Capítulo 59
As pessoas nesse mundo... são assim. Mesmo que ela contasse tudo, mesmo que todos soubessem que era a vítima, o que isso mudaria?

Nem mesmo a mãe dela conseguiu aceitá-la, sentia vergonha dela. O que esperar dos outros?

Zara não ficou parada para dar a eles o prazer de assistir o espetáculo. Após lançar um último olhar para Henrique, virou-se e saiu sem hesitar.

— Rita! Zara! Volte aqui, sua desgraçada! — A voz de Roberto, tomada de fúria, ecoou atrás dela.

Mas Zara não olhou para trás nem por um instante. Seus passos ficaram mais rápidos, como se cada palavra dele fosse um chicote tentando alcançá-la.

O plano inicial era sair dali e pegar um carro qualquer. Mas, ao chegar do lado de fora do restaurante, percebeu que a rua até a avenida principal era longa e deserta. Quem frequentava aquele lugar era gente rica, que chegava em carros próprios ou com motoristas particulares. Táxis ou carros de aplicativo eram raridade por ali.

A rua estava vazia. Só ela e a escuridão. Zara pegou o celul
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