Hazel sente seu coração disparar, como se fosse escapar de seu peito. Ela fecha os olhos e encosta seus lábios nos dele, entregando-se ao ritmo do beijo que ele estabelece, gemendo suavemente contra sua boca, sentindo sua intimidade pulsar com um anseio urgente por suas carícias. Em um impulso incontrolável, ela sobe em cima dele, esquecendo completamente onde estão e ignorando a necessidade de repouso absoluto. Mas, no mesmo instante, Hunter interrompe o beijo, ofegante, seus olhos fixos nos dela enquanto vira-a na cama, seu corpo levemente pressionado sobre o dela, como se estivesse tentando controlar o desejo que ameaça consumi-los.— Isso é um sim? — Pergunta Hunter, sua voz rouca e ofegante, enquanto deposita uma série de beijos leves nos lábios dela, cada um mais intenso que o anterior, até que ambos ficam sem ar novamente.— Com certeza é um sim. — Sussurra Hazel, tentando recuperar o fôlego, seus olhos brilhando com a certeza do que quer.Empolgada, Hazel devolve o beijo com u
No quarto, as risadas continuam ecoando enquanto Hazel troca de roupa, finalmente se livrando da incômoda camisola hospitalar e deslizando um vestido simples sobre a pele. O alívio de se sentir novamente em roupas normais é evidente.— Hazel, vocês estavam realmente de sa… — Kristen começa a perguntar, mas para abruptamente, o rubor subindo pelo seu rosto ao perceber o que estava prestes a dizer.— Ora, é claro que estavam, menina. — Intervém Eva com um sorriso astuto, antecipando a resposta de Hazel. — Agora faz todo sentido porque ela precisa de tanto repouso. — Acrescenta, com um olhar malicioso que faz Kristen explodir em gargalhadas, enquanto Hazel apenas esboça um sorriso, ligeiramente embaraçada.— Você não presta, Eva. — Repreende Hazel, a voz carregada de falsa seriedade enquanto tenta ocultar o rubor nas bochechas, embora o sorriso travesso traia seu desconforto.— Só estou sendo sincera, querida. — Acrescenta, piscando para Kristen, que ri ainda mais, contagiando o ambiente
Hunter bate os dedos no volante, cada toque reverberando com a raiva contida que luta para escapar. Ele se esforça para manter o controle, o desejo de sair do carro e esmagar o rosto de Evan mais uma vez quase o dominando. O peso da situação se faz sentir intensamente, e Hazel, percebendo a fúria que pulsa através dele, aperta sua mão com força, tentando ancorá-lo naquele momento, enquanto seus olhos acompanham Eva ajudando Kristen a sair do carro.— Quer que eu cuide disso? — Pergunta Hunter, a voz baixa e carregada de ameaça, como se cada palavra fosse uma batalha para conter a tempestade dentro dele.— Não, vamos deixar que Kristen resolva isso. — Responde Hazel, com firmeza, mas o olhar preocupado fixo na irmã, que se aproxima da porta com determinação.— Como se atreve a mudar as fechaduras? — Pergunta Evan, sua voz carregada de raiva, assim que Kristen para diante dele.— O que você quer, Evan? — Pergunta Kristen, sua voz firme, sem permitir que ele a intimide.— Vim pegar as mi
Hunter absorve aquelas palavras, e, de repente, todas as peças começam a se encaixar. Desde a primeira vez que ouviu a voz de Evan, algo o incomodava, como se uma memória esquecida estivesse tentando emergir. Agora, com essa revelação, a lembrança daquele dia em que dormiu no apartamento de Hazel e ouviu a discussão dela com o pai do bebê ressurge com força. As perguntas começam a surgir em sua mente, por que Hazel sempre evitou esse assunto? Por que ela nunca lhe contou que não era a mãe do bebê?— Preciso ir. Boa noite, Kristen. — Despede-se Hunter, tentando disfarçar a confusão que o domina naquele momento.Kristen o observa caminhar em direção à saída, e enquanto se posiciona em sua cadeira para trancar a porta, uma dúvida incômoda começa a se formar em sua mente. Será que ela falou demais? Nunca passou pela sua cabeça que Hazel não discutia abertamente sobre a gravidez, especialmente depois de quase perder o bebê no ataque ocorrido na casa dele.— Droga, Kristen, você e sua boca
Nervosa, Hazel começa a deslizar o dedo pela borda da xícara, o gesto ansioso revelando a batalha interna que trava. Contar a verdade ou continuar escondendo? O peso dessa escolha a esmaga, mas é a tristeza nos olhos de Kristen, uma dor que parece nunca diminuir, que a faz fraquejar. Hazel deseja, com toda a força, que tudo isso seja apenas um pesadelo que o bebê, seja realmente de Kristen, sem qualquer sombra de dúvida.— Eu não sei, acho que o assunto nunca surgiu. — Responde Hazel, a voz hesitante, lutando para soar convincente. — A intensidade da nossa relação não combina com o pouco tempo que estamos juntos. Antes daquela noite terrível no apartamento dele, fazia, no máximo, oito ou nove dias que nos conhecíamos. Foi tudo tão rápido, tão intenso. — Confessa, como se cada palavra fosse uma tentativa desesperada de justificar o silêncio sobre o bebê.— Ele nunca perguntou sobre isso? — Insiste Kristen, o tom de sua voz carregado de incredulidade, tentando entender como algo tão cru
Eva entra correndo na sala de jantar, o caos à sua volta quase a sufocando. Tentando manter a calma, ela se ajoelha ao lado de Evan, caído perto da mesa. Com as mãos trêmulas, verifica os sinais vitais dele, soltando um suspiro de alívio ao perceber que ele está apenas desmaiado.— Hazel, pegue o kit de primeiros socorros! — Ordena Eva, o olhar fixo no ferimento na cabeça de Evan. — Agora, Hazel! — Repete, a voz firme e elevada, trazendo Hazel de volta à realidade com um choque.Hazel dispara para fora da sala de jantar, em busca do kit médico, enquanto Kristen permanece imóvel, como se estivesse em um transe sombrio. Com uma calma perturbadora, ela pega outra xícara e lentamente se serve de café, os olhos fixos no ponto exato onde Evan está caído.— Ele está vivo? — Pergunta Kristen, sua voz fria, sem desviar o olhar da cena diante dela.— Sim, ele está. — Responde Eva, o alívio misturado com um nervosismo crescente, enquanto processa o que quase aconteceu.— Que pena, seria melhor s
Hunter a encara profundamente, sua expressão uma mistura de choque e incredulidade, enquanto tenta absorver o peso devastador da confissão de Kristen. Ela tenta, em vão, conter as lágrimas que continuam a cair, como se o próprio ato de as secar fosse uma batalha perdida.— Pare de me olhar com essa pena. — Implora Kristen, a voz quebrada pela dor e amargura que ela mal consegue conter.— Sinto muito. — Murmura Hunter, sua voz baixa e cheia de pesar, enquanto desvia o olhar e pousa delicadamente sua mão sobre a dela, tentando oferecer algum consolo. — Quer falar sobre isso? — Pergunta, voltando a encará-la com uma suavidade que contrasta com a dureza da situação.— Não há muito o que dizer. — Responde, a voz trêmula, cada palavra carregada de uma tristeza esmagadora. — Fui ao hospital achando que era só um resfriado e voltei para casa com um diagnóstico de linfoma de Hodgkin. Começou no pescoço, mas já se espalhou para os linfonodos no peito. — As palavras saem quase como um sussurro,
Hunter se afasta lentamente de Kristen, trocando um olhar cheio de compreensão e cumplicidade com ela antes de se levantar. Ele se vira para encarar Hazel, que espera ansiosa, a preocupação evidente em seus olhos.— Sim, está tudo bem! — Responde Hunter, sua voz firme, mas com um toque de suavidade enquanto caminha em direção a Hazel. — Mudanças são difíceis, mas ela ficará bem. — Afirma, inclinando-se para dar um beijo suave nos lábios dela, tentando transmitir segurança. — Kristen, não se esqueça de me enviar o acordo de divórcio. — Acrescenta, seu olhar se tornando sério, deixando claro que ele espera realmente por isso.— Pode deixar, eu vou mandar. — Responde Kristen, a voz trêmula enquanto luta para se recompor, um sorriso fraco, mas sincero surgindo em seus lábios. — Você está linda, irmã. — Elogia, sua voz carregada de um afeto profundo, mas também de uma tristeza que ela tenta esconder.— Obrigada. — Agradece Hazel, sua voz suave, mas carregada de preocupação. Ela se aproxima