Hwaseong, Coreia do Sul. Interrogatório do Castelo de CheonSung, 08-12-2018.
Tinha uma breve lembrança da madrugada, em seus lapsos de consciência, quando foi forçado a se levantar e arrastado entre alguns tropeços e gritos de dor, tentando não forçar o ferimento em seu pé que continuava a sangrar depois de Young Soo ter aumentado propositalmente o corte com o intuito de não permitir que andasse.
Nem ao menos conseguia mostrar resistência, apenas tentava não magoar os inúmeros cortes abertos e, quando foi jogado em uma sala fria, bateu forte a cabeça, sentindo sua consciência vacilar mais uma vez.
Foi então que acordou verdadeiramente, com uma pressão em seu corpo e cabeça, seguido à uma intensa picada no pescoço.
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Hwaseong, Coreia do Sul. Arredores do Castelo de CheonSung, 09-12-2018. 17:37. Tinham acabado de chegar à CheonSung e, silenciosamente, se aproveitando da forte nevasca que despencava furiosa e enevoava a visão das sentinelas que meneavam os muros, se esgueiraram entre a pouca folhagem que permaneceu viva em meio ao frio, quando, finalmente, chegaram ao alçapão mencionado por Hyun Shik adentrando e sentindo um intenso cheiro de mofo e sangue seco. A passos largos, correram pelos corredores. Era um pouco perturbador, as lamúrias baixas dos prisioneiros, os quais Min Sun imaginaram ser os que In Su mencionara após voltar de Busan, fez Ji Sung parar para observar, puxando Hyun Ji. — Se o objetivo de In Su é causar um caos, n&at
Hwaseong, Coreia do Sul. Vilarejo de CheonSung, 09-12-2018. Quando, como um suspiro de alívio, por entre a bruma da névoa, chegaram aos tropeços à casa designada por Cha Min, Hyun Shik continuou guiando a fumaça para longe, para despistar os inimigos que passaram por ali correndo. In Su caiu sentado no chão, exausto, mas Min Sun não queria que seu corpo esfriasse e pediu que Ji Sung lhe desse um banho quente. Estava ferido demais e temia que por baixo de todo aquele sangue tivessem mais hematomas. Hyun Ji imediatamente se pôs a esquentar o que fora disposto na geladeira, e Min Sun, com certa rapidez, abriu a caixa deixada por Min Ju com alguns suprimentos médicos.
Hwaseong, Coreia do Sul. Vilarejo de CheonSung, 09-12-2018. Após Hyun Ji ir à janela observar a movimentação lá fora, para cumprir seu turno de vigia, Min Sun mais uma vez checava a condição de In Su. Estava dormindo, mas parecia sonhar com algo perturbador o suficiente para ter um sono agitado e, ainda que não fosse nenhuma surpresa assistir a noites mal dormidas dele, sentiu-se desconfortável. Apenas se movia um pouco, contraia os punhos ou fazia caretas e Min Sun imaginou se o maldito metabolismo rápido dele já não estava criando certa resistência ao analgésico, então puxou uma chave e liberou o acesso ao comando, fazendo que iri
Hwaseong, Coreia do Sul. Vilarejo de CheonSung, 10-12-2018. As horas se passavam rapidamente, junto à apreensão com o seu passar, apesar de o dia estar quase tão escuro quanto a noite, estavam tensos quanto a notarem sua presença ali. Estava frio demais, mas, por segurança, Min Sun não usava sua magia para aquecer, por poder ser detectada. Ji Sung estava plantado próximo à janela desde cedo, tamborilando os dedos na parede, quando Min Sun se aproximou, sentando-se ao lado e lançando-lhe um olhar nervoso. Ele apenas negou com a cabeça e encostou na cadeira, cruzando os braços em seguida. —
Seul, Coreia do Sul. Bloco 109, 10-12-2018. Depois que Min Sun estacionou em frente ao bloco, Hyun Shik, mais que imediatamente, pulou para fora do carro e puxou In Su, o apoiando, enquanto Min Sun abria caminho. Com um sonoro estrondo, entraram no prédio, onde o restante do esquadrão esperava ansioso, praticamente pulando de alívio ao ver Min Sun a salvo. Mas, no momento em que Hyun Shik entrou segurando In Su, congelaram estáticos. — Está de brincadeira conosco, Min Sun? — Ju Ho boquejou em tom surpreso, beirando a incredulidade, e, antes que continuasse o falatório, Min Sun se antecipou: — Sem tempo para explicar agora, apenas deixem ele em paz enquant
Seul, Coreia do Sul. Bloco 109, 10-12-2018. Acordou, um pouco ofegante, pulando para fora do sofá e tateando o próprio corpo, até que finalmente suspirou ao notar estar inteiro. — Hae Ri? — chamou com uma voz arrastada após sentir que a Haichi estava acordada, e ela apenas murmurou. — Quando acordou? — Acho que pouco mais que alguns minutos — respondeu sem pensar muito.Observou ao seu redor, talvez já fosse um pouco tarde da noite, ninguém estava ali e, preocupado com In Su, Hyun Shik se pôs de pé, um pouco cambaleante, se apoiando no suporte do soro ao seu lado enquanto dava passos desajeitados. Seul, Coreia do Sul. Bloco 109, 11-12-2018. O outro dia se iniciou com letargia. Não nevava, mas uma intensa névoa cobriu Seul. In Su tardou o acordar até que a dor irritante o fizesse despertar, enquanto Hyun Shik e seu incrível sono pesado apenas continuava adormecido na poltrona. E quanto a Min Sun, claramente não dormiu, ficou de olho neles dois durante toda a noite. Ela não tinha muito o que falar, apreensiva com o que lhes aguardava, pensativa com a conversa que tivera com Hyun, então ficou a maior parte do tempo olhando fixamente para o nada. E In Su, notando o estranho desconforto nela, respeitou seu silêncio. Ele sentia pouca dor por causa dos aCapítulo 14 - Parte 3
Seul, Coreia do Sul. Bloco 109, 12-12-2018. Hyun Shik engoliu em seco quando finalmente estavam todos à sua frente, aguardando por uma explicação. Abriu a boca tentando encontrar as palavras certas, mas não as encontrou e encarou aquele grupo que estava em um silêncio absoluto. Logo dobrou seu torso, curvando-se perante todos, e se abaixou representando um pedido de desculpas. — Não importa a explicação que eu tenha, a verdade nunca poderá ser desfeita... — pensando ser um bom começo, proclamou com uma voz falhada. Mas, o que deveria acalmar, acabou en