Ana..Eu dei alguns passos pra trás e sorri vitoriosa, ele então atravessou a porta, depois a trancou e voltou a olhar pra mim.— Acho que você vai passar alguns dias sem sentar Ana.— Você por acaso é um cavalo?— Não, mas...— Então eu vou sentar tranquilamente, já você não vai conseguir dormir com mais ninguém.Eu havia acessado uma área proibida no mundo do Kall, no mundo dele se apaixonar era uma fragilidade, e não conseguir dormir com mais ninguém era o mesmo que ter a masculinidade comprometida.Ele avançou em minha direção disposto a dar tudo dele e ainda sim parecer desapegado, já eu daria tudo de mim, pra que no momento em que eu fugisse da vida dele, ele pudesse lembrar que poderia ter tido muito mais de mim se não fosse o egoísmo desenfreado dele.O meu tipo de vingança não envolvia mortes, mas iria maltratar lentamente, até todo o ego, a frieza e o poder dele serem aniquilados, a maior raiva dele iria ser o fato de ter o poder de quase tudo e de quase todos, menos sobre
Kall..Nenhuma das minhas experiências com mulheres se comparavam com a experiência que eu tive com a Ana, pela primeira vez em toda a minha vida, não se tratou só sobre sexo.A partir do momento que eu a envolvi nos meus braços, depois de ter mencionado que ela não sentaria por dias, eu soube...Eu soube que ela tinha toda a razão quando disse que eu não iria tirá-la da cabeça.Tudo nela era viciante, o beijo, o corpo, o cheiro, e por mais que eu tenha iniciado aquele momento com uma certa agressividade, ela conseguiu me desmontar inteiro, e tudo se transformou em um momento amoroso e intenso.O gosto dela, e a forma como ela gemeu, me deixou completamente alucinado, eu a queria não só por aquele momento, mas pelo resto da vida.A forma como ela se movimentou, a forma como ela rebelou e exigiu que eu a olhasse mexeu comigo mais do que eu gostaria, e quando nós dois gozamos e nos entregamos de corpo e alma, a ficha finalmente caiu, trazendo pra mim uma frustração dolorosa.Com os o
Ana..Apesar de saber que a Sam era experta, eu tive sim uma pontada de medo de ter acontecido algo com ela.— Você não sabe como eu estou aliviada por ouvir sua voz.— A sorte era que estávamos perto da universidade Ana, eu só consegui escapar porque eu já havia ido pra um acampamento naquela mata.— Mas você está bem?— Eu tive alguns ferimentos nos joelhos porque caí algumas vezes, também tô com um corte na testa por conta dos galhos, mas tudo superficial.— Sam, quem é a minha mãe? Ela é da máfia?— Ela não é Ana, mas meu pai é.— Quem é o seu pai?— Meu pai é Daylon Bellini.— Bellini?— Sim, ele é tio do Kall, eu e o Kall somos primos.— Não brinca?— A história é muito mais complexa do que parece Ana, o Kall está feito louco atrás do meu pai pra matá-lo, porque ele acredita que o meu pai matou o pai dele, tudo o que o Kall quer é vingança.— Mas se o seu pai não matou o pai do Kall, quem matou?Ela ficou em silêncio, e eu soube na mesma hora que havia algo muito sério por trá
Kall ..Eu tive que levantar cedo da cama para resolver a questão da entrega da mercadoria e falar com o Valente sobre a Ana.— Valente, a Ana vai pra universidade hoje e você irá acompanhá-la. — E o que vamos fazer com os homens que já tinham o costume de levá-la?— Eles continuarão fazendo isso, você irá apenas para dar um reforço caso algo aconteça.— Você acha que ela pode tentar fugir?— Nós estamos falando da Ana, e quando o assunto é ela devemos estar preparados pra qualquer coisa. — Ela já está pronta?— Ainda é cedo, eu te aviso quando for pra levá-la.— E que horas podemos despachar a mercadoria?— Depois que ela for para a universidade eu resolverei isso com o Leonel.— Sim senhor.Eu fui em direção a cozinha para tomar meu café, e enquanto isso, a Ana chegou.Por alguma razão, eu tive a atitude de dar bom dia e beijá-la na testa, um comportamento totalmente contraditório daquilo que eu realmente era, e assim como eu, ela também achou aquela atitude estranha. Mesmo que
Ana..Quando eu subi na lancha, evitei olhar pro Valente, eu ainda estava furiosa por ele ter tentado matar a Sam, mas a dúvida estava martelando na minha cabeça. Se ele tinha informações, porque ele tentou matá-la? Ele já não sabia quem era ela e de quem ela era filha?Eu não poderia questiona-lo, nada que saia da boca dele era confiável.— Você está muito calada, algum problema?Ele perguntou atrás de puxar assunto.— Não sou muito comunicativa pela manhã.— Sobre a sua amiga...— Podemos não falar dela? Você tentou matá-la e isso foi o suficiente pra mim.— Eu estava cumprindo ordens Ana.— Você não me deve satisfação Valente, só me deixa quieta, por favor.— Você está claramente chateada.— E isso faz diferença pra você porquê?Ele ficou paralisado me encarando, como se estivesse tentando buscar uma resposta rápida.— Não faz nenhuma diferença pra mim, eu só estou tentando ser gentil.— Eu não preciso da sua falsa gentileza, pra mim só existem dois tipos de pessoas, as que estã
Kall..Eu passei o restante do dia trancado no meu quarto, nada fazia sentido, tudo estava ainda mais bagunçado do que antes.Eu ouvi batidas na porta e corri pra abrir, era o Valente, e a cara de culpa dele era de dar pena em qualquer pessoa.— Kall, eu sinto muito...— Você já disse isso Valente, cadê as imagens que pedi.— Estão aqui, senhor.— Já disse pra parar de me chamar de senhor, agora me dê isso aqui.Ele me deu o pendrive e eu fui pro meu escritório, eu queria ter certeza que o carro que levou a Ana era mesmo dos homens do meu odiado tio.Assim que o vídeo começou, eu vi um deles descendo do carro pra fumar um cigarro, e depois voltando pra dentro do carro, mas o adesivo no carro não deixava dúvidas, era sim os homens do meu odiado tio.Todos os carros dele, possuía uma águia na lateral da porta, eu assisti tudo do início ao fim, e tudo o que eu consegui ver além disso, foi a Ana entrando no carro com as próprias pernas.— Por que você fez isso, Ana? Porque?Eu fui pra p
Ana..Quando eu olhei pros homens no carro, percebi uma enorme diferença neles, eles não eram como os homens do Kall, eles se vestiam diferente, não tinham brincos nas orelhas, não cheiravam a cigarro e até a postura mostrava uma certa superioridade.— Bom dia Senhorita Ana, eu sou o Trevis, serei o responsável por você até segunda ordem, o motorista é o Martini, o outro é o Diego, você pode contar com a gente pra o que precisar.— Obrigada Trevis, confesso que eu estou surpresa com a recepção.— Há algum problema, senhorita?— Acho que eu estava acostumada a conviver com idiotas e vocês...Bom, vocês são diferentes.— Nós realmente somos Ana, mas logo você irá entender melhor a nossa diferença.— Vocês são mafiosos mesmo? Porque não parece.— Quem disse pra você que somos mafiosos?— Vocês não são?— Ah, já entendi, foi a Sam, aquela garota é muito esperta.— Então vocês realmente não são?— Quando chegarmos no nosso destino, você saberá quem somos nós, mas não se preocupe, você est
Com os olhos fechados, eu repassei na mente todas as vezes que a minha mãe foi apenas um fantasma, alguém criado por mim mesma, como uma forma de pelo menos imaginar como seria ter uma.— Minha filha, minha amada e esperada filha, razão por eu continuar vivendo, você está aqui, bem aqui, em um lugar que ninguém poderá tirá-la novamente de mim.Ela segurou os meu rosto com as duas mãos, e eu olhei pra casa detalhe da face dela, como se aquele fantasma começasse a ganhar forma, e aquela palavra proibida saiu pela minha boca como uma música suave capaz de libertar qualquer coração...— Mãe!Nós duas não estávamos conseguindo parar de chorar, afinal foram muitos anos separadas.— Vamos meu amor, nós precisamos sair daqui, teremos muito tempo pra conversar e organizar a bagunça que deve estar na sua cabeça.Ela me segurou pela mão como se segurasse a mão de uma criança, e caminhamos até um carro onde um homem muito bonito e de sorriso charmoso aguardava de pé.Ao me aproximar mais, percebi