Na porta, Hazel envolve os braços no pescoço de Hunter e o beija intensamente, como se quisesse prolongar o momento o máximo possível. Ela não sente vontade de se afastar, e sabe que há uma conversa importante que precisa acontecer, mas mentalmente agradece o caos da manhã, que lhe deu uma desculpa para adiar o assunto.— Está tudo bem? — Questiona Hazel, ofegante, notando a sutil mudança no humor dele.— Sim, está tudo bem. — Responde Hunter, beijando-a novamente, como se quisesse afastar qualquer preocupação. — Hoje não poderei vir te ver mais tarde, marquei de jantar com a minha irmã. Se eu não comparecer, ela me mata. — Informa, notando o leve sorriso que surge nos lábios dela. — Preciso te apresentar oficialmente para ela.— Como assim, oficialmente? — Questiona Hazel, a curiosidade despertada pelo tom na voz dele.— Bom, digamos que a Brooke também tem seus momentos de adolescente. — Comenta, soltando uma leve risada. — Quando estávamos no hospital, ela soube de você e, em algum
Brooke e Owen trocam olhares discretos, o ar carregado de tensão enquanto observam Hunter parado na porta, imobilizado pelo choque. Seus olhos se movem entre os dois, tentando processar o que acabou de testemunhar. Sem dizer uma palavra, ele sacode a cabeça, como se tentasse afastar a imagem da mente, e sai da sala em silêncio, deixando a porta aberta atrás de si. A ausência de palavras pesa ainda mais, intensificando a tensão que paira no ar, enquanto Brooke e Owen se veem presos no momento, tentando lidar com o impacto do que acabou de acontecer.— Droga! — Resmunga Brooke, começando a caminhar em direção à porta, mas Owen a impede com um gesto firme.— Deixa que cuido disso. — Declara Owen, notando o olhar aflito dela. — Fique aqui. — Instrui, a voz firme, mas com um toque de compreensão. Ele sai da sala, fechando a porta atrás de si, e apressa o passo para alcançar Hunter. — Hunter, espere, vamos conversar. — Chama, a voz carregada de urgência enquanto se aproxima, determinado a e
Hunter observa a irmã, parada à sua frente, enrolando nervosamente as pontas dos cabelos, um hábito que sempre denunciava seu nervosismo. Ela permanece em silêncio, o olhar hesitante revelando a luta interna que trava para encontrar as palavras certas. Hunter não diz nada, apenas a observa com atenção, aguardando pacientemente que ela finalmente tome coragem e inicie a conversa. — Você está chateado comigo? — Pergunta Brooke, a voz cautelosa, quebrando o silêncio que paira entre eles.— Chateado? Não, Brooke. Estou decepcionado. — Afirma Hunter, a voz carregada de uma calma tensa, enquanto ele dá a volta na mesa e se senta, o olhar fixo nela, como se estivesse analisando cada detalhe.— Qual o problema em eu estar saindo com Owen? — Pergunta, tentando manter a firmeza na voz, apesar da tensão crescente. — Por que isso te incomoda tanto?— Não me incomoda que você esteja saindo com ele. — Responde, o tom firme, mas carregado de uma decepção que é impossível de ignorar. — O que me inco
Owen observa o olhar de Hunter e, cautelosamente, se aproxima, sentando-se em frente a ele em silêncio. O desconforto é palpável, Owen jamais quis que sua relação com Brooke fosse revelada daquela forma. Ele se mexe na cadeira, tentando encontrar uma postura que o faça sentir-se menos exposto.— Owen, sei que você está apaixonado por ela. — Afirma Hunter, quebrando o silêncio com uma voz firme, carregada de uma certeza inabalável. — Claro que eu preferia que vocês tivessem me contado, mas entendo que, às vezes, as pessoas têm seus motivos para esconder as coisas, muitas vezes com justificativas válidas. — Continua, a seriedade em sua voz refletindo a compreensão que ele, por experiência própria, sabe ser necessário. Afinal, ele mesmo está guardando segredos que lhe pesam. — Mas não posso deixar de te alertar, se você fizer ela sofrer, eu vou te matar. — A ameaça é dita com uma frieza letal, a voz baixa e carregada de uma intensidade que deixa claro que ele não está brincando.— Se ana
Dias se passaram, e Hunter continua imerso em sua rotina extenuante de trabalho, enquanto Hazel segue rigorosamente as recomendações médicas. Nos momentos em que conseguem escapar de suas responsabilidades, eles encontram refúgio um no outro, sentindo-se cada vez mais conectados.Naquela tarde, a casa de Kristen estava vibrando com uma energia incomum. Hazel não pôde deixar de notar a excitação no ar enquanto observava Kristen, que parecia especialmente radiante à medida que se preparavam para receber Liang para um café.— Parece que alguém está bem animada hoje. — Provoca Hazel, com um sorriso brincalhão, dirigindo-se a Eva, que está ocupada arrumando a mesa.— Há muito tempo não via esse brilho nos olhos dela. — Comenta Eva, ambas direcionando os olhares para Kristen.— Por que estão me olhando assim? — Questiona Kristen, tentando disfarçar a verdade. Desde que Liang lhe deu o telefone, eles têm trocado mensagens constantemente e, às vezes, passam horas em ligações, mas ela ainda nã
Na sala de jantar, Kristen sente o calor subir pelas bochechas, queimando sob os olhares divertidos de Hazel e Eva. As duas, como adolescentes travessas, soltam risadas contidas, claramente se deliciando com o que acabaram de testemunhar. A tensão no ar é quase palpável, carregada de insinuações que deixam Kristen tentando manter a compostura.— Vocês duas, por favor, parem com isso. — Pede Kristen, sua voz carregada de uma mistura de constrangimento e leve irritação, tentando romper desesperadamente o silêncio sugestivo que paira entre elas.— Quero todos os detalhes, agora. — Dispara Hazel, os olhos brilhando com a empolgação de quem acaba de descobrir um segredo. O sorriso largo e provocador em seu rosto só intensifica o desconforto de Kristen.— Detalhes? — Rebate, tentando adotar um tom de indiferença, embora saiba que é inútil. — Só o acompanhei até a porta, como qualquer boa anfitriã faria.— Ah, claro, uma anfitriã que sabe muito bem como ser ousada. — Provoca, sua voz cheia d
Hazel sente o arrependimento a atingir. A fala escapou antes que ela pudesse pensar, e a lembrança de Hunter mencionando que as irmãs eram gêmeas apenas intensifica a sensação de culpa. E se ela tivesse se confundido? A vergonha toma conta, e o pânico começa a crescer dentro dela.— Por favor, me desculpa. — Implora Hazel, a voz tremendo enquanto seus olhos se movem rapidamente entre Hunter e Brooke, sentindo-se exposta e vulnerável, o constrangimento ardendo em suas bochechas.— Era a outra irmã. — Responde Hunter, seu tom agora frio e distante, o humor claramente abalado pela menção de um passado que ele preferia esquecer.— Como você sabe disso? — Questiona Brooke, sem deixar o assunto morrer, sua curiosidade evidente. Ela recebe um olhar repreensivo de Hunter, mas não se intimida. — Sou curiosa, você sabe. — Declara, observando-o se afastar, claramente sem interesse em continuar a conversa. — Hunter é dramático, não ligue. — Comenta, com um sorriso despreocupado enquanto entrelaça
Hunter a observa com um olhar que se aprofunda em desejo, seus olhos se tornando mais intensos enquanto tenta, em vão, manter o controle. Ele a puxa para perto com um gesto firme, sua mão deslizando lentamente pelas costas de Hazel, a pele quente sob seu toque, até parar na nuca. Com um movimento deliberado, ele agarra seus cabelos, puxando-a para um beijo profundo, seus lábios se encontrando com uma intensidade quase voraz. A outra mão de Hunter explora o corpo dela com uma possessividade que faz Hazel arquear de encontro a ele, seus gemidos entrecortando o ar, inflamando ainda mais o desejo dele.— Hazel. — Murmura contra os lábios dela, a voz baixa e rouca, entrelaçando pequenas mordidas e beijos. — Você está me levando ao limite. — Sussurra, o tom carregado de advertência. — Uma hora, vou perder o controle completamente. — Avisa, afastando-se de repente, o peito subindo e descendo rapidamente enquanto ele aperta o volante, como se aquilo fosse a única coisa segurando-o de voltar p