Luid estava triste afinal, e mais uma vez tinha salvado seu capitão, era estranho pra ele se sentir assim, era estranho saber que sua mãe iria conviver com o homem que o havia traído, o homem que ele havia jurado se vingar, mas em seu íntimo guardava um sentimento, ele não iria assumir isso a ninguém iria morrer com isso em seu peito, por mais que doesse, ele já não se importava com isso, sua vida até aquele ponto tinha sido uma sequência de erros e decepções.
Quando era um pirata foi torturado pela tripulação, precisou salvar o capitão que havia sido baleado, foi abandonado em Nassau, resgatado por um homem que tinha desejos em se aproveitar de seu corpo e quando finalmente encontra sua mãe ela está se envolvendo com aquele que ele amava, parecia estranho dizer as palavr
— Mama, eu peço perdão por trazer esses homens mas creio que ouve um pequeno mal entendido aqui, o homem que não dorme com a canção do qual Luid se referia era o escorpião, e o Capitão aí qual tu se referias era o Gared, me fala que aquele idiota ainda está nessa ilha. — Patrick chegava falando logo, não queria prosseguir com aquele mal entendido.— Filho... Então era isso, ele está isolado desde que chegou, conversamos um pouco, mas ele está do outro lado, as sereias não gostam muito de ficar entre aquelas rochas então lá é um bom lugar pra quem quer ficar sozinho. — Sea respondia amável indo abraçar o filho e em seguida seu capitão.— É um ultraje nenhum de voc
Luid estava nesse momento sentado em uma rocha, a cabeça baixa e parecia olhar alguns peixinhos coloridos que nadavam em torno de sua cauda.— Vocês querem brincar de pegar é isso seus danadinhos? — falava com as pequenas criaturinhas azuis e amarelas na água.Ele balançava a cauda bem lentamente esperando que os peixinhos a alcançasse, e logo estavam as pequenas criaturinhas coloridas seguindo a ponta de sua cauda.Ele escutou o barulho de alguém mergulhando na água, pensou ser um de seus sobrinhos ou até mesmo uma de suas tias.— Volte para o outro lado! — Gritou para a escuridão mas não obteve resposta — Não me ouv
Pierre sentia o tremor pelo corpo do tritão, o mesmo estava encolhido em seus braços, o fazia se lembrar do garoto magricela amedrontado no navio.— Luid, está tremendo...— sussurrou contra a boca do mais novo com a voz ainda um pouco embargada, ambos tinham sido vitimas das lagrimas, ambos estavam emocionados, anos sem se ver e Pierre durante os últimos meses acreditava que Luid havia morrido.— Está escutando? os tambores, elas vão caçar, e agora começou uma pequena festa, deveria ir lá com eles, depois os tambores param e quando recomeçarem a tocar é a festa — Luid falava olhando as orbes castanhas de Pierre.— Não quero ver uma festa de sereias, mas elas pediram s
Luid e Pierre seguiram os caminhos da Pirataria até o ano de 1890, quando decidiram se mudar para a américa, aparentemente lá as coisas estavam melhores, seus saques e pilhagens eram usados para dar aos mais pobres e necessitados, em sua companhia estavam Sea e Gared, Victor e Patrick e seus irmãos mais novos, assim como as crianças que Luid e Pierre acabaram adotando.O kraken ainda era libertado uma vez por ano, e para falar bem a verdade havia milhares daquela espécie e apenas uma pequena porção podia fazer as sereias e os tritões recobrarem suas forças.Seus nomes foram esquecidos no mar do caribe, as velas vermelhas e as pretas jamais foram vistas por ali, eram considerados navios fantasmas que tinham desaparecido com a ilha da morte.
Sea Hana, a princesa de Atlântida, era agora esposa de um mestiço, metade humano e metade tubarão, um filho nasceu desse amor Patrik e ele tinha as características do pai, porém fora d'água era tão humano quanto a parte superior de sua mãe. Vivian felizes até toda sua família ser caçada de maneira inescrupulosa, o rei na Inglaterra Jorge II queria saber a localização exata de Atlântida e isso eles não podiam dar, o pai de Patrik Conseguiu esconder o filho, porém acabou sendo morto durante aquela batalha, Sea Hana foi aprisionada no convés principal do navio da marinha britânica , juntamente com suas irmãs, nenhuma delas daria a localização, e enquanto estavam lá aprenderam a manipular as pólvoras e explosivos apenas ouvindo o que os Oficiais falavam, em segredo elas elaboraram um plano e acabaram conseguindo a tão sonhada liberdade, e precisaram detonar o navio todo para isso sem sombra
— Vejam rapazes mais um navio inglês totalmente destruído, é isso o que acontece com quem cruza nosso caminho.! — O capitão Brian Gritava para a tripulação.— Capitão, tem um sobrevivente, é uma criança. — O intendente Zurban alertava.— Deixem que viva, mas vai ser parte da nossa tripulação, e a menos que saiba fazer algo muito espetacular vai ser lançado ao mar dentro de um ano como todos os outros... ENTENDIDO? — Gritou a Pergunta a plenos pulmões e a tripulação o respondeu com o coro a afirmação positiva.Brian não era conhecido por dar segundas chances, e quando atacava um navio não deixava sobreviventes
— Me solta!— Bradou o garoto de olhar agressivo.— Insolente, acha que pode me dar qualquer ordem, escuta garotinho, sua vida não é da minha conta e não preciso de autorização para te matar, então se quiser ver aqueles que ama novamente algum dia sugiro que comece a me obedecer.— Pierre engrossou um pouco mais a voz ao declarar as ameaças.Luid não falou nada, apenas continuou com o olhar agressivo para o mais velho.—" O garoto é durão, vai ser bom ter alguém assim aqui"— pensou o ruivo devolvendo a encarada mas com um sorriso ladino.— Me fale algo que saiba fa
Pierre arregaçou as mangas e começou a instruir o garoto, não importava se eram dias, semanas ou horas ele não iria desistir de corromper aquela doce alma para o mundo da pirataria e estava indo bem, Luid tinha um tratamento melhor e diante da promessa de rever sua mãe o mesmo seguia o escorpião a todo canto como se fosse seu bichinho de estimação e mal percebia que estava apegado tanto ao mar quanto a pirataria.Os dias no mar eram impiedosos, os suprimentos iam acabando com o passar dos dias e nada mudava, os navios mercantis que cruzavam o caminho do "Escorpião" tinham o fundo do mar como sua nova moradia, e parte disso era cortesia do mais novo canhoneiro daquela nau, Luid era quem se encarregava dos canhões agora, e seria uma pena não citar o fato de que junto com as balas de canhão ele as vezes colo