Clara Tommaso Vejo-o tão vulnerável agora, reconheço os motivos de meu pai, ele sempre foi a minha melhor opção, alguém que me protegeria sem se importar com a própria vida, ao ponto de se mutilar para provar tamanha fidelidade. Não sei se sou digna desse voto, mas honrarei esse homem além de todas as coisas, ele é digno de honestidade. — Estou faminto — murmura em meus lábios conforme nossas testas se juntam. Pego o punhal da mão de Marco e me mutilo na palma da minha mão direita. — Eu prometo que te respeitarei por todo o tempo que passarmos juntos, serei sua aliada e esposa, não importa o que me aconteça, também te prometo minha vida. — Seguro a mão direita de Marco, unindo nossas mãos feridas. Nosso voto de sangue agora está completo. — Você não precisa fazer isso… — Com os olhos arregalados, oscila. — Preciso, nossa relação será recíproca. — Eu queria te surpreender e quem acabou surpreso fui eu, ironia… — Dá de ombros, ambos soltando risadas alegres. …………. Alguns min
Clara Tommaso — Você já sabe o que fazer — Marco segura minha mão e aperta, uma lágrima cai dos meus olhos, seco e o observo enquanto me fixa profundamente —, esteja pronta para fazer tudo que for necessário. — Não sou uma puta, se isso inclui dar para seu irmão, esqueça. — Por Deus, nunca que te pediria isso, seduza Magno, mas não se entregue aos seus encantos, achou mesmo que eu iria querer isso, Clara? — Se esse plano não der certo, matarei você! — Bato no peitoral dele levemente. — Se esse plano não funcionar, eu serei morto antes mesmo de voltar a vê-la, sabe que estou me arriscando a ficar sem nada, então isso precisa funcionar. — Se você morrer, irei onde estiver seu túmulo, te desenterrar e te matar novamente. — Aposto que sim, minha pequena selvagem. — Acaricia minha bochecha e beija minha testa. — Não diga que é agora, não estou preparada para te deixar ir. — Sussurrei. — É agora, não esqueça, não poderei saber nada além de códigos com Eric, serei monitora
Clara Tommaso Uma semana havia se passado desde a partida de Marco, treinei luta com Eric, o garoto é tão inseguro que perdeu todas as vezes para mim. Tratando-se de contabilidade, ele domina bem, e melhora a cada dia, mas acredito que ao perder as lutas comigo, seja por eu ser mulher, infelizmente é muito cavalheiro, o tipo de homem que não faz meu tipo. Graças a Deus, já chega de homens dessa família, não suporto Magno. Eric se torna meu amigo a cada dia que passa, Magno vive como um cachorro pidão aos meus pés, seduzindo, criticando o irmão. Tão babaca! — Terra chamando Clara! — Eric estala os dedos bem na frente dos meus olhos. Sorrio e debocho: — Não vive um minuto sem minha atenção? — Código verde. — Depois de sete dias eu finalmente tive uma notícia de Marco por meio de Eric, esse código significa que está dando tudo certo e talvez ele volte antes do previsto. — O que respondeu? — Código laranja. — Eric afirma o que eu conversei com ele no meio da semana, que seria
Marco Cesare — Ela desligou o celular, precisamos correr! — Estou em desespero, não posso perdê-la, a polícia não chegaria atirando para matar, tem algo errado nessa história. Uma mensagem chega, é a localização em tempo real de Clara. Embora eu conheça o lugar, procuro rotas mais rápidas, e entrego o mapa para o motorista. Por sorte, Eric me diz que ela está em Milão para provar o vestido, pois queria fazer uma surpresa. Talvez seja o destino me guiando para esse momento. — Você sabe que isso não é polícia, certo? — Eric tira o som do carro e pega uma bolsa da mala. — Eu sei, esses filhos da puta são assassinos de elite, devem ser pessoas participando do leilão. — Meu primo abre a bolsa e retira uma espingarda, pego a bolsa e diante de todas está a minha preferida, Thompson M1921 Submachine Gun. …… Quando chegamos próximo ao local, o som de tiros estava alto, meu desespero fala mais alto, pela primeira vez eu sinto medo. Guiado pelo barulho, seguimos, e como todos foram pegos
Marco Cesare Conforme ela caminha na minha direção, meu coração salta em dobro, foi aí que descubro o quanto estou perdidamente apaixonado por Clara. Totalmente sem fôlego, talvez em outra situação eu sorriria por ver a mulher da minha vida caminhando para o altar, mas agora estou controlando todas as emoções que sinto por tê-la vestida de noiva vindo para mim. Na Itália não há outra cor de vestido, sei que odeia isso, mas, assim como eu, compreende a cultura de seu país, o buquê vermelho foi escolhido por mim, rosas-vermelhas simbolizam paixão, também é cultura que o noivo escolha. Até de véu ela está, é indispensável, sou grato por manter minhas exigências.Eu a quis casando conforme nossas crenças, e até a fitinha azul na cintura ela coloca, sinônimo de pureza e sinceridade, segura um terço, e está usando o colar da minha tia. O terço é algo do passado de Clara, simboliza o passado que não pode ser esquecido, o colar que é da minha tia simboliza amizade, ter algo emprestado signi
Clara Tommaso— Clara, sente-se e respire, beba um pouco. — Eric pede como parte do plano. — Estou cansada desse ambiente, preciso de oxigênio. — Retiro-me do salão de festas, indo em direção a porta, e cada passo que dou é como se meu coração fosse sair pela boca, pois eu sinto as batidas em minha garganta. Eu sei o que me espera do outro lado dessa porta, não sei se estou preparada para ver, as portas se abrem, e como eu previ, a cena é difícil de aceitar. — Marco? Ele está beijando Maria, e ao meu chamado se afasta, todos no salão viram, sem saber como melhor atuar, ou reagir, me aproximo dele e carimbo seu rosto com um tapa forte, minha palma arde, o olhar confuso dele me pergunta os meus motivos. Sabia que ia beijá-la, porém não aceitei isso, essa merda foi ideia sua, será que queria isso? Seu cretino, ainda terei chance de arrancar seus testículos fora! A música para, ele brada: — Que porra você acabou de fazer? — Nosso casamento será anulado. A puta sorri assim que afirm
Clara Tommaso Rebolo enquanto estou montada nos quadris de Marco, não aguentarei mais tempo, meu corpo dá os primeiros sinais de que meu clímax está chegando. Quero que ele chegue junto, uno nossos lábios e todos os movimentos se tornam mais profundos quando nossas línguas deslizam lentamente uma na outra. Chupo a sua língua e me derreto. Como pode ter um beijo tão gostoso assim? É viciante, Marco, como sou louca por você. Meus dedos dos pés envergam, eu estou tão perto, minha espinha arrepia e ainda com meus lábios nos dele, deixo que escape um gemido alto o suficiente. Sinto quando começo a pressionar Marco, com tanta força e desejo, o olhar dele preso ao meu perversamente e com mais um brilho que eu não reconheço, ou talvez esteja louca demais para decifrar. Nesse momento que ficamos nos encarando, eu sinto o líquido quente dele em mim, ambos gemendo alto o suficiente para acordar o prédio inteiro. — Eu amo você! — Em um momento de fraqueza deixa escapar de seus lábios uma co
Clara Tommaso Abraço o corpo dele com força, o fogo ao nosso redor chega cada vez mais perto, temo por minha vida, e começo a tossir. Não vou te deixar aqui. Arrasto seu corpo para longe do fogo, abro a porta de saída de emergência, fecho e deito Marco nas escadas, o elevador será impossível, olho ao redor buscando uma solução e me deparo com um líquido vermelho. Abaixo-me e confirmo que é sangue. Magno está ferido, portanto, desceu as escadas lentamente. Observo Marco no chão, ajoelho-me e beijo a mão dele. Te jurei com meu sangue que terias a minha lealdade, eu te amo, mas preciso fazer justiça por meu pai e por você, não me abandone, voltarei. Volto para a cobertura em chamas, procuro minha arma, e assim que a encontro pego, mas devido à quentura do lugar, ela está em brasas, deixo-a cair no chão por tamanha dor que senti ao me queimar. Merda! Pego mais uma vez a pistola, ignorando a dor que sinto. Foda-se a minha dor externa quando a minha interna é mil vezes maior. Com dor, v