StellaEu e Emma estávamos dormindo quando a campainha tocou, nos assustando.— Quem será que é a esta hora? — Pergunto sonolenta, já que ficamos até de madrugada fofocando e eu demorei a dormir.— Oi, dona Suely, pode entrar, a Stelinha está dormindo no quar. — Emma para a palavra no meio, quando me vê parada no batente da porta.— Mãe! — Digo, ao me recuperar e corro para os abraços da minha mãe, e nunca me senti tão em casa, tão feliz, sempre fui muito apegada a ela, mesmo com nossas brigas ocasionalmente. — Estava morrendo de saudades.— Oh! Minha menina, que saudades estava de você! Olha, você cortou o cabelo, ficou tão linda, está mais magra, tem que se alimentar direito, lembra o que o Dr. Zack falou sobre alimentação.— Obrigada mãe! Sim, estou me alimentando direitinho, não se preocupe, devo ter emagrecido devido à correria. Mas me diga, como a senhora está? — Digo sorrindo e abraçando-a mais uma vez.— Estou bem minha filha, mas sinto sua falta, você faz muita falta! — Ela f
Eduardo— Filha, parece que a chuva não vai diminuir, e com chuva não tem muito o que fazer aqui.— Verdade, papai, eu já estou entediada. — Bella diz com os braços cruzados e cara de tédio. Não resisto, solto uma gargalhada e pergunto:— E você sabe o que é tédio?— Claro né! Pai, olha para mim, não está claro? — Fico olhando para aquela linda menininha com cara de anjinho, minha filha, minha vida, sorrindo e negando com a cabeça.— E quem te ensinou falar assim menina? — Digo pegando-a no colo e fazendo cosquinhas. A gargalhada dela ecoa pela casa, me trazendo paz.Arrumamos nossas coisas e pegamos a estrada, eu dirijo devagar e com muita atenção, a chuva está forte, decido parar em uma lanchonete na beira da estrada, até que a chuva diminua um pouco. — Sabe que só vai comer essas porcarias hoje, amanhã volta a vida saudável.— Pode ficar tranquilo, papai, a Stella só faz comidas saudáveis. — E lá está ela de novo, eu realmente estou tentando, esquecê-la, mas volta e meia ela está
Eduardo— Stella? Stella? — Dou alguns tapinhas nela que não acorda, começo a ficar desesperado, arrumo-a no sofá e levantou as pernas dela, li uma vez que isso ajuda, alguns minutos se passaram, quando estou quase indo na cozinha, pegar água para molhar seus pulsos, ela desperta meio desorientada. Ao perceber minha presença, ela dá um pulo do sofá, olha para o cristal quebrado no chão.— Me desculpe senhor Hoork! Juro que pagarei. Vou limpar essa bagunça, eu só preciso, preciso comer algo, estou há muito tempo sem comer. — Ela diz apressada e atropelando as palavras, ela está muito nervosa, ainda está muito pálida. É nítido que está fraca, mas quando ela disse que ficou sem comer novamente fiquei muito bravo, como aquele babaca fica com ela e não dá comida para ela.— Ficou com o namora e esqueceu de comer? — Pergunto irritado.— Eu não estava namorando, fui visitar minha família e tudo aconteceu. Deixe-me arrumar essa bagunça. — Ela dá dois passos, eu seguro seu braço, ela me olha s
StellaAssim que entrego o lanche para Bella, subo para o meu quarto tentar dormir um pouco, mas as coisas que meu pai me disse, não saem da minha cabeça. Sabendo que não dormirei, coloco uma blusa de moletom que roubei do meu irmão, com o cheirinho dele, assim o sinto comigo, desço para o jardim, lá tem uma árvore linda que com certeza me dará um pouco de paz.Amo estar em contato com a natureza, já pensei várias vezes em me tornar vegetariana, mas amo uma carninha e na minha profissão ficaria um pouco difícil também.Ao chegar na belíssima árvore, eu a abraço apertado para tirar todas as energias negativas, não sei se funciona, mas mal sei que não fará mal.Penso um pouco em Eduardo, como ele é bipolar, ao mesmo tempo, em que está estourando de raiva, bufando como um touro bravo, ele está mansinho como um filhote de gatinho, que homem doido, só quer mexer com meu psicológico. E ainda vem com aquela desculpinha idiota. Envio uma mensagem para Emma, digo que estou bem, para não se pr
Eduardo Achei que Stella ia fugir após o beijo, para ser sincero, eu queria que ela tivesse fugido. Ela desperta algo dentro de mim, que eu não conheço, que eu nunca senti, que não controlo e isso me dá medo.Preciso perguntar o que a Abigail tem, não é normal essa atitude, desde sábado ela está me olhando estranho, mas não lembro ter feito nada que a desagrade. Ficamos um pouco atrás de Abigail, caminhando em silêncio.Ao entrar na cozinha, Stella dá um abraço apertado em Abigail, que retribuo perguntando como foi avisita aos pais, ela nega com a cabeça e diz:— Para ser sincera, não muito diferente do que imaginei que seria. Me diga como estão seus netinhos? — Eu me apoio no batente da porta e fico observando a interação das duas.— Estão bem graças a Deus, o menor está muito esperto e arteiro, e o maior na fase da teimosia. — Elas conversam enquanto Stella dá uma aquecida no macarrão do tal Chef italiano, após alguns minutos, quando Stella já estava pegando os pratos, Abigail per
StellaCorro para o meu quarto fechando a porta rápido, meu coração está acelerado, minha respiração está rápida e curta, sinto que tem uma briga de borboletas em meu estômago.— O que foi isso, Stella? — Digo tentando me acalmar, eu não sou inocente, sei o que estava prestes a acontecer, já tive alguns namorados e muito passa mão, inclusive já fiz boquete para meu ex-namorado, mas nunca finalizamos, nunca transei de verdade, e se a Bella não aparecesse, acho que perderia minha virgindade no meio da sala de estar, em um sofá de couro branco, com meu chefe gostoso. — Puta que pariu! Se controla Stella! Com que cara, olharei para ele amanhã. Já sei, não sairei do quarto, vou fingir estar com dor de cabeça, ou sei lá o que. É, eu não vou, amanhã eu tinha que trabalhar. Que ele suma novamente.Tiro minha roupa e tomo outro banho, deixo a água morninha cair pelo meu corpo e fico lá por um bom tempo, quando já estou com os dedos enrugados, desligo o chuveiro e me enrolo na toalha, saio do b
EduardoFico sozinho na cozinha, respiro fundo!Ela está certa, não posso mais deixar o desejo me dominar. Será difícil, mas terei que ficar o mais longe possível de Stella.Só que com nossas conversas, eu fiquei muito intrigado com a história dela, por que será que o pai não aceita que ela realize o seu sonho? Eu teria orgulho se minha filha passasse em um concurso tão prestigiado.Pego o meu celular e envio uma mensagem para o meu detetive.“Senhor Buick, por favor, investigue o senhor Jimmy Melfi, quero relatórios detalhados.”“Considere feito, senhor Hoork.”…Na manhã seguinte, sai antes que todos acordassem, não queria encarar Stella, após a noite de ontem.Vou direto para o escritório, estou absorto revisando um contrato quando Michael entra na minha sala.— Como vai meu amigo traíra? — — Por que sou traíra? — Pergunto sem levantar a cabeça. — Por quê? Você ainda pergunta o porquê? Como me escondeu aquela beldade por tanto tempo?— Não sei do que está falando? — Levanto-me, v
EduardoNo caminho de volta para o escritório, me pego, pensando em Savanna, de nossos agradáveis momentos no clube. Recordo-me com carinho de como ela adorava essas tardes, sempre acompanhada de suas amigas. Encontrei algumas delas ao sair, e a saudade de Savanna veio com tudo. Sinto falta da sua presença, éramos inseparáveis e compartilhávamos nossos pensamentos e momentos vividos, trocávamos ideias, fazíamos planos para o futuro. Futuro esse que nunca chegará.Lembro de um dia em que estávamos tendo conversas bobas e aleatórias, em nosso quarto. Estávamos exaustos, pois havíamos acabado de chegar de um evento beneficente.— Vamos tomar um banho de banheira para relaxar? — Ela pergunta travessa. Rio do seu jeitinho, a pego no colo e seguimos para o banheiro rindo como duas crianças que estão prestes a aprontar.Nossa sintonia era única, nos entendíamos muito bem e sempre sabíamos o que o outro queria ou precisava, ela não era só minha esposa, mas minha melhor amiga também.Após um s