Hwaseong, Coreia do Sul. Floresta aos redor de CheonSung, 07-12-2018.
Era noite quando alcançaram a costa e, silenciosamente, adentraram a floresta.
Quando já estavam há alguns metros da clareira atrás do castelo de CheonSung, todos ouviram um som de estática nos comunicadores e a voz de Min Kyu pôde ser captada em um baixo sussurro.
— Nossa desvantagem numérica é a nossa principal fraqueza. Somos dezesseis contra no mínimo cem deles — relatou enquanto se esgueirava atrás de uma árvore, escondido pelas poucas folhas que restavam nos galhos e pela escuridão noturna, vislumbrando o batalhão inimigo armado, ao que parecia ser uma pausa tática. — Algum palpite, In
Hwaseong, Coreia do Sul. Floresta atrás de CheonSung, flanco direito, 07-12-2018. No outro lado do confronto estava Hyun Shik, de braços cruzados, quando um velho aliado tomou sua visão. “Porque logo você Min Kyu...” pensou, tentando não mudar sua expressão neutra. Não poderia empunhar sua espada contra ele. Não contra um dos maiores afetados pela morte de Ju Hee. Aquele que compartilhava o amor dela. Continuou apenas parado e engoliu em seco quando viu o semblante de ódio de Min Kyu, que avançou contra ele, demonstrando completo desgosto por vê-lo. Hyun Shik não mudou sua expressão completamente
Hwaseong, Coreia do Sul. Castelo de CheonSung, 07-12-2018. Antes do confronto. — Min Sun? — alguém, o qual Hyun Shik não conseguiu identificar a voz, indagou beirando ao escárnio, enquanto seguia para a floresta. — A magia dela é forte demais, seria um estorvo. — Então, vai descartar a benção de Haenim por causa dessa luta estúpida? — outro inquiriu, este reconheceu de pronto, era Chae Song. — Isso é ridículo, Kwan Sook Hyung. — Ela vai interferir nos nossos planos! Melhor que seja eliminada — retorquiu, levantando a voz. — Uma força como a dela não deveria ser tocada de forma
Seul, Coreia do Sul. Bloco 109, 08-12-2018. Min Sun, pensativa, foi até o escritório retirando todo o seu armamento e jogando no sofá, seguindo até sua mesa e golpeando-a com um soco forte, fazendo um som grave ecoar por todo o cômodo. Deixou seu corpo cair sobre a cadeira e pressionou suas têmporas, com os cotovelos sobre a mesa, apoiando a cabeça entre as mãos. Já tinha presenciado inúmeros surtos de In Su, já esteve lá para acalentar cada um, mas nunca um deles lhe incomodou tanto quanto aquele. A forma que ele tentou lutar para manter a sanidade, o desespero por não conseguir controlar e a frustração quando foi dominado lhe atingiu mais do que gostaria de assumir.
Hwaseong, Coreia do Sul. Interrogatório do Castelo de CheonSung, 08-12-2018. Tinha uma breve lembrança da madrugada, em seus lapsos de consciência, quando foi forçado a se levantar e arrastado entre alguns tropeços e gritos de dor, tentando não forçar o ferimento em seu pé que continuava a sangrar depois de Young Soo ter aumentado propositalmente o corte com o intuito de não permitir que andasse. Nem ao menos conseguia mostrar resistência, apenas tentava não magoar os inúmeros cortes abertos e, quando foi jogado em uma sala fria, bateu forte a cabeça, sentindo sua consciência vacilar mais uma vez. Foi então que acordou verdadeiramente, com uma pressão em seu corpo e cabeça, seguido à uma intensa picada no pescoço. &
Hwaseong, Coreia do Sul. Arredores do Castelo de CheonSung, 09-12-2018. 17:37. Tinham acabado de chegar à CheonSung e, silenciosamente, se aproveitando da forte nevasca que despencava furiosa e enevoava a visão das sentinelas que meneavam os muros, se esgueiraram entre a pouca folhagem que permaneceu viva em meio ao frio, quando, finalmente, chegaram ao alçapão mencionado por Hyun Shik adentrando e sentindo um intenso cheiro de mofo e sangue seco. A passos largos, correram pelos corredores. Era um pouco perturbador, as lamúrias baixas dos prisioneiros, os quais Min Sun imaginaram ser os que In Su mencionara após voltar de Busan, fez Ji Sung parar para observar, puxando Hyun Ji. — Se o objetivo de In Su é causar um caos, n&at
Hwaseong, Coreia do Sul. Vilarejo de CheonSung, 09-12-2018. Quando, como um suspiro de alívio, por entre a bruma da névoa, chegaram aos tropeços à casa designada por Cha Min, Hyun Shik continuou guiando a fumaça para longe, para despistar os inimigos que passaram por ali correndo. In Su caiu sentado no chão, exausto, mas Min Sun não queria que seu corpo esfriasse e pediu que Ji Sung lhe desse um banho quente. Estava ferido demais e temia que por baixo de todo aquele sangue tivessem mais hematomas. Hyun Ji imediatamente se pôs a esquentar o que fora disposto na geladeira, e Min Sun, com certa rapidez, abriu a caixa deixada por Min Ju com alguns suprimentos médicos.
Hwaseong, Coreia do Sul. Vilarejo de CheonSung, 09-12-2018. Após Hyun Ji ir à janela observar a movimentação lá fora, para cumprir seu turno de vigia, Min Sun mais uma vez checava a condição de In Su. Estava dormindo, mas parecia sonhar com algo perturbador o suficiente para ter um sono agitado e, ainda que não fosse nenhuma surpresa assistir a noites mal dormidas dele, sentiu-se desconfortável. Apenas se movia um pouco, contraia os punhos ou fazia caretas e Min Sun imaginou se o maldito metabolismo rápido dele já não estava criando certa resistência ao analgésico, então puxou uma chave e liberou o acesso ao comando, fazendo que iri
Hwaseong, Coreia do Sul. Vilarejo de CheonSung, 10-12-2018. As horas se passavam rapidamente, junto à apreensão com o seu passar, apesar de o dia estar quase tão escuro quanto a noite, estavam tensos quanto a notarem sua presença ali. Estava frio demais, mas, por segurança, Min Sun não usava sua magia para aquecer, por poder ser detectada. Ji Sung estava plantado próximo à janela desde cedo, tamborilando os dedos na parede, quando Min Sun se aproximou, sentando-se ao lado e lançando-lhe um olhar nervoso. Ele apenas negou com a cabeça e encostou na cadeira, cruzando os braços em seguida. —