StellaLembranças de momentos felizes passando pela minha mente como um filme em câmera lenta. Nosso primeiro beijo, as noites em que conversamos, e nos atacávamos nos dois sentidos até de madrugada, as risadas por coisas bobas, os olhares que falavam mais do que palavras. Tudo isso nos trouxe até ali, naquele quarto iluminado por velas, cercado de memórias e de amor.Eduardo sempre soube exatamente como me tocar, como me fazer sentir especial. Seus movimentos eram lentos, cheios de cuidado, mas com a pressão certa, no lugar certo, e cada toque era uma declaração silenciosa do quanto ele me amava. A maneira como ele dizia meu nome, como nossos corpos se entrelaçavam em perfeita harmonia… era a materialização de tudo o que desejamos.Ele me penetra suavemente, como se não quisesse que a noite acabasse, queria que nosso momento perdurasse para sempre. Nossos gemidos eram ritmados, como o puro som da luxúria, misturado com o amor incondicional que sentíamos um pelo outro.Quando finalmen
EduardoO cheiro do mar invadiu meus sentidos logo que abrimos as portas de nossa vila. O sol se punha ao longo, tingindo o horizonte de uma laranja dourada, enquanto o som das ondas quebrando na areia fina embalava o ambiente.O bangalô de luxo onde Stella e eu nos hospedaríamos nas próximas semanas parecia flutuar sobre o oceano cristalino. As tábuas de madeira que nos conduziam até à entrada formavam uma passarela particular sobre as águas de um azul inacreditável. Aqui, o tempo parecia desacelerar, como se o mundo lá fora não existisse.— Inacreditável — murmurei, virando-me para Stella. — É mais lindo do que imaginei.Ela estava parada ao meu lado, os olhos perdidos na vastidão do oceano à nossa frente. Mal via o paraíso a sua frente. Havia algo no olhar dela, uma sombra de saudade que, mesmo neste cenário paradisíaco, eu não podia ignorar.— Sinto tanto a falta deles, Edu — ela confessou baixinho, a voz embargada.Sabia que esse momento viria, ainda mais depois de quase vinte e
EduardoNos próximos dias, nos entregamos a tudo o que o paraíso tinha a oferecer. Fizemos mergulho nas águas translúcidas, onde peixes coloridos nadavam ao nosso redor como se fossem parte de um quadro vivo. Jantamos sob as estrelas, com os pés descalços na areia, enquanto o som distante das ondas nos embalava. Cada refeição, cada passeio, cada risada compartilhada parecia nos aproximar ainda mais.Mas, para mim, o verdadeiro milagre dessas férias foi ver Stella se entregar à felicidade sem reservas. Seu riso ecoava por toda parte, sua energia vibrava em cada atividade, e o brilho em seus olhos... aquele brilho era o que eu mais amava.Uma noite, enquanto jantávamos à luz de velas em uma plataforma particular construída sobre o mar, ela segurou minha mão com uma força que quase me surpreendeu.— Obrigada por me trazer até aqui — ela disse, com a voz suave, mas cheia de emoção.— Eu sempre vou te levar onde você precisar estar. É só me dizer que te levo — respondi, olhando-a nos olhos
StellaAo entrar no avião, minha respiração se acelerou enquanto os sentimentos borbulhavam dentro de mim: saudade, ansiedade e uma expectativa quase infantil de abraçar meus filhos novamente. Eduardo, sempre atento aos meus sinais, segura minha mão com carinho e diz:— Também estou ansioso para vê-los. Eles estão nos esperando, meu amor, — disse, com aquele tom sereno que só ele tem. Assenti, sentindo meus olhos marejarem, ele beija minha mão com carinho, sorrio e olho pela janela o paraíso se distanciar conforme o avião decolava.Fazia duas horas que estávamos voando. O avião estava silencioso, a maioria dos passageiros estavam adormecidos, assim como Eduardo que cochilava ao meu lado, a cabeça levemente inclinada, e por um momento, admirei sua tranquilidade. Ele parecia tão sereno, descansando com um leve sorriso no rosto. Eu, por outro lado, não conseguia pregar o olho. O céu estava límpido, as nuvens lá embaixo pareciam um tapete fofo, e tudo corria perfeitamente bem. Mas algo de
StellaOutro solavanco, ainda mais forte, e eu gritei. Minhas unhas se cravaram na poltrona, e uma dor intensa subiu pelo meu braço. Meu corpo estava paralisado de medo, meu peito doía como se alguém estivesse me apertando por dentro. Lágrimas quentes começaram a escorrer sem parar, minha visão ficando turva. Meu corpo inteiro tremia, e eu sentia como se estivesse à beira de um colapso.— Meu Deus, Eduardo… a gente vai cair! — A frase saiu entre soluços, e minha voz parecia irreconhecível, um sussurro quebrado. A cada nova sacudida, o avião descia bruscamente, e meu estômago se revirava com a sensação de estar em queda livre. O chão parecia fugir debaixo de mim, e eu me agarrava desesperadamente a qualquer coisa, como se aquilo pudesse evitar o inevitável. Minhas pernas, minhas mãos, até minha mente estavam dominadas por um pavor incontrolável. — Eu… eu não consigo respirar…Eduardo estava ao meu lado, sereno, embora eu soubesse que ele também sentia a tensão. Sua mão tocou a minha co
EduardoA estrada parecia se estender infinitamente à nossa frente, cada quilômetro transformando minha própria ansiedade em uma correnteza silenciosa. O silêncio no carro era quase palpável, quebrado apenas pelo som da respiração irregular de Stella ao meu lado. A cidade passava pelas janelas como uma lembrança distante, mas meus pensamentos estavam totalmente focados nela. Eu conhecia bem aquele olhar, a tensão nas mãos que apertavam o banco, o nervosismo contido em cada movimento. Stella estava à beira de um colapso de ansiedade, ela não se recuperou das turbulências ainda, temo que no futuro ela precise tratar o pânico que pode ficar permanecer.Ela não disse nada, mas a saudade dos nossos filhos estava praticamente estampada no ar. Cada segundo que nos afastava de Bia, Bento, Benício e Bella estavam mais próximos. Ela se mexia no banco, ajeitando o cinto, olhando pela janela como se esperasse que, de alguma forma, o carro acelerasse mais rápido. Mas não havia atalhos para a ansie
StellaAbraçada com meus filhos após nossa lua de mel, era difícil acreditar que havíamos passado por tantas mudanças em tão pouco tempo. Eduardo e eu estávamos casados, nossas vidas finalmente alinhadas, e agora era hora de voltar ao nosso cotidiano, cercados pela nossa família e amigos. Assim que cruzamos a porta de casa, fui recebida com abraços e vozes alegres nos davam boas-vindas, o que me lembraram o quanto esse lugar era o meu porto seguro.Um jantar foi preparado, em homenagem à nossa volta para casa, nossos amigos e familiares haviam organizado em comemoração ao nosso retorno. A mesa estava posta com carinho, e a casa estava cheia de vozes familiares que me traziam uma gratidão enorme por tê-los em minha vida. Olhei para Eduardo do outro lado da mesa, e seus olhos encontraram os meus, refletindo a mesma alegria e gratidão. Ele sorriu, aquele sorriso cúmplice que só eu conhecia, e senti meu coração se aquecer.Michael, como sempre, foi o primeiro a quebrar o silêncio com uma
StellaEnquanto todos continuavam a comemorar, não pude deixar de sentir uma onda de emoções. Emma estava grávida. O tempo passava tão depressa, e nossas vidas continuavam a se entrelaçar de formas inesperadas. Senti uma felicidade genuína por ela, mas também a nostalgia da minha própria gravidez, dos momentos de expectativa e das mudanças que ela traz. Com tudo o que já havíamos vivido, agora era uma nova fase.Eduardo se aproximou de mim enquanto eu observava a cena, um leve toque em meu braço me trazendo de volta ao momento. — Está tudo bem?, — ele perguntou, seu olhar sempre atento aos meus sentimentos.— Sim, — respondi, sorrindo para ele. — Estou só absorvendo tudo. É tão bom estar em casa, não é?— É, sim, — ele concordou, apertando minha mão. — nada como nosso lar.O resto da noite foi uma celebração alegre, com todos levantando brindes a Emma e Leonardo. Paloma e Michael fizeram mais algumas piadas sobre como Emma seria uma mãe extremamente organizada, enquanto Leonardo seri