Ana..Quando eu saí do banho, coloquei apenas uma calcinha e uma camiseta, eu deitei na cama e fiquei vigiando a porta até pegar no sono novamente, se eu realmente estivesse dormindo entre inimigos, eles poderiam ter me matado rapidamente.Eu não sabia porque eu insistia em achar que eles eram os meus inimigos, se o meu pai os tinha como família, deveria ser mais fácil pra mim aceita-los, mas se eu os aceitasse eu estaria indo contra a tudo o que eu acreditava.Quando eu acordei o arrependimento chegou, a minha cabeça estava doendo tanto, que a dor era quase insuportável.— Droga, eu deveria ter dormido a noite inteira, não ter dado uma de maluca.Eu sentei na cama, olhei pra mesa e o meu café da manhã estava lá, eu olhei pra porta e a chave também estava nela.— Ótimo, ele entrou aqui e com certeza me viu só de calcinha e blusa, provavelmente eu estava de boca aberta e babando.Eu fui pro banheiro, escovei os dentes, fiz uma trança no cabelo e depois fui pra mesa comer, o que eu nã
kall..Quando eu levantei da cama o peso de uma montanha estava sob a minha cabeça, já era de esperar que eu fosse acordar me sentindo moído, afinal os últimos dias foram intensos e a Ana sugou o restinho de energia que eu ainda tinha pela madrugada.Pensar em tudo o que tinha acontecido a poucas horas atrás me deixou de pau duro, pegar nos peitos dela e ver ela delirar sob os movimentos dos meus dedos me fez querer bater uma punheta.Eu fui pro banheiro, liguei o chuveiro e me masturbei pensando nela, e embora eu não tivesse visto o corpo dela completamente nú, só em tê-la tocado já me fazia imaginar uma porção de coisas.— Arg, hoooo, Anaaa!Se o pai dela imaginasse tudo o que eu faria com a filha dele, ele jamais teria cogitado deixá-la comigo.Depois de gozar eu terminei a minha higiene pessoal e fui me arrumar, a dor de cabeça ainda persistia, então após me arrumar eu fui tomar um remédio e o meu café da manhã.— Bom dia, a Ana ainda não acordou?Perguntei ao Rony que estava in
Eu não queria admitir pra mim mesma que tudo o que eu estava sentindo eram indícios de ciúmes, eu tentava me convencer que era apenas preocupação com a vida da Sam, mas na verdade era preocupação em ver o Kall se interessando por ela.— Não era você que dizia que queria distância dele, Ana? Que porra você tá querendo fazer com a sua vida?Conversar comigo mesma parecia ser uma boa terapia, isso antes de conhecer aquele indivíduo gostoso e maldito.Eu passei longos quarenta minutos enlouquecendo dentro do quarto antes da Sam me ligar, eu fiquei olhando pra tela me preparando pra ouvir o que eu já sabia, mas não tinha como fugir daquela conversa, então eu atendi.— Oi Sam?— Amiga, o que houve? Quando você desligou naquela hora parecia estar preocupada.— Ah, era só o forno que eu havia esquecido de desligar.— Então tá, agora deixa eu te falar o babado que aconteceu, eu nem estou acreditando que aquele gato se interessou por mim, você acredita que eu nem cheguei a pedir o número dele?
Kall..Antes que eu pudesse ter tempo pra pensar no que eu faria com Ana pra mantê-la sob controle, o meu celular tocou, era um de meus homens.— O que foi que ela fez agora?— Ela tá gritando feito uma maluca senhor, e quando entramos no quarto pra ver o que tinha acontecido, ela apontou um fuzil pra gente, acho que o senhor deveria considerar chamar um psiquiatra.— Não façam nada, eu já estou indo.Eu já sabia que era só uma questão de tempo pros meus homens acharem a Ana uma louca, o que eu também achava, mas a loucura dela não era problema que um psiquiatra poderia resolver, e sim algo pra eu mesmo resolver.A verdade era que a Ana não estava facilitando a retomada da rotina que eu tinha antes do pai dela morrer, muitas coisas estavam fora do lugar, e o tempo estava correndo contra mim, mas mesmo sabendo de todos os problemas que vieram junto com ela, eu não conseguia ser indiferente ou ignorar a existência dela, ela era como um ímã, eu não conseguia ficar longe dela, nem mesmo
Ana..Eu queria não ter me importado, mas aquelas palavras ficaram martelando na minha cabeça, e a minha maior preocupação era ele voltar atrás na palavra dele e tentar impedir de eu viver a minha vida. Depois de muito lutar contra mim mesma decidi procurá-lo pra que ele pudesse explicar o que ele quis dizer com aquilo, não dava para esperar muita coisa de um mafioso, eu não conhecia nenhum terço daquilo que ele realmente era, não dava para compreender as intenções dele me baseando em poucos dias de convivência, a minha vida toda ele foi apenas um fantasma e depois que ele se materializou diante de mim a minha cabeça virou uma completa bagunça.Eu tinha que admitir que no lugar dele já teria me matado, mas se ele não tinha matado ainda era porque havia outras intenções por trás daquilo tudo, não intenções amorosas, eu ainda não sabia o que ele planejava mas eu estava disposta a descobrir.Eu sabia que eu tinha que aprender a separar as coisas, o fato do meu pai ter morrido e ter me
Kall..Depois que a Ana saiu do meu escritório eu pedi que todas as minhas refeições fossem servidas no meu quarto, eu não queria mais nenhum confronto com ela naquele dia pois o dia seguinte seria muito difícil pra ela, e provavelmente ela tivesse uma das piores crises de fúria da vida dela.Imaginar uma Ana indefesa era difícil pra mim, pois desde o primeiro momento ela demonstrou saber cuidar de si mesma, o que me preocupava era se os meus homens teriam como contê-la sem machucá-la.No final do dia eu recebi algumas ligações de parceiros cobrando o prazo de entrega da mercadoria, e pela primeira vez aquilo se tornou uma preocupação pra mim, eu realmente precisava de um substituto pra ficar no lugar do Lion, no primeiro momento eu consegui driblar os questionamentos que me fizeram, mas eu sabia que precisava agir rápido.Toda pessoa tem alguém de confiança, no meu caso era o Lion, mas eu sabia que o Valente era o homem de confiança do Lion, mas depois que percebi o quanto ele se p
Ana..Meu pai sempre evitou que eu ficasse ou me colocasse em situações de perigo, mas também sempre me preparou muito bem caso isso acontecesse, antes eu achava tudo aquilo uma grande besteira e falava que era um verdadeiro absurdo aquele excesso de cuidado, mal eu sabia que um dia eu iria agradecer mentalmente por toda aquela preparação que ela me deu ao longo da vida.A verdade era que o meu pai amava mais a mim do que a própria vida dele, e ele acertou em quase tudo, menos na escolha da pessoa que ficaria responsável por mim, mas eu sabia que aquela era a forma dele de demonstrar cuidado, eu não poderia culpa-lo por ter confiado na pessoa errada.Depois que eu saí do escritório do Kall, eu não vi mais ele, nem mesmo nos horários de refeição, como eu estava com raiva dele, eu não cheguei nem a perguntar onde ele estava.A Sam tentou falar comigo algumas vezes durante o dia, mas eu estava fingindo dela, eu estava cansada de mentir e ainda não havia pensado em uma forma de falar pr
Kall..A Ana deu três passos em minha direção sem desviar os olhos dos meus, era notório a sede de vingança que ela tinha no olhar.— Não se aproxime dele.Gritou um dos meus homens, mas ela ignorou e deu mais um passo, ficando cara a cara comigo.— Nós podemos acabar com isso amigavelmente Ana, desde que você se comprometa a me obedecer, e a sua amiga se comprometa a ficar de bico fechado.— Eu prometo, por favor, eu não vou falar nada pra ninguém.A amiga dela falou enquanto soluçava.— Está vendo? A sua amiga parece ser mais esperta que você.Em menos de dois segundos ela se abaixou, deu um soco no meu estômago, eu levantei o braço pra devolver o golpe mas ela passou por debaixo dele, tirou a arma da minha cintura, ficou atrás de mim, me usou de escudo humano e atirou em três dos meus homens, depois apontou a arma pra minha cabeça enquanto segurava a gola da minha camisa.— Quem vai ser o próximo? Você?Meus homens estavam no chão gemendo de dor, enquanto os outros estavam incré