Capítulo 61
Zara se esquivou.

O vaso caiu no chão e se despedaçou em mil pedaços, espalhando lascas afiadas que cortaram sua perna. O sangue começou a escorrer imediatamente, mas ninguém parecia se importar com isso naquele momento.

Carlos apontou para ela com o dedo, o rosto vermelho de raiva:

— Foi de propósito, não foi? Você fez isso na frente de todo mundo para se destruir de vez, só para que toda a Cidade N saiba que você é uma vagabunda, não é?! Como eu pude criar uma filha tão sem vergonha como você? Se eu soubesse que seria assim, deveria ter te matado com minhas próprias mãos no dia em que você nasceu! Nunca deveria ter trazido você de volta para casa, para manchar o nome da família Garcia!

O silêncio tomou conta do ambiente. Ninguém ousava dizer uma palavra. A voz de Carlos ecoava pelo salão de teto alto, como lâminas afiadas que cortavam Zara uma vez após a outra.

Porém… ela não sentia mais dor. Nem um pouco. Nem sequer desviou o olhar de Carlos. Apenas ficou ali, imóvel, olhando-o dire
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