EduardoEstou no jardim bebendo quando alguém senta ao meu lado, pelo perfume já sei quem é.— O que faz aqui? Não ia prestigiar sua amiga? — Digo sem olhar para ele.— Eu que te pergunto, o que faz aqui, e bebendo? O que aconteceu Dado?— Dado, só você me chama assim! Por que ainda usa esse apelido? — Pergunto enquanto levo a garrafa mais uma vez a boca, tomando um longo gole. Michael a tira de mim.— Você se lembra, como surgiu esse apelido?— Como esqueceria, eu ganhei uma nota de vocês, com meu dado viciado. — Digo rindo.— Você era bom, mesmo quando não estava com seus dados mágicos.— Eu era bom mesmo, ela quem começou a me chamar assim, depois mudou para Edu, e por fim amor. Sinto falta dela.— Por isso que brigou com Stella?— Como sabe que brigamos? — Pergunto, olhando para meu amigo pela primeira vez.— Simples, ao perguntar de você, os olhos dela encheram de lágrimas, e ao chegar aqui te encontro nesse estado. Não precisa ser um gênio para descobrir.— Na verdade, eu não bri
*** havia pulado este capítulo, agora já arrumei, mas em consequência, todos os outros capítulos terão que ser alterados, para a sequência correta. Desculpa o transtorno 😞*** Stella Não consigo dormir bem à noite, as palavras de Bella e Eduardo ficam ecoando em meus pensamentos. Vendo que não conseguirei dormir, levanto nas primeiras horas, Abigail já estava fazendo café. — Que susto menina! Você não havia falado que ia ver seu irmão? — Sim, mas Eduardo apareceu bêbado no restaurante e trouxe de volta. — Ela olha para mim com semblante preocupado. — Não o tem o que fazer, ele já entrou aqui. — Aponto para o meu coração. — Assim que você saiu ontem ele ficou com a pequena, ela chorou muito, ainda sente muita falta da mãe, após ela dormir ele foi para o jardim e ficou lá bebendo, até que Michael chegou, os dois conversaram e acho que até discutiram um pouco e quando Michael foi embora, ele foi tomar banho e saiu, pedindo para que eu ficasse de olho na menina. — Nem sei o dizer, e
Seguimos com brincadeira, risos e beijos roubados. Parecia um casal de adolescentes. Meu refúgio ficava em um bosque mais afastado, lá tinha bancos e mesas para piquenique, e um lago ao fundo, como estava frio, não tinha muitas pessoas, o que me permitia refletir sobre as dúvidas e incertezas que invadiam meu coração. — Nossa, aqui é lindo. — Eduardo diz, admirando o lago. Era uma manhã ensolarada, mas fria sentamos no deck de madeira que se estendia sobre o lago cristalino. O lugar exalava uma tranquilidade única, com o som das águas batendo suavemente contra o deck e o canto dos pássaros criando uma trilha sonora natural. Stella olhou ao redor, lembrando-se dos verões que passou com os amigos, ela fecha os olhos por um instante e responde: — É, sim, amava fugir para cá! — disse pensativa, abro os olhos e fixos no horizonte. — Eu, Léo, Emma, Richard e mais alguns amigos vínhamos muito no verão, nadávamos e fazíamos churrasco sempre. Tenho saudades da época em que nossa única preoc
— Senhor Hoork, não vai tomar café? — Abigail disse ao me ver sair. — Abigail, Annabelle vem buscar a Bella para ir à escola, depois vai para a casa dela. — respondi apressado. — Senhor Hoork. — Fale comigo, Abigail. — Não vá atrás dela. Ela não merece receber migalhas. — Fiquei com tanta raiva do que ela disse que tive que respirar fundo várias vezes antes de dizer algo de que pudesse me arrepender. — Eu só não te mando embora agora por consideração aos anos que você trabalha aqui. Mas se meta mais uma vez na minha vida ou na da Stella, e não serei tão condescendente. — Ela te ama, só não a faça sofrer. — Fiquei sem reação por alguns minutos e saí sem dizer nada. No caminho até Hinghan, não parei de pensar no que Michael e Abigail disseram, assim como no que vivi com Savanna e no que estou vivendo com Stella. Savanna, você sempre foi minha rocha. Nunca pensei que um dia teria que viver sem você. Será que estou traindo sua memória ao seguir em frente? Será que ela seguiria em f
Confesso que nossa reconciliação foi fofa, mas acredito que a pior parte virá agora. — Edu, tenho algo para te contar. — Ele olha desconfiado e me leva para longe do lago, estava ficando mais frio a cada minuto que passava. — Pode dizer, minha linda. — Ele diz todo carinhoso. — Fui bem na prova de ontem. — Digo sem jeito. — Que maravilha! Teremos que comemorar! — Ele diz animado. — Porque essa carinha então. — Foram duas provas, uma em dupla e outra individual, eu fui digamos que ótima nas duas. — Falo ainda procurando as palavras para dizer que irei viajar por uma semana. — E isso não é bom? — Ele pergunta desconfiado, então solto um longo suspiro. — Matteo deu dois prêmios, um para a dupla e outro para o individual, que doei para uma amiga, sendo que só poderia utilizar um deles. — Utilizar? — Eduardo pergunta sem entender onde eu queria chegar. Respiro novamente, e como em um machucado que tiramos o curativo de uma vez, eu digo: — Domingo à noite embarco em um avião com de
*** esse capítulo já era o 58, sendo assim pode ser que já tenha lido ele.*** Eduardo Quando Stella disse que iria para a Itália, fiquei com raiva, mas depois parando para refletir, que orgulho dela, mesmo com a cabeça em um tsunami de pensamento negativo, ela conseguiu ser o destaque nas duas provas. A parte do prêmio foi sacanagem, mas ela merece. Da sala observo Stella e seu irmão, é uma conexão tão linda, isso sim é família, ela largou tudo para ir vê-lo, ficou horas e mais horas no hospital aguardando notícias. Pelo que ela me contou, Léo foi quem a levou para Boston, ele quem a protege, mesmo de longe. As brincadeiras e broncas são na mesma proporção, mas uma coisa ninguém pode negar, a conexão e proteção que ambos têm, só pode ser coisa de gêmeos, dá impressão que um sente o outro mesmo longe. Quantas vezes Léo ligou para ela, após uma discussão nossa. — Edu. Edu, — saiu do meu devaneio com ela na minha frente. — Podemos ir agora, minha mãe ligou e disse que está vin
O macarrão que fiz com Stella estava um espetáculo. Ela realmente nasceu para a culinária. Foi um prato simples, mas ela fez questão de deixá-lo sofisticado com uma decoração delicada; dava até dó de comer. Estávamos cansados, então optamos por assistir a filmes antigos. Ela escolheu um de suspense e eu, um de ação. Até agora, não consigo acreditar que ela prefira suspense, terror e ação a uma comédia romântica. Acabamos cochilando no sofá. Acordei com dor no pescoço e sorri ao ver seus cabelos dourados espalhados pelo meu peito. Tentei me levantar sem acordá-la; foi uma missão quase impossível, mas consegui. Peguei-a no colo e a levei para o quarto principal, voltando a dormir grudado nela. Acordar ao lado da Stella é uma mistura de sensações. Ela é uma garota maravilhosa, uma mulher excepcional, mas confesso que ainda tenho um pontinho de desapontamento quanto a mim mesmo. Estar ao lado dela ainda me parece errado, como se eu estivesse traindo Savanna. Tento de todas as formas de
Eduardo Já era tardezinha quando voltamos para casa, enquanto ela vai tomar um banho, eu ligo para Bella.— Oi, minha princesinha, como está aí na casa da vovó?— Que saudades, papai, que horas vem me buscar? — Fico preocupado, e pergunto:— Aconteceu algum problema para você querer que eu busque você? — Pergunto. — Vovó disse que você me deixou aqui, para ir atrás da tia Stella. — Velha desgraçada.— Amorzinho, quando o papai for te buscar teremos uma conversa de gente grande. — Vou falar para ela do nosso relacionamento, não dá para ficar assim, ainda mais com Antonella enchendo a cabeça dela.— Não quero conversar, vem me buscar agora! — Ela começa a chorar e a fazer birra, e meu coração se parte. “Como escolher entre Stella e Bella?” A resposta é óbvia: sempre será Bella. Mas ela precisa entender que, mesmo estando com Stella, ela é minha prioridade. Por outro lado, se eu deixar Stella, ela pode interpretar que não me importo tanto assim com nosso relacionamento. “Deus, o que