Assim que viu que o novo capitão iria sair da cozinha se lembrou de avisa-lo sobre a vitamina que já estava pronta que o mesmo havia pedido para Luid.
— Capitão... A vitamina que me pediu... Está pronta, mas creio que o sabor seja terrível.— falou o homem entregando um pote fechado para Pierre que abriu e sentiu o aroma repugnante.
— Pobre diabo, além de estar quase morto ainda vai ter que comer isso... Não tinha como melhorar o cheiro ou o gosto? — Perguntou fazendo uma cara de puro nojo chegando a fingir que iria vomitar ali mesmo.
— Infelizmente não, fígado de animais possuem um cheiro forte... E misturado ao óleo de baleia e as barbatanas de tubarão... Sinto muito. — Comentou sem graça segurando o riso pela cara engraçada que o capitão estava fazendo, no fundo Pierre era apenas um mancebo.
— O garoto sobrevive, vai ser engraçado ver o pobre diabo se virando com essa mistura, agora coloque todas as provisões em caixas e leve a chalupa, e não esqueça o rum. — Pierre mudou um pouco sua postura ao falar ao ver que o cozinheiro não aguentaria segurar o riso por muito tempo.
Pierre saiu com o pote nas mãos, e foi rindo até a cabine, pegou um baú onde colocou uma roupa para ele e uma roupa que já tinha sido dele quando tinha a idade de Luid, a ilha das grutas era uma ilha civilizada e chegar lá com o garoto todo maltrapilho não iria ser algo discreto, chamaria muita atenção, ainda mais que já era contada algumas historias sobre um menino loiro que comandava os canhões do Navio Escorpião.
—" Vai ficar muito largo, mas é o melhor que posso fazer, maldito Garred, tive que tomar essa medida drástica... Ele não perde por esperar, vou acabar com a frota dele de dentro pra fora igual o maldito fez com a minha e ainda sou capaz de deixar o mesmo pendurado pelos pés sangrando como uma foca recém capturada". — Murmurava para si mesmo.
Enquanto Pierre resolvia a partida deles, Luid estava indo em direção a frota de maneira discreta, por saber nadar muito bem pegou uma das cordas que ligava o navio principal a frota e foi se guiando por ela dando mergulhos longos até chegar no primeiro navio da frota, ele entrou sem ser notado e foi direto para o paiol, lá ele pegou o barril e espalhou pelo interior do navio, a tripulação estava toda no convés, não estavam trabalhando, estavam esperando Garred.
Luid foi discreto naquele navio, e nos outros dois ele fez da mesma forma, deixando suas garrafas explosivas espalhadas em pontos específicos para que na hora que ateasse o fogo fosse tudo pelos ares sem sombra de sobreviventes. Luid era esperto, e tinha sim um alto conhecimento sobre o que estava fazendo, por ser baixinho e magricela poderia se esconder em qualquer vão, e não era notado.
Assim que espalhou toda a pólvora pelo interior daqueles navios o garoto ligou os pavio em uma garrafa, e a deixou pendurada na corda que ligava os quarto navios, o navio principal e os outros três da frota.
Luid voltou ao navio principal usando as cordas que ligava um ao outro da mesma forma que tinha saído, dando alguns mergulhos, um ponto interessante era que Luid só teria suas características de tritão quando atingisse a maioridade, porém o mesmo não sabia que se ficasse muito tempo na agua ele ganharia tais características, ele nunca ficou por mais de cinco horas por exemplo, e não se afogou, pois se por ventura caísse no mar e não soubesse nadar ele não se afogaria, são detalhes que sua mãe nunca lhe explicou, ela queria contar isso pra ele quando o filho tivesse uma idade na qual pudesse compreender as coisas de maneira clara.
Assim que entrou no convés do navio principal sacudiu o corpo para que o excesso de agua saísse, vendo aqueles corpos no convés ficou um pouco assustado, mas não abaixaria a cabeça diante do capitão, ele foi até a cabine principal onde sabia que o escorpião estaria e se surpreendeu ao encontrar a porta aberta, logo viu Pierre o encarar de maneira curiosa.
— Capitão entrei na frota sem ser visto e preparei tudo para que com apenas um tiro os navios explodam. — anunciava o garoto entrando na cabine do capitão.
Pierre sorriu de lado e olhou para o pote e para o garoto de maneira discreta e falou:
— Agora... Vamos cuidar de você, nesse pote — apontou para o pote em cima da mesa. — tem uma mistura de cheio e gosto horrível, e infelizmente vai ter que comer um pouco disso por dia, para que recupere sua força... Sinto muito por isso. — Falou com a mão na boca sentindo seu estomago embrulhar.
Luid se aproximou do pote, abriu a tampa e o aroma veio de encontro ao seu nariz o que quase fez o garoto vomitar.
— O Quanto eu tenho que comer? — perguntou desejando que fosse apenas um pouco e não o pote todo.
— Duas colheres por dia... Seja forte. — O mais velho o encorajava, mas se ele mesmo precisasse comer aquilo em algum momento em sua vida acharia mais fácil morrer de fome.
Luid tapou o nariz, pegou a colher que estava ao lado e fincou dentro do pote e o aspecto era tão ruim, mas ele reconhecia o cheiro de algum lugar, e quando colocou a colher na boca fez um esforço pra engolir aquilo e logo falou.
— Minha mãe fazia algo parecido... É fígado de bacalhau, fígado de javali e... Óleo de baleia... Eu já comi isso capitão...
— Falta um ingrediente que você não citou... — Pierre comentou ao se lembrar que o cozinheiro tinha falado quais ingredientes usaria.
Nas vitaminas que Sea Hana fazia para seu filho ela adicionava frutas e carne humana, assim o pequeno tritão cresceria forte e saudável, já que sua espécie dependia da carne humana para sobreviver.
— Certamente o da minha mãe tinha um sabor agradável. — Falou ainda com a boca cheia levantando a colher para o alto.
Pierre riu um pouco da cara do garoto e disse:
— Tinha uma mãe cuidadosa... Sinto muito você ter acabado como um Pirata. — sua voz saiu mais compreensiva e com uma entonação suave e um pouco melodiosa.
— Eu... sou um Pirata? — O questionamento de Luid era algo até normal, até o dia anterior aquele dormia no convés escondido em caixas como um cativo qualquer.
— Brincou com uma zarabatana ao lado de seu capitão, antes disso derrubou uma frota inteira da marinha mercantil, acredito também que foi você a derrubar aquelas chalupas que iam para Nassau, assim como acredito que foi você a escolher qual pólvora deveríamos comprar quando estivemos em Nassau e está prestes a ganhar meu anel de Primeiro imediato.
— Eu? — Luid se assustou com a noticia, ele não esperava que Pierre lhe desse um cargo desses, ele era apenas um garoto, e se assustou tanto que se esqueceu de retrucar Pierre com relação aos seus feitos
—Tem mais alguém aqui? — Pierre tirou do dedo um anel dourado que tinha o desenho de um escorpião vermelho na parte superior e colocou no dedo de Luid. — Meu nome ainda tem prestígio no meio pirata, então se acontecer de a gente se separar e você for capturado por piratas mostre o anel, se for capturado pela Marinha imperial daí você finge que perdeu a memória, ainda é um garoto e podem acreditar em você.
Luid olhou para o anel em sua mão esquerda no dedo anelar e não entendia muito a importância de seu cargo, mas daria o melhor de si para agir de acordo com os gosto de seu capitão, ele já não tinha mais para onde voltar e se pudesse receber um tratamento melhor e ainda ter um lugar para pertencer, para aquele garoto magricela já estava de bom tamanho.
Depois de entregar o anel de Primeiro imediato para Luid, o capitão pegou alguns mapas e entregou ao garoto.
— Estude todas as rotas Luid. — Tinha um sorriso de lado imaginando que na primeira oportunidade o garoto fugiria, Luid abaixou a cabeça em sinal de obediência. — Agora... Tome um banho sim, o primeiro imediato não anda com roupas precárias nem sujo a esse ponto. — Falou apontando para o estado em que o garoto estava.
Luid ficou sem entender nada, aonde tomaria um banho naquele lugar, a última vez que tomou banho ele se lembrava de ter sido em uma parada antes de chegar próximo a sua "casa", e isso já fazia bem uns dois meses por assim dizer.
— Garoto!? — Pierre indagava olhando a cara de confuso que o mais novo estava fazendo. — Virei sua mãe por acaso? Não sabe o que fazer? — Questionou serio e com a voz um pouco mais grossa.
— quando o navio atraca a gente desce e se molha na beirada...— Murmurou envergonhado ao notar o olhar serio de Pierre o fitando.
— Não, e... vou te ajudar nisso... — Falou deixando a frase morrer em seguida murmurou para si mesmo. — Não acredito que estou fazendo isso, ou melhor não acredito que vou fazer isso.
Pierre então guiou o garoto até uma sala privada ao lado da cabine onde tinha uma bacia feita de madeira e um balde do mesmo material com uma barra de sabão e um tecido grosso todo retorcido.
— Vou pegar a água, vai tirando as roupas enquanto isso. — Pierre falou virando de costas para o garoto e saindo da sala privada, o constrangimento daquilo se aplicava a ele também.
Luid ficou totalmente envergonhado, mas tirou as roupas e ficou ali esperando por seu capitão, o que ele se lembrava de banhos era pouca coisa ou quase nada, na ilha vivia nadando próximo a cachoeira então vivia limpo por assim dizer, as vezes sua mãe tirava algumas manchas de sua pele causada geralmente por frutas de coloração forte, ali no navio sempre que chovia pra ele podia ser considerado como banho.
Pierre saiu e foi até a cozinha e lá o cozinheiro sempre deixava o caldeirão com a água fervendo.
— Cozinheiro, leve o caldeirão pra cabine. — Deu a ordem e saiu vendo que o homem terminava de preparar o jantar, Pierre sabia que comeriam apenas os três antes de partir do navio.
O cozinheiro levou o caldeirão fervente e deixou no centro da cabine do capitão, o mesmo estava separando uma muda de roupas, Ele não falou nada apenas saiu do local tão silencioso quanto entrou, Pierre respirou fundo e foi até a sala privada e o garoto estava ali encolhido com as mãos no corpo.
Ele revirou os olhos e colocou um pouco da água fervendo na bacia e em seguida pegou água em fria de um barril ao lado e deixou a água morna.
— Entra aí. — Deu a ordem e esperou o garoto entrar, enquanto ele direcionava um olhar serio, serio o suficiente pra matar o garoto de medo.
Luid entrou na agua lentamente, colocou os pés dentro da bacia e se sentou ali abraçando os próprios joelhos, Pierre com um olhar de desaprovação tirou o casaco de couro que usava, ficando apenas com uma camisa branca de linho, arregaçou as mangas bem lentamente e ainda indignado por ser ele a ter que fazer aquilo.
Luid apenas aguardava o mais velho se preparar e ele entendia o conceito, mas estava tão constrangido e se sentindo tão vulnerável ali que não conseguia nem levantar o olhar, Pierre pegou um balde de madeira e colocou na agua, colocando um pouco da mesma em seu interior, feito isso esfregou o pano na barra de sabão.
Luid não sabia qual a necessidade daquilo, ninguém nunca se preocupou com aquelas coisas no navio, alias nem sua mãe se importava muito com isso, quando escutou o capitão falar.
— Se tudo der certo, vamos para ilha das grutas, lá é um lugar civilizado, as crianças tem o habito de sempre estarem limpas, isso vale para as roupas e para o corpo, e lá também é onde tenho um navio escondido, posso guiar o mesmo até uma outra ilha onde tenho uma tripulação reserva, por isso estou te limpando Luid, não fique me olhando pelo canto dos olhos, se não te matei quando me desafiou no dia que te conheci, não vai ser agora que vou matar. — A voz do capitão quando estava de bom humor era calma, e não é que ele estivesse de bom humor ali, mas estava tentando transmitir calma e confiança ao mais novo, então pode se dizer que o pirata estava disfarçando, afinal ainda estava com ódio por tudo o que tinha acontecido naquele dia e nem tinha tido tempo de sentir o luto por seu tutor.
Luid nada respondeu verbalmente apenas resmungou e balançou a cabeça positivamente.
Pierre pegou o pano já cheio de espuma tirou o excesso, e pegou o braço direito de Luid, passando o tecido de maneira um pouco forte para que tirasse a sujeira do local, assim que esfregou escutou o garoto gemer em desaprovação.
— Isso arde! — repreendeu puxando o braço de volta.
— E quer tirar a sujeira como? fazendo carinho? me de o braço agora! — Falou serio com o olhar indignado.
Luid esticou novamente o braço e novamente sentiu a mão de Pierre esfregando sua pele com o tecido, entretanto desta vez de forma um pouco suave, Pierre molhou o tecido novamente no balde e esfregou um pouco mais na barra de sabão e entregou ao garoto dizendo:
— Do mesmo modo que fiz ... Faça no corpo todo, e se eu voltar aqui e encontrar uma única sujeira eu darei banho em você, entendeu? — Pierre ameaçou, ele não queria ter que terminar aquilo que tinha começado, mal cuidava de si mesmo, quem dirá cuidar de outro ser humano e Luid não era tão mais novo assim eram apenas dois anos de diferença de idade entre eles, o garoto devia saber o que era um banho. Mas sabemos que Luid não tinha noção de todos os detalhes.
— Sim senhor Capitão... — Luid respondeu calmamente e em sua mente queria fazer aquilo direito, não queria que o capitão lhe desse banho, já estava constrangido e envergonhado o suficiente, ele se sentiu aliviado quando o capitão saiu daquela salinha, e agora tinha que se preocupar em tirar qualquer resquício de sujeira de seu corpo.
Pierre sorriu de lado meneando a cabeça e saiu da sala privada deixando o garoto em sua privacidade, assim que chegou na cabine foi na direção das roupas e começou a colocar elas em ordem de vestimenta para ajudar o garoto quando mesmo saísse do banho, olhou para a porta e viu o cozinheiro já retornando a cabine, mas dessa vez com o jantar deles.— Come com a gente hoje, a tripulação deste navio não vai acordar tão cedo, e os da frota pelo que olhei pela luneta a pouco estão esperando pelo Salvador deles, e bom... Eles não sabem que aqui estão todos apagados.— Falou com meio sorriso enquanto terminava de arrumar as roupas que o garoto usaria.— Capitão... Isso não me parece que vá dar certo... — o
Estando ali com o capitão se contorcendo, os barcos do inimigo se aproximando e pior estavam com certa velocidade, Luid sentiu a morte diante de seus olhos.— Capitão, eu acho que é o fim da linha, não consigo remar mais rápido, a chalupa esta pesada e não vou conseguir...— Falava já com a voz embargada pelo choro que começava a se formar, quando sentiu a mão de Pierre segurar a sua.— Luid, se esta com medo da morte mantenha as suas mãos nas minhas, assim não vai se sentir tão só quando fizer a passagem para o outro mundo, sempre foi valente, não vai ser agora que vai deixar o medo te dominar, estou aqui com você Luid.— A voz de Pierre saia como um sussurro, entretanto o mais novo conseguiu escutar
Eles adormeceram ali entre as rochas, Luid tinha realmente tido uma noite muito difícil, não ele não passou pela experiência da morte em si, mas foi ele a trazer o capitão de volta, o garoto não sabia sobre seus poderes, ele conhecia algumas coisas que haviam sido ensinadas por sua mãe, mas desconfiou dos ventos, suas suspeitas foram confirmadas quando o mesmo passou a lhe obedecer.Ainda com o sol começando a lançar seus primeiros raios luminosos Luid preparou a Chalupa e enquanto seu capitão dormia preparou tudo para a partida deles, deixando por ultimo o capitão, Pierre não acordou ao ser carregado pelo mais novo, estava em um sono profundo e bom, quem não estaria daquela forma? seria muito mirabolante dizer que o capitão vendia disposição, ele foi trazido de volta a vida pel
O navio do escorpião havia acabado de chegar em Nassau, como sempre faziam Luid desceu primeiro, foi na frente, acertou a mercadoria pirateada em alto mar, depois negociou o abastecimento de determinadas cargas, não tinha o costume de se demorar nessas negociações, apenas fazia com meias palavras e um saquinho de moedas, moedas que tinha acabado de faturar, e aquele saquinho era apenas uma parte muito pequena de todo o lucro, pelo caminho tinham conseguido dois navios espanhóis e os mesmos estavam transbordando em lucro.Saiu do local onde as negociações eram feitas pelos fundos e logo alcançou o centro de Nassau, agia como um garoto perdido, e olhava a todos os lados como se estivesse assustado quando bateu de frente com um homem.— Olhe por onde anda Garoto!— Fa
E Luid fez tudo corretamente, e quando dividia seus planos com o Comodoro sempre lhe dizia sobre seu desejo de atravessar sua espada na barriga de um Pirata e esse pirata tinha nome e sobrenome, mas ele ainda não podia revelar seus planos a ninguém.Aos 16 anos Luid entrou para a guarda, mas ainda não tinha autorização para ir em expedições, suas obrigações eram em terra firme.Com apenas um ano em terra firme, o garoto se desenvolveu bastante, tinha ganhado peso e seu corpo já estava ficando extremamente muito bem definido, o Garoto sempre arrancava suspiros por onde passava, mas ele não ligava muito, tinha hábitos noturnos adquiridos naquele último ano na presença do Comodoro que sempre o levava consigo para conhecer as tabernas de Port R
Naquela mesma noite o Comodoro o levou para as tabernas a fim de se despedirem de Port Royal e Luid exagerou um pouco além da conta na noitada e ao acordar sua cabeça estava girando, não sabia se era a quantidade absurda de rum que havia ingerido ou se era a maldita sensação de fome, seu estômago roncava desesperado, a fome constante estava consumindo o jovem tritão.Ele se forçou a se levantar, fez uma higienização de seu corpo com um tecido áspero e embebido em água morna, em seguida vestiu suas roupas de oficial, teve uma luta com a peruca que não queria esconder a rebeldia de sua franja loira, e for fim depois de uma luta de quase meia hora saiu como vencedor escondendo qualquer fiapo de cabelo loiro, colocou o chapéu e ficou olhando a roupa em seu corpo no reflexo do espelho.
E nos dias que se seguiram Victor vigiou cada alma, anotou nomes e os horários em que o silêncio era predominante, e por mais que em sua cabine ninguém ousasse ficar a dois metros de distância, ele não queria dar um péssimo destino ao loiro muito menos ter o destino que era correto pelas leis da época.Luid ainda estava com problemas alimentares e naquela semana a sensação de fome havia aumentado significativamente, estava repetindo as refeições de três a quatro vezes e mesmo assim se sentia vazio.Mas escondia seus problemas de Victor, pelo menos esse do distúrbio alimentar ele não achou que fosse viável contar e realmente não era.E a noite de seu aniversário finalmente
— Comodoro... É o escorpião... E o maldito Gared, vou pra cabine pegar minhas roupas. — falou tomando a frente da situação, mas Victor nesse ponto já estava cego.O Comodoro segurou no braço de Luid e tirou do calção uma algema com correntes.— Não vai fugir Jovem oficial, eu esperei muito por esse dia, que destruam o navio enquanto eu fodo você... Você vai ser minha presa essa noite. — falou já tentando prender as algemas em Luid.Luid puxou o braço com força e empurrou o Comodoro e a dez metros deles já estavam os dois navios com eles na mira dos canhões.O Capitão do orgulho do rei virou a est