Everlly Soares A boate estava um saco, então resolvi encerrar a noite, avistei meu amigo conversando com Pedro, e eu percebi que os dois tinham muita coisa a dizer, mas estavam se contendo de alguma forma, cogitei ir embora sozinha, mas sabia que se eu não avisasse ao meu amigo, quando ele chegasse me daria um sermão daqueles, me aproximei e avisei sobre a minha partido, na mesma hora meu amigo se levantou e disse que iria embora, até tentei fazê-lo ficar um pouco mais com Pedro, mas meu amigo foi taxativo. David recebeu um convite para jantar e quando percebi que ele negaria, tomei a frente e marquei o jantar deles, o motorista chegou e entramos no carro, durante o trajeto David pouco falou comigo, ele não estava com raiva, mas acho que ficou chateado, por que ele queria negar. — Não precisa ficar me olhando com essa cara, eu fiz isso por você. Ambos têm coisas a conversar e ficar na calçada de uma boate não é uma boa maneira. — Quem disse que eu queria jantar com ele? – Ele m
Acordei com barulho vindo da sala, então me levantei e ao chegar lá vi meu amigo sentado no sofá, me aproximei dele e perguntei a ele como tinha sido o jantar. — Muito bom, gata! Obrigada, por isso. Vamos dormir porque amanhã temos que acordar cedo – ele passou por mim e beijou meu rosto. Pelo visto aconteceu muitas coisas nesse jantar que ele prefere não contar no momento, voltei para meu quarto e dormi. No dia seguinte David e eu acordamos cedo, descemos as malas e fizemos o nosso check-out. — E ai, vamos tomar aqui ou no aeroporto?— Vamos tomar aqui mesmo, no aeroporto é o preço de um rim. – Ele riu concordando. — Pelo menos resolvi tudo que viemos fazer aqui. – David estava quieto e eu perguntei a ele o que houve. — Percebi que a minha família continua a mesma, acho que eles nunca vão mudar mesmo. — E você não precisou deles até agora e nem vai, porque tem a tia Marta e nós. – Ele me abraçou e fomos ao restaurante, tomamos café e depois ligamos para o motorista. Enquanto ía
A música pulsava no ambiente, preenchendo o espaço com uma batida envolvente. Eu sentia o calor do corpo de Jefferson. Nossos corpos se moviam em perfeita sintonia, cada movimento carregado de um erotismo latente. Eu podia sentir o calor emanando dele, a eletricidade entre nós era palpável.Enquanto dançávamos, nossas conversas se tornaram cada vez mais provocativas, cheias de insinuações e desejos velados. Jefferson sussurrou em meu ouvido, sua voz rouca enviando arrepios pela minha espinha.— Você se lembra do que conversamos ontem?Sorri maliciosamente, sentindo meu corpo se esquentar ainda mais com a promessa implícita em suas palavras.— Claro que me lembro. E você? – Mordisquei o lóbulo da sua orelha e ele soltou um pequeno gemido. Seu sorriso era um convite silencioso, uma promessa de prazer e desejo. Sem dizer uma palavra, ele me puxou em direção ao banheiro, a urgência do momento nos consumindo.Dentro do banheiro, nossos corpos se chocaram em um beijo faminto, cheio de paix
Antes das oito já estava tudo pronto e eu já estava arrumada à espera de Jefferson, enquanto o aguardava me servi de uma taça de vinho, um tempo depois a campainha tocou e Poppy começou a latir, fui até a porta e ao abrir me deparei com Jefferson. — Oi, gata! Boa noite. – Dei espaço para ele passar e Poppy o cheirou. — Oi, pra você também fofinha, – Ele se abaixou e Poppy lambeu a sua mão e ele riu. — Parece que alguém gostou de você. – Digo a ele que pegou minha bola de pelo no colo. — As meninas me adoram. – Revirei os olhos. Ao contrário de Poppy, Juca o observou ao longe, parecia que ele estava analisando Jefferson. — Parece que o seu gato não gostou de mim. — Não se preocupe, ele é assim com todo mundo. Ele me entregou uma garrafa de vinho e flores, agradeci e pus o vinho na geladeira e as flores em um vaso, Jefferson elogiou o aroma que vinha da cozinha e fiquei empolgada. Tá! Eu sei que não deveria me animar, mas sei lá. Faz muito tempo que não ouço um elogio. Nos sentam
Jefferson AlbuquerqueA noite com Everlly foi divertida e deliciosa, embora eu tenha percebido que em alguns momentos ela se sentiu desconfortável. Não sei se era por minha presença ou algo que eu tinha feito ou dito. Notei que ela carregava uma carga emocional extensa, assim como eu. Pela primeira vez na vida, senti o desejo de me abrir com alguém que não fosse meu pai ou meus amigos, mas ainda é cedo demais para isso.— No que está pensando? – Júlio invadiu minha sala e sentou-se à minha frente.— Em algumas coisas. Por que está aqui? Sem trabalho?— Não, acabei a reunião com um cliente e antes de ir para a minha sala, vim ver você. E aí, chegou todo animadinho hoje. Me conta como foi com a morena? – Meu amigo adora uma fofoca.— Foi tudo muito bom. – Sorri ao lembrar da nossa noite.— Cara, quero detalhes. Anda, Jeff, me conta.— Um homem de verdade nunca revela os detalhes íntimos da sua dama. – Ele abriu a boca algumas vezes e depois sorriu, o que me fez revirar os olhos.— Então
Everlly Soares Quando entramos no restaurante meu tio logo veio nos cumprimentar, Jefferson olhava para nós completamente confuso. Meu tio nos encaminhou até a mesa e nos deu privacidade. — Não sabia que conhecia o Glauber. — Então, ele é meu tio. O irmão dele é meu paidrasto – sorri ao lembrar do homem que me criou e cuidou de mim e da minha irmã até seus últimos dias. — Paidrasto? — Sim, porque ele vai muito além de um mero padrasto, ele me ensinou valores e me incentivou a apostar nos meu sonhos e nunca desistir deles. — Ele é um homem incrível então. — Era sim, ele faleceu anos atrás. – Jefferson olhou para mim confuso. — Eu nunca falo nele como se estivesse falecido, entendeu, porque ele sempre viverá dentro de mim – Jeff balançou a cabeça concordando. O garçom chegou e fizemos os nossos pedidos e logo mudei de assunto antes que eu começasse a chorar. O jantar transcorreu muito bem, e durante a refeição, percebi que Jefferson era bem mais interessante do que eu havia perc
A luz suave do sol entrava pela janela, acariciando meu rosto e me tirando lentamente do sono. Ao abrir os olhos, dei de cara com o teto desconhecido do apartamento de Jefferson. Uma onda de memórias da noite anterior invadiu minha mente, e um sorriso bobo se formou em meus lábios.Ao meu lado, Jefferson ainda dormia serenamente, e eu aproveitei o momento para observá-lo. Seu rosto tranquilo em repouso contrastava com a intensidade que ele emanava quando acordado.Decidi me levantar e me dirigir ao banheiro, deixando Jefferson descansar um pouco mais. Após alguns minutos, retornei ao quarto e vi que ele já começava a se movimentar.— Bom dia. Dormiu bem? – perguntou Jefferson, esfregando os olhos.— Sim, dormi como um anjo. – Respondi, dando um sorriso. – Obrigada por me receber aqui.— O prazer foi todo meu. – Ele se levantou e esticou os braços. — Vou preparar um café para nós. Está bem?Assenti com a cabeça e comecei a me vestir enquanto ele saía em direção à cozinha. Após alguns m
Saímos do prédio do escritório e caminhamos até um restaurante aconchegante que ficava próximo. O dia estava ensolarado, e o ar fresco era revigorante, contrastando com a agitação das ruas da cidade.Ao entrarmos no restaurante, fomos recebidos por um ambiente acolhedor, com mesas bem arrumadas e um aroma tentador vindo da cozinha. Escolhemos uma mesa próxima à janela, que nos proporcionava uma vista agradável da rua movimentada.Enquanto folheávamos o menu, Jefferson comentou sobre a beleza da cidade, destacando seus pontos turísticos e históricos. Era claro que ele tinha um carinho especial pelo lugar onde morava, e sua paixão pela cidade era contagiante.— Eu também amo a nossa cidade, ela é linda. – Digo a ele que sorriu. — Quando eu era pequeno achava que o Rio de Janeiro era um país, minha mãe e minhas professoras tiveram um trabalho para me ensinar que eu estava errado. — Hum! Eu também achava que o Rio era um país. — Temos algo em comum. — Na verdade, muitas coisas – ele d