Pierre sorriu de lado meneando a cabeça e saiu da sala privada deixando o garoto em sua privacidade, assim que chegou na cabine foi na direção das roupas e começou a colocar elas em ordem de vestimenta para ajudar o garoto quando mesmo saísse do banho, olhou para a porta e viu o cozinheiro já retornando a cabine, mas dessa vez com o jantar deles.
— Come com a gente hoje, a tripulação deste navio não vai acordar tão cedo, e os da frota pelo que olhei pela luneta a pouco estão esperando pelo Salvador deles, e bom... Eles não sabem que aqui estão todos apagados. — Falou com meio sorriso enquanto terminava de arrumar as roupas que o garoto usaria.
— Capitão... Isso não me parece que vá dar certo... — o
Estando ali com o capitão se contorcendo, os barcos do inimigo se aproximando e pior estavam com certa velocidade, Luid sentiu a morte diante de seus olhos.— Capitão, eu acho que é o fim da linha, não consigo remar mais rápido, a chalupa esta pesada e não vou conseguir...— Falava já com a voz embargada pelo choro que começava a se formar, quando sentiu a mão de Pierre segurar a sua.— Luid, se esta com medo da morte mantenha as suas mãos nas minhas, assim não vai se sentir tão só quando fizer a passagem para o outro mundo, sempre foi valente, não vai ser agora que vai deixar o medo te dominar, estou aqui com você Luid.— A voz de Pierre saia como um sussurro, entretanto o mais novo conseguiu escutar
Eles adormeceram ali entre as rochas, Luid tinha realmente tido uma noite muito difícil, não ele não passou pela experiência da morte em si, mas foi ele a trazer o capitão de volta, o garoto não sabia sobre seus poderes, ele conhecia algumas coisas que haviam sido ensinadas por sua mãe, mas desconfiou dos ventos, suas suspeitas foram confirmadas quando o mesmo passou a lhe obedecer.Ainda com o sol começando a lançar seus primeiros raios luminosos Luid preparou a Chalupa e enquanto seu capitão dormia preparou tudo para a partida deles, deixando por ultimo o capitão, Pierre não acordou ao ser carregado pelo mais novo, estava em um sono profundo e bom, quem não estaria daquela forma? seria muito mirabolante dizer que o capitão vendia disposição, ele foi trazido de volta a vida pel
O navio do escorpião havia acabado de chegar em Nassau, como sempre faziam Luid desceu primeiro, foi na frente, acertou a mercadoria pirateada em alto mar, depois negociou o abastecimento de determinadas cargas, não tinha o costume de se demorar nessas negociações, apenas fazia com meias palavras e um saquinho de moedas, moedas que tinha acabado de faturar, e aquele saquinho era apenas uma parte muito pequena de todo o lucro, pelo caminho tinham conseguido dois navios espanhóis e os mesmos estavam transbordando em lucro.Saiu do local onde as negociações eram feitas pelos fundos e logo alcançou o centro de Nassau, agia como um garoto perdido, e olhava a todos os lados como se estivesse assustado quando bateu de frente com um homem.— Olhe por onde anda Garoto!— Fa
E Luid fez tudo corretamente, e quando dividia seus planos com o Comodoro sempre lhe dizia sobre seu desejo de atravessar sua espada na barriga de um Pirata e esse pirata tinha nome e sobrenome, mas ele ainda não podia revelar seus planos a ninguém.Aos 16 anos Luid entrou para a guarda, mas ainda não tinha autorização para ir em expedições, suas obrigações eram em terra firme.Com apenas um ano em terra firme, o garoto se desenvolveu bastante, tinha ganhado peso e seu corpo já estava ficando extremamente muito bem definido, o Garoto sempre arrancava suspiros por onde passava, mas ele não ligava muito, tinha hábitos noturnos adquiridos naquele último ano na presença do Comodoro que sempre o levava consigo para conhecer as tabernas de Port R
Naquela mesma noite o Comodoro o levou para as tabernas a fim de se despedirem de Port Royal e Luid exagerou um pouco além da conta na noitada e ao acordar sua cabeça estava girando, não sabia se era a quantidade absurda de rum que havia ingerido ou se era a maldita sensação de fome, seu estômago roncava desesperado, a fome constante estava consumindo o jovem tritão.Ele se forçou a se levantar, fez uma higienização de seu corpo com um tecido áspero e embebido em água morna, em seguida vestiu suas roupas de oficial, teve uma luta com a peruca que não queria esconder a rebeldia de sua franja loira, e for fim depois de uma luta de quase meia hora saiu como vencedor escondendo qualquer fiapo de cabelo loiro, colocou o chapéu e ficou olhando a roupa em seu corpo no reflexo do espelho.
E nos dias que se seguiram Victor vigiou cada alma, anotou nomes e os horários em que o silêncio era predominante, e por mais que em sua cabine ninguém ousasse ficar a dois metros de distância, ele não queria dar um péssimo destino ao loiro muito menos ter o destino que era correto pelas leis da época.Luid ainda estava com problemas alimentares e naquela semana a sensação de fome havia aumentado significativamente, estava repetindo as refeições de três a quatro vezes e mesmo assim se sentia vazio.Mas escondia seus problemas de Victor, pelo menos esse do distúrbio alimentar ele não achou que fosse viável contar e realmente não era.E a noite de seu aniversário finalmente
— Comodoro... É o escorpião... E o maldito Gared, vou pra cabine pegar minhas roupas. — falou tomando a frente da situação, mas Victor nesse ponto já estava cego.O Comodoro segurou no braço de Luid e tirou do calção uma algema com correntes.— Não vai fugir Jovem oficial, eu esperei muito por esse dia, que destruam o navio enquanto eu fodo você... Você vai ser minha presa essa noite. — falou já tentando prender as algemas em Luid.Luid puxou o braço com força e empurrou o Comodoro e a dez metros deles já estavam os dois navios com eles na mira dos canhões.O Capitão do orgulho do rei virou a est
Os ventos afastaram aqueles três navios da batalha, e cada um ali sentia aquele evento de maneira diferente, Gared sabia o que iria acontecer com o jovem que havia pulado no mar, ele conhecia Sea Hana, assim que Luid foi sequestrado Sea correu para o oceano e se deparou com Gared e ela cantou porém ele não dormiu, foi assim que ele ganhou a confiança da sereia a anos atrás e ela lhe contou sobre seu filho, e é por esse motivo que Gared caçava o garoto para lhe devolver a sua mãe, Pierre ao ver seu navio se afastar tentou a todo custo não sair do luar, soltou a ancora, levantou as velas, e mesmo assim o navio se afastou, o luto a dor o consumiram, foi um golpe para ele, as ultimas palavras de Luid o culpavam por aquilo e agora o remorso e a dor faziam morada em seu peito, Victor tentou fazer as mesmas coisas para poder pular no mar e salvar seu grande amor, sentia remorso e o lu