— Bom dia, srta. Philip.- cumprimenta-me o secretario.
Ele tem cinquenta e dois anos de idade, já tentou se aproximar de mim algumas vezes em festas executivas, mas meu pai sempre me disse para não deixar esses tipos de homens se quer chegarem perto de mim, já me encontro nos meus vinte e sete anos, nunca tive nenhum relacionamento serio, esperava que meu pai arrumasse um bom partido para mim antes de falecer. Isso não aconteceu, agora absolutamente tudo está em minhas mãos.
— A srta. está linda, como sempre!- diz enquanto me segue para dentro da antiga sala de meu pai, e agora minha nova sala.
Agora que virei a nova CEO, o cargo de vice presidente ficou vago, eu sei que o que o sr. George quer tomar posse desse cargo, mas não darei a ele. Entro na sala, ela é enorme, a parte que fica de frente para a rua, do teto até o chão, é todo de vidraça. A sala é toda de cor cinza, tem uma mesa enorme a menos de um metro da grande vidraça; sigo para trás da mesa, sento-me na cadeira acachoada, coloco minha maleta em cima da mesa, ligo o computador, cruzo minhas pernas em baixo da mesa, pego uma caneta e olho para frente, onde George está parada feito uma estatua me olhando.
— A agenda de hoje, por favor.- peço educadamente, não quero começar meu dia já gritando com pessoas irritantes.
— Hoje tens que realizar a segunda etapa das entrevistas dos possíveis novos funcionários que passaram na primeira etapa.- diz lendo em seu tablete. — Essa é a única tarefa para ser realizada hoje.
— Quantos conseguiram passar para a segunda etapa?- pergunta já fazendo massagem em minha têmporas, vai ser uma dor de cabeça entrevistar essa gente.
—Das cinquenta entre...
— Apenas perguntei quantos passaram!- o corto já sem paciência.
— Desculpe-me, são vinte e um, srta.- diz e olha para baixo envergonhado.
— Obrigada, espero que de agora em diante seja mais objetivos em suas respostar sr. George.- digo e ele concorda apenas movimentando a cabeça. — Que horas começa a primeira entrevista?
— Daqui a cinco minutos srta. Philip.
— Certo, quando der o horário mande entrar o primeiro.- digo e agora reparo em uma pasta branca em cima da mesa, olho para a mesma e levanto minha sobrancelha direita, George logo percebe e me responde.
— São os currículos dos selecionados.
— Entendi.- pego a pasta e a abro. — Obrigada sr. George, agora pode ir e chame o primeiro.
— Srta. eu gostaria de lhes perguntar uma coisa.- paro de olhar os currículos na pasta e ergo uma sobrancelha na direção do secretario. — Gostaria de saber, se já tem em vista alguém capacitado ao cargo de vice.
— Suponho que o sr. tenha alguém em mente, não?- pergunto já imaginando sua resposta.
— Bem, eu trabalho aqui já fazem nove anos, creio ser capaz de exercer o cargo srta.
— Sim, você já está aqui a muito tempo, sempre acompanhou meu pai sendo um ótimo secretario, acredito eu, que você seria sim capaz de exercer o cargo de forma esplendida.- dou uma pausa na fala, vejo o sorriso de triunfo dele, então continuo. — Mas também sei, que ninguém exerceria tão bem o seu cargo, então não posso colocar como vice presidente. Você é essencial como secretario.
Vejo seu sorriso morrer na mesma hora, sorriu com isso, se ele não tivesse me questionado, ou melhor, não tivesse dito quem deveria ser o vice, pois as ordens devem apenas partir de mim, eu o teria nomeado vice, ele é um ótimo profissional, trabalhou duro durante muito tempo aqui.
— Agora já pode se retirar de minha sala.- digo e ele se vira e sai.
Em menos de cinco minutos a primeira entrevista começa, é uma jovem muito bem arrumada, seus cabelos estão presos em um coque alto, dourados como o sol, olhos azuis, essa deve ser a filha de George. E como ele, sinto que ela quer se dar bem na vida.
— Bom dia, me chamo Jeniffer.- diz se apresentando e estende sua mão em minha direção.
‣‣ Hugo‣‣Hoje o meu dia já começou com o pé esquerdo, fiquei tão feliz ontem que fui comemorar e acabei passando do ponto. A quatro dias atrás, participei da primeira etapa de uma entrevista para trabalhar em uma das maiores empresas do mudo, e lá mesmo conheci uma moça muito linda, ela se chamava Jeniffer, formos juntos a um bar e não me lembro de todo o ocorrido, lembro que bebi muito e fui com ela para meu quartinho alugado aqui nessa cidade, dormimos juntos, lembro das pequenas e belas curvas de seu corpo alvo. Mas, hoje eu acordei sozinho, atrasado... Nem tomo banho, pego meu terno e vou vestindo ele apressadamente, calço meus sapatos e vou no banheiro, ligo a tornei e com as duas mão jogo água em meu rosto para suavizar a cara amassada, saio do banheiro, pego minha pasta já arrumada em cima da cadeira e vou para meu carro, é um Honda fit 2018 na cor azul. Eu ainda não paguei nem a primeira parcela, comprei no calor do momento confiante de que conseguiria uma das setes vagas disponíveis na empresa, agora já não estou mais tão confiante assim.Estaciono o carro em frente a empresa, são oito de quinze da manhã, as entrevistas começam as oito em ponto, espero que ainda der tempo. Sigo para o elevador, no primeiro dia já deram as instruções de onde seria a próxima fase e já me deram o crachá, aperto o botão para subir até o vigésimo quinto andar, onde se encontra a sala da presidência.
Eu fiquei sabendo que hoje seria a filha do falecido sr. Philip que tomaria a frente de tudo, fiquei triste por ela, agora está sozinha no mundo, bem, sem os pais pelo que sei, mas ela deve ser forte, seu pai deve ter passado para ela todo o seu conhecimento de vida.
Chego no corredor e vejo uns dez participantes, a sala com portas de aço se abrem e vejo a moça que comemorou comigo ontem saindo de lá.
—Sr. Camperbell.- sou chamada pelo secretario.
Ando a passos largos, Jeniffer passa por mim e olha nos meus olhos sorrindo e fala apenas para mim ouvir.
— Achei que não ia conseguir.- vira o rosto e sai rebolando em sua saia lápis bem justa.
—Entre por favor.- diz sr. George.
Respiro fundo, não me sinto confiante, não me sinto arrumado, e eu sei o quanto a aparência conta nas entrevistas, sinto minhas pernas bambas, tento controlar minha respiração e ajeito o nó de minha gravata. Adentro a sala e vejo a mulher mais linda do mundo sentada na minha frente. Força, sua postura me diz que ela é uma mulher que não precisa de homem nenhum, que ela só precisa dela mesma, seus olhos verdes água parecem me hipnotizar, sinto minhas mãos suarem, o que é isso? Não tenho uma boa impressão, mas deixo para lá, deve ser coisa da minha cabeça.
Ouço o som da porta se abrindo, não me dou o imediato trabalho de olhar quem é, a entrevista com a primeira candidata foi bastante produtiva, ela tem boa aparência, fala bem, suas notas na faculdades são excelentes e a universidade também é bastante reconhecida por capacitar ótimos profissionais. Tiro de dentro da pasta o segundo currículo, o mesmo contém o nome de Hugo Camperbell, bonito o nome, esse currículo é mais simples, não possuí se quer a foto de seu dono, observo mais um pouco, notas relativamente acima da média, no entanto, não tão boas quanto a primeira candidata, a faculdade é uma instituição publica, também não tão bem reconhecida quanto o da primeira. Objetivo: "Utilizar de todo meu potencial afim de crescer e contribuir também no crescimento da empresa." com certeza isso foi colado da internet! Reviro os olhos.Apoio minha testa sobre a palma de minha mão direita enquanto com a esquerda seguro o decepcionante currículo, como esse ra
Saio mais um vez do elevador, mas dessa vez paro no sexto andar, a equipe do RH fica aqui, a uns três metros tem um balcão, caminho até lá e antes mesmo que eu dissesse algo algo a recepcionista sorrir para mim, ela é bonita, pela clarinha, olhos castanhos escuros, cabelos bem cacheados presos em um rabo de cavalo, rosto redondinho, resumindo: Uma gata!—Bom dia!- digo apoiando meu braço esquerdo no balcão, solto um de meus sorrisos.—Muito bom dia.- sorrir e me olhar com um olhar safado. gostei!— No que posso ajuda-lo?—Vim entregar isso pro HR.- dou a ela meu currículo, ela o olha e então morde o cantinho da boca, observo seus movimentos, essa aí não teria problema nenhum pegar, mas talvez não seja uma boa ideia.—Siga em frente, vá até a sala três, o diretor do setor de RH irá atende-lo.- pego de volta o meu currículo.— Seja muito bem vindo.- pisca para mim, sorriu e saio de lá.Faço como a recepcionista diz, caminho por alguns segundos até chegar na
Acordo ouvindo um som de choro, é baixinho e fino, noto o mesmo pertencer a minha mãe. Levanto da cama, saio de dentro do meu quarto e sigo pelo corredor, o quarto de meus pais ficam no final do corredor, a cada passo que me aproximo mais um som se faz presente, e com ele hesito dá o próximo passo, é o som de sinto batendo. Respiro fundo, crio coragem e fico em frente a porta, apoio minhas mãos nela e olho pelo buraquinho da chave, a visão me enche os olhos d'água.Minha mão está nua de costa para a porta, meu pai está segurando ela pelos cabelos e falando algo em seu ouvido, não sei o que ele disse, mas acho que ela não gostou, pois cospe na cara do mesmo, pela pequena abertura não consigo ver o seu rosto pois agora ele está de pé, contudo ainda segura ela pelos cabelos. As costa de minha mãe estão cheias de vergões enormes e muito vermelho, e tem tantos que nem dá pra ver a cor normal de suas costas. Rapidamente coloco minhas duas mãos na boca para tampar meu grito, meu pai
Nem espero o despertador tocar, antes mesmo de dar seis horas da manhã já estou de pé, para ser mais preciso eu estou na cozinha, vestido apenas com uma cueca box na cor preta. Beberico mais um gole do meu chá gelado de pêssego e depois como mais um biscoitinho salgado. Me sinto ansioso, hoje é o meu primeiro dia no meu novo emprego, e que emprego viu!Meu celular vibra em cima da mesa, o pego e na tela aparece o nome da minha mãe com uma mensagem de texto dizendo: "Mais uma vez parabéns meu filho, que você se dê bem com todos os seus colegas e bom trabalho meu garoto!"Sorriu ao desligar a tela, minha mãe sempre presente em minhas conquistas, se hoje sou quem sou é graças a eles.Acabo com meu café e vou para o banheiro, configuro o chuveiro para que a água saia morna, ela bate em meu corpo e o sinto fica mais relaxado, não
Olho para o relógio e ele marca exatamente, às seis da manhã, as coisas com Hugo não mudaram, ele é extremamente profissional, e parece que nada do que eu faço é capaz de seduzi-lo, isso está me irritando. Nunca precisei correr atrás de homem nenhum, não entendo o porquê dele está dificultando tanto as coisas.Passei a semana toda me vestindo de forma mais ousada, usando um pouco mais de maquiagem, para apenas ter um breve olhar da parte dele, mas dessa viagem ele não vai me escapar! Hugo vem fazendo um trabalho excelente, chega cedo, notei que ele não faz diferença entre funcionários e trata todos com devido respeito, achei isso bonito da parte dele, eu nunca conversei com nenhum funcionário além do necessário, e nem nunca precisei dá bom dia, sempr
[ Hugo Camperbell ]Hoje saí de casa mais cedo, queria me organizar melhor, o trabalho de secretário não é nada fácil, e resistir a minha chefe é ainda mais difícil, a mulher parece que gosta de me provocar, mas penso que posso estar vendo coisas onde não tem nada. Essa semana todinha que passou tive que me contra-lar ao máximo para não deixar a barraca se forma em minhas calças, a mulher vinha cada dia mais provocante que o outro, ela estava me levando a loucura, a única coisa que me salvava disso era os compromissos que precisam ser atualizados a cada vinte minutos.A dois dias atrás essa diaba me apareceu vestindo um vestido tubinho ( acho que é assim que se chama aquele tipo de vestido ) todo colado, desenhava cada parte de seu corpo, deixando suas longas pernas bem à mostra, seus seios ficaram bem salientes, quase cai trope&ccedi
“Ploc, ploc, ploc”Escuto esse som ficando cada vez mais alta à medida que me aproximava da cozinha.— Ainn!Escuto o gemido de minha mãe, parece ser um gemido de dor fraco, aperto as alças da minha mochila e vou ver o que está acontecendo, já estou com doze anos de idade, ultimamente ando escutando esses dons em diferentes partes da casa, mas sempre que tento chegar perto um segurança me impede e manda que eu volte para meu quarto, não tenho outra escolha e sempre obedecia. Mas hoje, eu cheguei duas horas mais cedo, a professora passou mal então a turma foi liberada, voltei pela primeira vez sozinha para casa, os seguranças só vem para cá quando estou em casa.Respiro fundo, finalmente irei descobrir a origem desses sons, sinto meu coração bombardear forte em meu peito, dou curtos passos, finalment
Fico admirando Hugo olhar tudo por fora da janela boquiaberto, o sorriso não sai de seu rosto, que sorriso lindo! — Se você continuar assim, irei começar a pensar que nunca saiu daquela cidade— digo sorrindo e olhando admirada para ele. — E a srta. está certa, nunca sai de lá pra viajar em canto nenhum— ele diz e para de sorrir sentando-se normal no banco. — Não precisa ficar sem graça — digo sincera, não constatei aquilo na intenção de ofender sua classe social — Depois que nos instalarmos no hotel, te levarei para conhecer melhor a cidade da Bahia — digo e ele sorrir de novo, esse sorriso nunca deveria sair de seu rosto. A corrida até o Txai Resort durou quarenta e dois minutos, chegamos e o logo os funcionários carregam tanta a minha quanto a de Hugo, ele tentou impedir, mas logo o disse que se ele fizesse isso, deixaria o trabalhador sem trabalho, ele aceitou e seguimos para o quarto. Reversei apenas um suíte