StellaAssim que entrego o lanche para Bella, subo para o meu quarto tentar dormir um pouco, mas as coisas que meu pai me disse, não saem da minha cabeça. Sabendo que não dormirei, coloco uma blusa de moletom que roubei do meu irmão, com o cheirinho dele, assim o sinto comigo, desço para o jardim, lá tem uma árvore linda que com certeza me dará um pouco de paz.Amo estar em contato com a natureza, já pensei várias vezes em me tornar vegetariana, mas amo uma carninha e na minha profissão ficaria um pouco difícil também.Ao chegar na belíssima árvore, eu a abraço apertado para tirar todas as energias negativas, não sei se funciona, mas mal sei que não fará mal.Penso um pouco em Eduardo, como ele é bipolar, ao mesmo tempo, em que está estourando de raiva, bufando como um touro bravo, ele está mansinho como um filhote de gatinho, que homem doido, só quer mexer com meu psicológico. E ainda vem com aquela desculpinha idiota. Envio uma mensagem para Emma, digo que estou bem, para não se pr
Eduardo Achei que Stella ia fugir após o beijo, para ser sincero, eu queria que ela tivesse fugido. Ela desperta algo dentro de mim, que eu não conheço, que eu nunca senti, que não controlo e isso me dá medo.Preciso perguntar o que a Abigail tem, não é normal essa atitude, desde sábado ela está me olhando estranho, mas não lembro ter feito nada que a desagrade. Ficamos um pouco atrás de Abigail, caminhando em silêncio.Ao entrar na cozinha, Stella dá um abraço apertado em Abigail, que retribuo perguntando como foi avisita aos pais, ela nega com a cabeça e diz:— Para ser sincera, não muito diferente do que imaginei que seria. Me diga como estão seus netinhos? — Eu me apoio no batente da porta e fico observando a interação das duas.— Estão bem graças a Deus, o menor está muito esperto e arteiro, e o maior na fase da teimosia. — Elas conversam enquanto Stella dá uma aquecida no macarrão do tal Chef italiano, após alguns minutos, quando Stella já estava pegando os pratos, Abigail per
StellaCorro para o meu quarto fechando a porta rápido, meu coração está acelerado, minha respiração está rápida e curta, sinto que tem uma briga de borboletas em meu estômago.— O que foi isso, Stella? — Digo tentando me acalmar, eu não sou inocente, sei o que estava prestes a acontecer, já tive alguns namorados e muito passa mão, inclusive já fiz boquete para meu ex-namorado, mas nunca finalizamos, nunca transei de verdade, e se a Bella não aparecesse, acho que perderia minha virgindade no meio da sala de estar, em um sofá de couro branco, com meu chefe gostoso. — Puta que pariu! Se controla Stella! Com que cara, olharei para ele amanhã. Já sei, não sairei do quarto, vou fingir estar com dor de cabeça, ou sei lá o que. É, eu não vou, amanhã eu tinha que trabalhar. Que ele suma novamente.Tiro minha roupa e tomo outro banho, deixo a água morninha cair pelo meu corpo e fico lá por um bom tempo, quando já estou com os dedos enrugados, desligo o chuveiro e me enrolo na toalha, saio do b
EduardoFico sozinho na cozinha, respiro fundo!Ela está certa, não posso mais deixar o desejo me dominar. Será difícil, mas terei que ficar o mais longe possível de Stella.Só que com nossas conversas, eu fiquei muito intrigado com a história dela, por que será que o pai não aceita que ela realize o seu sonho? Eu teria orgulho se minha filha passasse em um concurso tão prestigiado.Pego o meu celular e envio uma mensagem para o meu detetive.“Senhor Buick, por favor, investigue o senhor Jimmy Melfi, quero relatórios detalhados.”“Considere feito, senhor Hoork.”…Na manhã seguinte, sai antes que todos acordassem, não queria encarar Stella, após a noite de ontem.Vou direto para o escritório, estou absorto revisando um contrato quando Michael entra na minha sala.— Como vai meu amigo traíra? — — Por que sou traíra? — Pergunto sem levantar a cabeça. — Por quê? Você ainda pergunta o porquê? Como me escondeu aquela beldade por tanto tempo?— Não sei do que está falando? — Levanto-me, v
EduardoNo caminho de volta para o escritório, me pego, pensando em Savanna, de nossos agradáveis momentos no clube. Recordo-me com carinho de como ela adorava essas tardes, sempre acompanhada de suas amigas. Encontrei algumas delas ao sair, e a saudade de Savanna veio com tudo. Sinto falta da sua presença, éramos inseparáveis e compartilhávamos nossos pensamentos e momentos vividos, trocávamos ideias, fazíamos planos para o futuro. Futuro esse que nunca chegará.Lembro de um dia em que estávamos tendo conversas bobas e aleatórias, em nosso quarto. Estávamos exaustos, pois havíamos acabado de chegar de um evento beneficente.— Vamos tomar um banho de banheira para relaxar? — Ela pergunta travessa. Rio do seu jeitinho, a pego no colo e seguimos para o banheiro rindo como duas crianças que estão prestes a aprontar.Nossa sintonia era única, nos entendíamos muito bem e sempre sabíamos o que o outro queria ou precisava, ela não era só minha esposa, mas minha melhor amiga também.Após um s
StellaEstou terminando algumas anotações em uma cafeteria próximo à escola da Bella, quando meu celular começa a tocar. Me assusto quando vejo o nome da escola no identificador, hoje ela tinha atividade extra, então não sairia antes das dezoito horas. — Alô. — Digo ao atender.— Responsável pela Isabella Hoork?— Sim, eu sou a Stella, a babá dela.— Tentamos falar com o senhor Hoork, mas ele não atendeu, a Isabella caiu no parquinho, estamos chamando a ambulância, consegui vir para acompanhá-la?— Claro, estou perto, chego em dois minutos. — Deixo dinheiro na mesa e saiu correndo, nem sei em quanto tempo cheguei, mas foi rápido o suficiente, para ter tempo de acompanhar Bella entrando na ambulância, eu ligo para Eduardo que atende no primeiro toque.Digo o que está acontecendo e não espero sua resposta, minha preocupação é Bella que continua desacordada.Ao chegar ao hospital, eles a levaram para realizar exames, enquanto fui até a recepção para fazer a ficha. Ao finalizar a ficha,
EduardoBella despertou lentamente no início da noite, os olhinhos piscando para se acostumar com a claridade do quarto de hospital. Um suspiro de alívio escapou dos meus lábios, “Minha menina está bem!” — Foi meu primeiro pensamento. Seu coração ainda batia acelerado, mas ela sabia que estava bem e segura.O braço engessado era um lembrete do que havia acontecido, mas era um pequeno preço a pagar comparado ao tombo que levou. Enquanto ela ainda estava desacordada liguei na escola, precisava saber o que aconteceu para tomar medidas drásticas, “minha filha poderia ter morrido!”Eles disseram que onde Bella caiu, soltou um parafuso, fazendo com que a proteção caísse e em consequência, Bella foi junto ao chão. Conversarei com meus Advogados e tomarei a decisão certa perante essa irresponsabilidade.Logo, o silêncio do quarto foi interrompido pelo som do celular tocando. Era uma chamada de vídeo de Stella. Com um sorriso trêmulo, Bella aceitou a chamada e viu o rosto familiar aparecer na
Stella O resto da semana passou como um furacão. Não vi mais o Eduardo, estamos meio que nos evitando. Bella voltou muito mais manhosa do que de costume da casa de sua avó, o que me deu mais trabalho do que de costume.— Stella, quero água. — Bella diz ao me ver entrar no quarto de brinquedo.— Está do seu lado Bella. — Respondo já irritada.— Você é minha babá, tem que fazer o que eu mando. — Revirou os olhos. Penso se devo dar uma lição ou não, mas como hoje estou prestes a ficar naqueles dias, minha paciência não é das melhores. — Minha avó, disse que você tem que fazer o que eu mandar. — Continua ela.— Fala para sua avó ficar com você uma semana e não um dia, e veremos se ela não muda de ideia. Bella você quebrou o braço esquerdo, e não a perna. Ande até o copo com água, se está com sede.— Não pode falar assim comigo, eu pago o seu salário. — Ela diz toda cheia de si.— Sinto em dizer, minha querida, mas não é você quem paga meu salário e sim o seu pai. Então se está com sede,