Enquanto conduz a apresentação, Hazel desvia rapidamente o olhar na direção de Hunter, sentindo um desconforto crescente ao notar uma das executivas inclinando-se e sussurrando algo no ouvido dele com uma intimidade que a incomoda profundamente. Ela sacode a cabeça, tentando focar na apresentação, mas a cada gesto da mulher, sua irritação ferve. Durante toda a apresentação, Hazel não consegue evitar lançar olhares na direção dele, sentindo um ciúme avassalador, algo que nunca havia experimentado em relacionamentos anteriores.— Alguma pergunta? — Indaga Hazel ao concluir a apresentação, sua voz tensa.— Senhorita Lee, temos um problema bastante complexo com os helióstatos no Deserto de Mojave. Não acha a solução apresentada simples demais? — Questiona a executiva sentada ao lado de Hunter, o tom dela impregnado de superioridade.— Senhorita Allen, a solução é eficaz e é isso que precisamos entregar ao clie…— Como você tem tanta certeza? — Interrompe, seu tom desafiador e cortante.Ha
Hazel se afasta dos braços de Hunter, evitando encará-lo nos olhos. O peso da verdade que carrega a consome, e ela luta para encontrar uma maneira de revelar o que sabe sem destruir tudo. Com um movimento lento e hesitante, ela vira-se de costas para ele, acariciando a barriga com uma mistura de medo e desespero, desejando profundamente que aquele filho não seja deles, como se, de alguma forma, o peso da omissão pudesse ser perdoado um dia.— Hunter, no dia do evento beneficente, quando a Audrey esteve no grupo GreenWave, nós nos esbarramos na recepção e acabei derrubando café nela. — Começa Hazel, a voz trêmula. Lentamente, ela se vira para ele, seu coração batendo descontroladamente. — Liam me obrigou a sair para comprar uma camisa nova para ela e, quando retornei, encon… encontrei… — Sua voz vacila, o medo da reação dele e a ameaça de Audrey pairando sobre ela como uma sombra opressiva. — Eu os encontrei se beijando na sala de reunião.Hazel observa a expressão de Hunter mudar lent
Liam a segura firmemente, seus olhos queimando de luxúria enquanto deslizam pelo corpo dela, vestida apenas com uma lingerie branca. O cheiro forte do vinho misturado com o perfume adocicado dela cria uma atmosfera sufocante. Ele a observa, vendo a sombra da mulher que sempre desperta seus desejos mais profundos.— Fácil, do jeitinho que eu gosto. — Sussurra Liam, sua voz carregada de desejo, enquanto passa a língua pelo pescoço dela. Ele a puxa para dentro do apartamento, ignorando os cacos de vidro no chão, e fecha a porta com o pé, tomando os lábios dela em um beijo ardente.— Liam, para com isso. — Ordena Audrey, afastando-se dele com dificuldade. — Por que sempre me agarra quando me vê? — Pergunta, sua voz tremendo enquanto se apoia em um móvel para manter o equilíbrio.Liam a observa com um sorriso predatório, a intensidade de sua presença a envolvendo. Cada movimento seu é carregado de uma confiança e arrogância que ela não consegue combater.— Porque você quer que eu te foda t
Audrey rasteja pelo chão da sala, sentindo o frio gélido contrastar com o calor febril de sua pele. Seus movimentos são lentos e descoordenados enquanto estica o braço, puxando a bolsa pela alça. Tremendo, ela a abre e começa a procurar desesperadamente pelo celular. Ao encontrá-lo, liga para Hunter, seus olhos fixos no teto como se implorassem por uma resposta.— Vamos, meu amor, atenda. — Murmura, a voz embargada pelas lágrimas que escorrem livremente pelo rosto. — Por favor, Hunter, atende. — Sussurra, fechando os olhos em um misto de tristeza e desespero quando a ligação cai na caixa de mensagem.A angústia a consome, e Audrey continua a discar repetidamente, cada tentativa mais desesperada que a anterior. O peso em seu corpo é esmagador, como se a pressão de cada segundo de silêncio aumentasse a dor que sente. Sua garganta ainda arde pelo apertão violento de Liam, uma lembrança física do terror recente. Em todas as ligações, a resposta é a mesma, a mensagem de voz impessoal. A fr
Hunter desce as escadas, sua irritação evidente em cada passo pesado. Ao chegar à porta, ele a abre com um movimento brusco.— O que você faz aqui? — Pergunta Hunter, seus olhos faiscando ao observar Brooke com as chaves na mão.— Vim em paz. — Responde Brooke, a calma em sua voz contrastando com a tensão no ar. Com um movimento deliberado, guarda a chave na bolsa. — Posso entrar? — Questiona, um sorriso simpático surgindo em seus lábios.Hunter hesita por um momento, seu olhar intenso fixo nela. Finalmente, ele se afasta da porta, criando um espaço para ela passar. Brooke entra em silêncio, fechando a porta atrás de si.— Seja rápida, estou ocupado. — Declara Hunter, virando-se para ela e cruzando os braços, a postura rígida e impassível.— Hunter, não queria brigar com você. Me desculpe! — Pede, aproximando-se cautelosamente, observando-o dar um passo para trás.— Você nunca quer, Brooke. — Rebate, o tom amargo enquanto caminha pela sala em direção ao jardim.Brooke o segue em silên
Evan cruza os braços e encara Hazel de cima a baixo, a vontade de ignorá-la queimando em seu peito. Ele solta um longo suspiro frustrado e enfia as mãos nos bolsos.— Você saberia se tivesse atendido o celular. — Afirma Evan, o desprezo transbordando em seu olhar. — Mas, como sempre, o trabalho vem em primeiro lugar para você. — Acusa, suas palavras uma tonelada de culpa esmagando os ombros de Hazel.— Pare de me culpar pelo acidente dela. — Rebate Hazel, as lágrimas brotando incontrolavelmente. — Você é um idiota, Evan. — Grita, virando as costas e caminhando até a recepção. — Senhorita, boa noite, preci…— Pare com esse show patético. — Ordena Evan, agarrando-a pelo braço e puxando-a para longe da recepção.— É melhor você tirar essa mão de mim, se não quer ficar internado aqui. — Vocifera Hazel, seu tom irritado e ameaçador.Ela sente a adrenalina correr por seu corpo, finalmente retomando sua essência, voltando a ser a mulher que não se deixava intimidar por nada e nem ninguém. Ha
O chão parece desaparecer sob seus pés, e uma dor avassaladora a envolve, esmagando-a. Hazel sente as lágrimas queimarem em seus olhos, mas está paralisada, incapaz de processar a realidade cruel que lhe foi imposta. Cada segundo é um tormento, uma luta para respirar, enquanto a verdade a consome.Ela fecha os olhos e começa a se debater na poltrona, tentando afastar aquelas palavras que acabou de ouvir, como se pudesse apagá-las de sua mente.— Não, não, não! — Vocifera, sentindo braços fortes agarrarem os seus. Seu corpo responde instintivamente, tentando se soltar. — Me solta! — Grita, seus olhos fechados ardendo pelas lágrimas incessantes.Hazel escuta vozes distantes chamando-a, mas tudo parece um borrão. Ela balança a cabeça, recusando-se a abrir os olhos para a dura realidade. Cada chamada, cada toque é um lembrete da dor, e ela quer apenas fugir, desaparecer.— Hazel, por favor! — Uma voz implora, mas Hazel se debate ainda mais, seus gritos ecoando pelo espaço. — Hazel, estou
Hazel vira-se rapidamente e volta a caminhar em direção às poltronas. Seus olhos fixam-se na porta do banheiro que está se abrindo, e um alívio intenso a invade ao ver Hunter. Aproxima-se, sentindo seu coração quase explodir no peito.— Tudo be… — Hunter interrompe sua própria fala ao avistar Liam se aproximando. Instintivamente, agarra sua mão e a puxa para trás, como se quisesse protegê-la com cada fibra do seu ser.Liam encara-os com um sorriso sarcástico nos lábios, os olhos brilhando com uma malícia perturbadora. Passa por eles como se fossem invisíveis, dirigindo-se a Evan e envolvendo-o em um abraço caloroso.— Como está sua irmã? — Pergunta Hunter, sua voz carregada de preocupação, chamando a atenção de Hazel, que estava hipnotizada pela interação entre Liam e Evan.— Está bem, graças a Deus. — Responde, enquanto olha para as mãos deles entrelaçadas. — É apenas um resfriado. — Acrescenta, sentindo-se um pouco mais segura ao ser conduzida por Hunter até as poltronas, o calor da