CAPÍTULO 76

Antes daquele encontro, quando eu soube que tinha um avô, senti uma mistura de emoção e raiva, emoção por ter alguém por mim, e raiva por ter permitido que o meu pai passasse boa parte da vida se sacrificando pra prender bandidos que nunca foram encontrados, afinal a intenção era encontrar os cabeças da rede de tráfico.

Eu me aproximei aos poucos, passando na cabeça todas as coisas que eu gostaria de falar, mas antes de pronunciar a primeira palavra, ele falou comigo.

— Ana, minha adorável Ana.

Eu olhei pro chão e fiquei pensando se eu deveria dizer que eu não tinha nada de adorável, mas ele segurou pelo o meu queixo e me fez olhá-lo, e o olhar dele com vestígios de lágrimas me fizeram amolecer, foi algo totalmente fora do meu controle.

— Eu sinto muito por tudo o que você está passando, Ana, e por todos os anos em que você não pôde fazer coisas que garotas da sua idade gostam de fazer, e eu espero que um dia você possa me perdoar.

Sem dizer nenhuma palavra eu o abracei, e pela primei
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