Depois de lidar com os repórteres insistentes, Mateus entrou no carro de Gustavo.No caminho de volta para Aeminium.Gustavo comentou:- Nossa, deve ser uma sensação incrível finalmente ter a justiça ao seu lado e limpar seu nome, hein? Que tal irmos beber algo para comemorar hoje à noite?Mateus, que em seus sonhos mais fervorosos desejava limpar essa mancha em sua vida, agora que o sonho se realizava, não se sentia tão feliz quanto imaginava.- Não é grande coisa.Até sentia uma certa melancolia.O celular de Gustavo tocou, era Antônia.Ele atendeu no viva-voz.- Oi?- Combinei com Aline de irmos para Mar do Sol amanhã, não vamos voltar à noite. Avise a mãe que só volto no próximo sábado para o jantar com eles.- Você vai para Mar do Sol com Aline?- É, por quê? Você também quer ir?Gustavo lançou um olhar para Mateus.- Por mim, tanto faz, mas... não sei se o Sr. Mateus gostaria de ir.- Mateus? Melhor não, a relação dele com Aline está meio complicada agora. Se ele for, tenho medo
- Julieta.- Papai? - Julieta olhava para seu ravioli inacabado, inclinando a cabeça, distraída com seus pensamentos.- Você gostaria que eu e sua mãe ficássemos juntos novamente?- Claro! Que criança não quer que seus pais fiquem juntos? Pai, você está fazendo uma pergunta óbvia?A garotinha mordeu o lábio, criticando.Mateus olhou para ela, seus olhos cheios de tristeza e escuridão:- Mas eu não tenho certeza se sua mãe quer ficar comigo.Os olhos de Julieta brilharam, encorajando:- Pai, você deveria tentar! Como você vai saber se não tentar?Mateus franzindo ligeiramente a testa.Ele se levantou:- Continue comendo, vou subir para resolver algumas coisas.- Bem, pai, pense no que eu disse!Mateus foi para o escritório.Ele abriu a gaveta da mesa, onde jazia uma pequena caixa de veludo preto.Ao abri-la, viu um anel de diamante rosa.O brilho profundo do diamante era deslumbrante, brilhante.Ficaria lindo no dedo de Aline.Aline não lhe devia nada, mas agora, ele sentia que devia a
Elas chegaram a Mar do Sol pouco depois das seis da tarde.O horizonte marinho era abraçado pelo pôr do sol, diante delas, um vasto mar de cor laranja ardente.As ondas batiam nas rochas, e as gaivotas circulavam entre a praia e o mar.Aline tirou os sapatos, segurou a barra do vestido e caminhou até a beira da água rasa.As ondas frias beijavam seus tornozelos e pernas.Antônia, vendo-a se divertir, tirou o celular:- Está tão lindo! Vamos tirar uma foto.- Claro.Ativando a câmera do celular.Antônia passou o braço ao redor do pescoço de Aline, e as duas, cabeça com cabeça, sorriram para a câmera.Uma foto perfeita de amigas íntimas.Aline caminhava descalça pela areia, abaixando-se para pegar corais e conchas bonitas e peculiares.Ela queria levar algumas para Julieta.Julieta certamente gostaria.Elas brincaram na praia por um longo tempo antes de se dirigirem a uma churrascaria na pequena cidade.Por estar perto do mar, o churrasco de frutos do mar era barato, fresco e delicioso.
Ela realmente não gostava.Durante aquele processo, teve inúmeras vezes a impulsão de acabar com tudo.Aline ajudava Antônia a caminhar em direção ao hotel, não resistindo a aconselhá-la novamente.- Antônia, você precisa ser mais sensata daqui para frente, não fale sobre divórcio tão levianamente. Eu sei que você não quer se divorciar, mas se você falar demais, o advogado Gustavo pode levar a sério.- Hum... Divórcio, hein? Se eu realmente me divorciasse, não sei o quão descolada e livre eu seria.- E também, pare de dizer o contrário do que sente para o advogado Gustavo, ouvir isso demais pode machucá-lo.- Que ele fique magoado, o que isso tem a ver comigo? Aline, por que você está falando como se estivesse deixando um testamento? Querida, vamos mudar de assunto, shh...Aline a ajudou a entrar no quarto do hotel.Antônia caiu na cama macia, se aconchegando nas cobertas.Sentada à beira da cama, Aline se inclinou para remover as sandálias de Antônia.Sentindo os pés aliviados, Antôni
- Antônia, ser tua amiga é a maior sorte da minha vida. Obrigada por todos esses anos juntos. - Pare com isso! Onde você tá? Eu vou aí agora! Ah, o Mateus me ligou perguntando por você, acho que ele te perdoou, ele tá vindo te encontrar! Antônia saiu correndo até a praia. Olhando ao redor, ela viu uma silhueta magra e branca em pé no penhasco à distância. - Aline! Não pula, pelo amor de Deus! Eu tô te vendo! Já tô indo aí! - Eu sempre quis o perdão dele, mas agora tanto faz... Desde que nos conhecemos, foi um erro. Se eu tivesse ouvido o Gabriel desde o começo, casando com alguém que eu nem conhecia, talvez eu não estivesse sofrendo tanto agora. O Gabriel tinha razão, resistir tem seu preço. - E a Julieta? Você ainda tem a Julieta! Mesmo que você não queira mais o Mateus, nem a mim, e a Julieta? Ela é tão pequena! Você vai deixar ela sem mãe? Ao ouvir sobre Julieta, Aline hesitou por um momento. Mas ela apenas sorriu. - Julieta... Eu sinto muito por ela, mas eu não consig
Então, ela pulou no mar, porque estava decidida a não querer mais viver.Mateus ajoelhado, com as costas rígidas, mostrava seu desânimo. Desde quando Aline começou a ter esses pensamentos? Na última vez, no Lago de Tinta, quando ela entrou na água, foi então que ela já pensava em suicídio? Ele sempre achou que era porque ele tinha ganhado a guarda da Julieta, e ela estava apenas triste por isso... Então ele prometeu a ela, ver a Julieta uma vez por semana. Ele pensou que assim ela não pensaria mais em suicídio... Ele achou que ela só estava tentando forçá-lo a perdoá-la... Mas tudo isso era apenas o que ele pensava. Mesmo não querendo mais ele, por que ela poderia deixar a Julieta para trás? Mateus, com os olhos vermelhos de chorar, ajoelhado, desesperado e derrotado. Ele já a tinha perdoado. Ele estava... planejando pedi-la em casamento. Por que eles sempre estavam se desencontrando, constantemente se perdendo um do outro... Quando ele planejava felizmente o
As palavras de Mateus deixaram o capitão da equipe de resgate surpreso. Ele olhou para Gustavo... Gustavo concordou: - Temos que encontrá-la, seja ela viva... ou morta. - Certo! Faremos o nosso melhor! - respondeu o capitão, olhando para o vasto e escuro mar, soltando um suspiro leve. As ondas da noite eram furiosas. Provavelmente, a garota foi arrastada para longe pelo mar logo após pular. Três horas já se passaram desde que ela pulou, sem saber quantas vezes foi arrastada pelas ondas... provavelmente... A operação de resgate continuou até a madrugada. Pouco depois das quatro da manhã, uma luz branca começou a brilhar no horizonte marinho. Antônia, depois de se acalmar um pouco no carro, voltou para o local. Ela agarrou a gola da camisa de Mateus, gritando: - É isso que você queria! Você a odiava, a torturava, fazia com que a mídia a boicotasse, forçando-a a cantar em bares para ganhar dinheiro! - Você ficou três anos na prisão, você é a vítima, mas e ela? Ela
- Você está louco! Mateus, você já passou a noite inteira ajoelhado aqui, Julieta já perdeu a mãe, você quer que ela perca o pai também? Os olhos de Mateus finalmente mostraram alguma emoção.Sim, Julieta ainda está em casa, esperando que ele traga Aline de volta... O celular tocou, mostrando uma ligação do telefone fixo da Vila Panorama Real. Sem dúvidas, era Julieta ligando. Por um momento, Mateus quis fugir. Gustavo, percebendo, disse: - Se você não souber o que dizer, eu posso atender por você. Talvez seja melhor não contar nada para a Julieta por enquanto. Mas Mateus atendeu a ligação. Do outro lado da linha, veio a voz de Julieta: - Papai, você encontrou a mamãe? Ela aceitou o seu pedido de casamento? A mamãe estava feliz? Aquele anel de diamante rosa é tão lindo, mamãe deve ter adorado! É, o diamante rosa é lindo. Mas Aline nem teve a chance de vê-lo. - Julieta. Sua voz pausou. - Hm? Papai, o que aconteceu? A mamãe recusou? Sua voz soa tão triste. E