Hunter caminha até a mesa e se senta pesadamente, deixando a cabeça cair sobre a superfície fria. A exaustão dos últimos acontecimentos pesa sobre seus ombros, cada problema acumulado o arrastando para uma espiral de cansaço mental.— Nem pensar. — Resmunga para si, levantando-se abruptamente. Recusando-se a ser consumido pelos mesmos pensamentos angustiantes.Com determinação renovada, ele se dirige até a porta e sai, encontrando Owen no corredor. Owen se aproxima, o olhar visivelmente preocupado.— Quer conversar sobre o que aconteceu? — Pergunta Owen, a voz suave, mas a expressão evidenciando sua curiosidade.— Não. — Responde prontamente, caminhando decidido até a mesa da secretária, com Owen seguindo de perto. — Senhorita Clarke, por favor, solicite que alguém arrume a bagunça na sala de reunião e a deixe preparada para receber os executivos. — Ordena, arqueando o olhar para Owen, ciente de que ele não irá desistir.— Sim, senhor Hill. — Responde Georgina, pegando o telefone com
Hunter caminha com passos hesitantes e para em frente a Hazel, que já se recompôs. Ela o encara, percebendo a tensão pulsando em seu corpo.— Você está com o cheiro dela. — Comenta Hazel, sentindo o perfume diferente nele.— Então me deixe com o seu cheiro. — Ordena, puxando-a com firmeza pela cintura e colando seus corpos. Hazel solta uma risada involuntária. Ele desliza os lábios pelo pescoço dela, deixando um rastro de arrepios. — Você está bem? — Sussurra, a voz rouca de preocupação e desejo.— Estou bem! — Responde, afastando-se lentamente e encostando-se na mesa, os olhos fixos nele, cheios de intensidade. — Não quis brigar, estava apenas me defendendo dos ataq…— Eu sei. — Afirma, interrompendo-a, consciente de como Audrey pode ser agressiva quando perde o controle. — Me desculpa pelo ocorrido. — Pede, se aproximando e pousando as mãos na mesa, ao lado do corpo dela, mantendo-a presa entre seus braços.— Não foi sua culpa. — Declara, envolvendo os braços no pescoço dele. — Fui
Enquanto conduz a apresentação, Hazel desvia rapidamente o olhar na direção de Hunter, sentindo um desconforto crescente ao notar uma das executivas inclinando-se e sussurrando algo no ouvido dele com uma intimidade que a incomoda profundamente. Ela sacode a cabeça, tentando focar na apresentação, mas a cada gesto da mulher, sua irritação ferve. Durante toda a apresentação, Hazel não consegue evitar lançar olhares na direção dele, sentindo um ciúme avassalador, algo que nunca havia experimentado em relacionamentos anteriores.— Alguma pergunta? — Indaga Hazel ao concluir a apresentação, sua voz tensa.— Senhorita Lee, temos um problema bastante complexo com os helióstatos no Deserto de Mojave. Não acha a solução apresentada simples demais? — Questiona a executiva sentada ao lado de Hunter, o tom dela impregnado de superioridade.— Senhorita Allen, a solução é eficaz e é isso que precisamos entregar ao clie…— Como você tem tanta certeza? — Interrompe, seu tom desafiador e cortante.Ha
Hazel se afasta dos braços de Hunter, evitando encará-lo nos olhos. O peso da verdade que carrega a consome, e ela luta para encontrar uma maneira de revelar o que sabe sem destruir tudo. Com um movimento lento e hesitante, ela vira-se de costas para ele, acariciando a barriga com uma mistura de medo e desespero, desejando profundamente que aquele filho não seja deles, como se, de alguma forma, o peso da omissão pudesse ser perdoado um dia.— Hunter, no dia do evento beneficente, quando a Audrey esteve no grupo GreenWave, nós nos esbarramos na recepção e acabei derrubando café nela. — Começa Hazel, a voz trêmula. Lentamente, ela se vira para ele, seu coração batendo descontroladamente. — Liam me obrigou a sair para comprar uma camisa nova para ela e, quando retornei, encon… encontrei… — Sua voz vacila, o medo da reação dele e a ameaça de Audrey pairando sobre ela como uma sombra opressiva. — Eu os encontrei se beijando na sala de reunião.Hazel observa a expressão de Hunter mudar lent
Liam a segura firmemente, seus olhos queimando de luxúria enquanto deslizam pelo corpo dela, vestida apenas com uma lingerie branca. O cheiro forte do vinho misturado com o perfume adocicado dela cria uma atmosfera sufocante. Ele a observa, vendo a sombra da mulher que sempre desperta seus desejos mais profundos.— Fácil, do jeitinho que eu gosto. — Sussurra Liam, sua voz carregada de desejo, enquanto passa a língua pelo pescoço dela. Ele a puxa para dentro do apartamento, ignorando os cacos de vidro no chão, e fecha a porta com o pé, tomando os lábios dela em um beijo ardente.— Liam, para com isso. — Ordena Audrey, afastando-se dele com dificuldade. — Por que sempre me agarra quando me vê? — Pergunta, sua voz tremendo enquanto se apoia em um móvel para manter o equilíbrio.Liam a observa com um sorriso predatório, a intensidade de sua presença a envolvendo. Cada movimento seu é carregado de uma confiança e arrogância que ela não consegue combater.— Porque você quer que eu te foda t
Audrey rasteja pelo chão da sala, sentindo o frio gélido contrastar com o calor febril de sua pele. Seus movimentos são lentos e descoordenados enquanto estica o braço, puxando a bolsa pela alça. Tremendo, ela a abre e começa a procurar desesperadamente pelo celular. Ao encontrá-lo, liga para Hunter, seus olhos fixos no teto como se implorassem por uma resposta.— Vamos, meu amor, atenda. — Murmura, a voz embargada pelas lágrimas que escorrem livremente pelo rosto. — Por favor, Hunter, atende. — Sussurra, fechando os olhos em um misto de tristeza e desespero quando a ligação cai na caixa de mensagem.A angústia a consome, e Audrey continua a discar repetidamente, cada tentativa mais desesperada que a anterior. O peso em seu corpo é esmagador, como se a pressão de cada segundo de silêncio aumentasse a dor que sente. Sua garganta ainda arde pelo apertão violento de Liam, uma lembrança física do terror recente. Em todas as ligações, a resposta é a mesma, a mensagem de voz impessoal. A fr
Hunter desce as escadas, sua irritação evidente em cada passo pesado. Ao chegar à porta, ele a abre com um movimento brusco.— O que você faz aqui? — Pergunta Hunter, seus olhos faiscando ao observar Brooke com as chaves na mão.— Vim em paz. — Responde Brooke, a calma em sua voz contrastando com a tensão no ar. Com um movimento deliberado, guarda a chave na bolsa. — Posso entrar? — Questiona, um sorriso simpático surgindo em seus lábios.Hunter hesita por um momento, seu olhar intenso fixo nela. Finalmente, ele se afasta da porta, criando um espaço para ela passar. Brooke entra em silêncio, fechando a porta atrás de si.— Seja rápida, estou ocupado. — Declara Hunter, virando-se para ela e cruzando os braços, a postura rígida e impassível.— Hunter, não queria brigar com você. Me desculpe! — Pede, aproximando-se cautelosamente, observando-o dar um passo para trás.— Você nunca quer, Brooke. — Rebate, o tom amargo enquanto caminha pela sala em direção ao jardim.Brooke o segue em silên
Evan cruza os braços e encara Hazel de cima a baixo, a vontade de ignorá-la queimando em seu peito. Ele solta um longo suspiro frustrado e enfia as mãos nos bolsos.— Você saberia se tivesse atendido o celular. — Afirma Evan, o desprezo transbordando em seu olhar. — Mas, como sempre, o trabalho vem em primeiro lugar para você. — Acusa, suas palavras uma tonelada de culpa esmagando os ombros de Hazel.— Pare de me culpar pelo acidente dela. — Rebate Hazel, as lágrimas brotando incontrolavelmente. — Você é um idiota, Evan. — Grita, virando as costas e caminhando até a recepção. — Senhorita, boa noite, preci…— Pare com esse show patético. — Ordena Evan, agarrando-a pelo braço e puxando-a para longe da recepção.— É melhor você tirar essa mão de mim, se não quer ficar internado aqui. — Vocifera Hazel, seu tom irritado e ameaçador.Ela sente a adrenalina correr por seu corpo, finalmente retomando sua essência, voltando a ser a mulher que não se deixava intimidar por nada e nem ninguém. Ha