que não estava afim, mas ele continuava com a investida o que me deixou desconfortável e com vontade de chutar as suas bolas. Decidi me afastar, escapando habilmente de suas investidas e seguindo em direção ao bar. David percebeu minha mudança de humor e veio atrás de mim, preocupado.— O que houve, Everlly? Você está bem? – Ele perguntou, seu rosto refletindo sua preocupação genuína.Forcei um sorriso, tentando tranquilizá-lo. — Está tudo bem, David, não se preocupe. Apenas não estava me sentind
Assim que tudo ficou pronto colocamos na mesinha da sala e nos sentamos, estávamos em silêncio comendo e bebendo quando me viro para Bruno e o encaro. — Você acha mesmo que eu deveria tentar de novo? – Perguntei olhando para Bruno em busca de orientação.Ele assentiu com um sorriso encorajador.— Eu acho que você deveria, sim. Sei que não é fácil, mas às vezes precisamos arriscar para encontrar a felicidade. E como eu já te disse, você merece ser feliz, Everlly. – Sua voz era suave, mas carregada de convicção.Suspirei, sentindo uma mistura de nervosismo e determinação borbulhando dentro de mim. Era uma decisão importante, uma decisão que poderia mudar o curso da minha vida. Mas, no fundo, eu sabia que Bruno estava certo. Eu precisava deixar o passado para trás e abrir meu coração para novas possibilidades.— Obrigada, Bruno. – Disse, com um sorriso sincero. — Acho que vou considerar sua sugestão.Ele retribuiu meu sorriso, colocando uma mão reconfortante em meu ombro.— Estou aqui p
A quinta-feira chegou com tudo e me peguei mais animada do que eu gostaria, me levantei para ir para casa, mas antes passei na sala dos meus amigos e quando cheguei eles estavam ajeitando documentos e conversando. — Oi, meninos. – Bruno e Magno olharam para mim. — Vocês ainda vão na luta do Jefferson, certo? – Perguntei e eles assentiram. — Claro, não perderíamos isso por nada! - Magno respondeu, empolgado.Bruno concordou, acrescentando: — Com certeza estaremos lá para apoiar o Jefferson. Mal posso esperar para ver ele em ação! – Sorri para eles.— Ótimo! Nos encontramos na porta do evento então. Até mais, pessoal! – Me despedi com um aceno para meus amigos.Estava prestes a chegar ao elevador, quando Carlos apareceu correndo em sua direção, segurando alguns envelopes em suas mãos.— Everlly, espere! – Ele me chamou ofegante.Parei e me virei para ele, surpresa com sua súbita aparição. — Carlos, o que foi? – Perguntei, curiosa.Ele estendeu os envelopes para ela.— Desculpe, es