A música suave preenchia o ambiente enquanto eu olhava ao redor, absorvendo cada detalhe da nossa festa de casamento. Parecia um sonho, desses que você não quer acordar. Hoje o dia está perfeito, a cerimônia foi maravilhosa, cada sorriso, cada olhar de carinho, era uma pequena preciosidade guardada no meu coração. Eu me sentia transbordando de gratidão, e felicidade, especialmente ao ver nossos filhos correndo entre as mesas, suas risadas doces ecoando por todo o espaço. A cada bambeada tinha quatro pares de mãos para ampará-los.Benício, Bia e Bento estavam brincando com Bella, e por um instante, eu me permiti parar e apenas observar. Bella, com sua energia contagiante, corria na frente, liderando a pequena tropa, como sempre fazia. Os trigêmeos riam e gritavam, tentando alcançá-la, suas bochechas coradas de tanto correr. Bia estava de mãos dadas com Benício, e Bento, o mais quietinho dos três, seguia logo atrás, tentando não perder o ritmo da brincadeira. Eu sorri, sentindo o amor
Stella Com um sorriso no rosto, caminhei até onde o DJ estava e anunciei brincando:— Meninas, me perdoem, mas esse buquê já tem dona!Imediatamente, Paloma e as outras mulheres soltaram suspiros fingidos, protestando de maneira divertida. Fiz uma cena exagerada de que elas haviam perdido a oportunidade, arrancando risadas do grupo, antes de começar a andar lentamente em direção a Paloma, que estava distraída, conversando despreocupadamente.Ela ainda não havia percebido nada, e, quando finalmente notou a aproximação, seus olhos se arregalaram em surpresa. Segurando o buquê nas mãos, sorri ao ver a expressão de confusão tomar conta de seu rosto enquanto o salão inteiro parecia segurar o fôlego.Paloma aceitou o buquê de minhas mãos, ainda sem entender totalmente o que estava acontecendo. Nesse instante, uma música romântica começou a toca, Michael surgiu ao seu lado, sorrindo, e antes que ela pudesse processar, ele se ajoelhou em um movimento tão suave quanto a brisa que atravessava
Stella E olho a casa vazia e uma pintadinha de dor surge em meu coração, ou talvez culpa por estar feliz em ter Eduardo só para mim. Mas a falta das crianças é gritante e o silêncio é dominante.Então vejo pétalas de rosas no chão, começo a seguir com os olhos e as mesmas estão nas escadas também, olho para Edu que sorri. Ele se aproxima e me pega no colo, solto um gritinho de surpresa, abafado com um beijo.Assim que a porta da suíte se fecha atrás de nós, sinto um arrepio percorrer meu corpo. Eduardo com delicadeza me coloca no cão e segura minha mão com tanta firmeza, como se não quisesse soltar jamais. O silêncio da noite foi quebrado apenas pelo som suave de nossas respirações. Olhai ao redor e meu coração quase parou diante da cena que se desenrolava à minha frente: as rosas-vermelhas estavam espalhadas por todo o quarto. Havia velas por toda parte, suas chamas dançavam de maneira delicada, lançando sombras suaves nas paredes. O perfume das flores e o brilho das velas criavam u
StellaLembranças de momentos felizes passando pela minha mente como um filme em câmera lenta. Nosso primeiro beijo, as noites em que conversamos, e nos atacávamos nos dois sentidos até de madrugada, as risadas por coisas bobas, os olhares que falavam mais do que palavras. Tudo isso nos trouxe até ali, naquele quarto iluminado por velas, cercado de memórias e de amor.Eduardo sempre soube exatamente como me tocar, como me fazer sentir especial. Seus movimentos eram lentos, cheios de cuidado, mas com a pressão certa, no lugar certo, e cada toque era uma declaração silenciosa do quanto ele me amava. A maneira como ele dizia meu nome, como nossos corpos se entrelaçavam em perfeita harmonia… era a materialização de tudo o que desejamos.Ele me penetra suavemente, como se não quisesse que a noite acabasse, queria que nosso momento perdurasse para sempre. Nossos gemidos eram ritmados, como o puro som da luxúria, misturado com o amor incondicional que sentíamos um pelo outro.Quando finalmen
EduardoO cheiro do mar invadiu meus sentidos logo que abrimos as portas de nossa vila. O sol se punha ao longo, tingindo o horizonte de uma laranja dourada, enquanto o som das ondas quebrando na areia fina embalava o ambiente.O bangalô de luxo onde Stella e eu nos hospedaríamos nas próximas semanas parecia flutuar sobre o oceano cristalino. As tábuas de madeira que nos conduziam até à entrada formavam uma passarela particular sobre as águas de um azul inacreditável. Aqui, o tempo parecia desacelerar, como se o mundo lá fora não existisse.— Inacreditável — murmurei, virando-me para Stella. — É mais lindo do que imaginei.Ela estava parada ao meu lado, os olhos perdidos na vastidão do oceano à nossa frente. Mal via o paraíso a sua frente. Havia algo no olhar dela, uma sombra de saudade que, mesmo neste cenário paradisíaco, eu não podia ignorar.— Sinto tanto a falta deles, Edu — ela confessou baixinho, a voz embargada.Sabia que esse momento viria, ainda mais depois de quase vinte e
EduardoNos próximos dias, nos entregamos a tudo o que o paraíso tinha a oferecer. Fizemos mergulho nas águas translúcidas, onde peixes coloridos nadavam ao nosso redor como se fossem parte de um quadro vivo. Jantamos sob as estrelas, com os pés descalços na areia, enquanto o som distante das ondas nos embalava. Cada refeição, cada passeio, cada risada compartilhada parecia nos aproximar ainda mais.Mas, para mim, o verdadeiro milagre dessas férias foi ver Stella se entregar à felicidade sem reservas. Seu riso ecoava por toda parte, sua energia vibrava em cada atividade, e o brilho em seus olhos... aquele brilho era o que eu mais amava.Uma noite, enquanto jantávamos à luz de velas em uma plataforma particular construída sobre o mar, ela segurou minha mão com uma força que quase me surpreendeu.— Obrigada por me trazer até aqui — ela disse, com a voz suave, mas cheia de emoção.— Eu sempre vou te levar onde você precisar estar. É só me dizer que te levo — respondi, olhando-a nos olhos
StellaAo entrar no avião, minha respiração se acelerou enquanto os sentimentos borbulhavam dentro de mim: saudade, ansiedade e uma expectativa quase infantil de abraçar meus filhos novamente. Eduardo, sempre atento aos meus sinais, segura minha mão com carinho e diz:— Também estou ansioso para vê-los. Eles estão nos esperando, meu amor, — disse, com aquele tom sereno que só ele tem. Assenti, sentindo meus olhos marejarem, ele beija minha mão com carinho, sorrio e olho pela janela o paraíso se distanciar conforme o avião decolava.Fazia duas horas que estávamos voando. O avião estava silencioso, a maioria dos passageiros estavam adormecidos, assim como Eduardo que cochilava ao meu lado, a cabeça levemente inclinada, e por um momento, admirei sua tranquilidade. Ele parecia tão sereno, descansando com um leve sorriso no rosto. Eu, por outro lado, não conseguia pregar o olho. O céu estava límpido, as nuvens lá embaixo pareciam um tapete fofo, e tudo corria perfeitamente bem. Mas algo de
StellaOutro solavanco, ainda mais forte, e eu gritei. Minhas unhas se cravaram na poltrona, e uma dor intensa subiu pelo meu braço. Meu corpo estava paralisado de medo, meu peito doía como se alguém estivesse me apertando por dentro. Lágrimas quentes começaram a escorrer sem parar, minha visão ficando turva. Meu corpo inteiro tremia, e eu sentia como se estivesse à beira de um colapso.— Meu Deus, Eduardo… a gente vai cair! — A frase saiu entre soluços, e minha voz parecia irreconhecível, um sussurro quebrado. A cada nova sacudida, o avião descia bruscamente, e meu estômago se revirava com a sensação de estar em queda livre. O chão parecia fugir debaixo de mim, e eu me agarrava desesperadamente a qualquer coisa, como se aquilo pudesse evitar o inevitável. Minhas pernas, minhas mãos, até minha mente estavam dominadas por um pavor incontrolável. — Eu… eu não consigo respirar…Eduardo estava ao meu lado, sereno, embora eu soubesse que ele também sentia a tensão. Sua mão tocou a minha co