Kall..Eu sabia que a Ana iria ficar totalmente perdida ao se deparar com aquelas pessoas que ela nunca viu, mas ela precisava entender quem era o pai dela e como funcionavam as coisas entre nós.Ser um homem respeitado no mundo da máfia era algo difícil, o Lion havia feito o nome dele em nosso meio, então era normal que homens importantes fossem dar o último adeus.Apesar da Ana ter ficado surpresa com a revelação que fiz sobre os cargos daqueles homens, ela se manteve calma, mas ao final do enterro ao ver uma frase bíblica na placa, ela não conseguiu esconder o quanto aquilo a desagradou, ela praticamente esfregou na minha cara que aquilo era uma tremenda hipocrisia.Eu entendi todas as perguntas que ela fez, afinal pessoas como nós na cabeça dela não mereciam o cuidado de Deus, e a fé não se encaixava na nossa realidade, mas mesmo entendendo o raciocínio dela eu fui atingido por cada palavra que ela disse.A verdade era que eu precisava de alguém pra confiar, alguém supremo que e
Ana..Eu estava preparando o meu espírito mentalmente pra lidar com aquela nova vida, mesmo que de forma temporária, foi quando o Kall entrou no carro e eu escolhi não olhar pra ele.Eu me mantive imóvel, apesar da presença dele provocar coisas em mim que eu não deveria sentir naquele momento, na verdade a minha mente era o lugar mais inseguro do mundo e o meu coração o mais traiçoeiro de todos.Eu achei que ele fosse se manter calado depois de tudo o que eu disse, mas ele ficou puxando assunto falando do meu quarto, eu tive que o interromper e pedir pra gente não conversar, tudo o que eu queria era ficar presa em um mundo só meu, sem interrupções de quem mais tinha poder pra o destruir, ele aceitou, mas todo inimigo recua antes de atacar, e eu precisava ter cuidado com aquilo.Entramos em uma lancha pra poder chegar na ilha onde ele morava, eu achei estranho alguém viver em uma ilha da qual eu nunca tinha ouvido falar, mas também não o questionei sobre isso, eu estava exausta demai
Kall..A Ana estava com o pensamento longe quando avisei que tínhamos chegado, o salto que ela deu fez eu questioná-la sobre o que ela estava pensando, e eu torci mentalmente pra que aqueles pensamentos tivessem total relação comigo.Ela jamais admitiria que estava pensando em mim e na nossa aproximação de minutos atrás, então ela disse a primeira coisa que apareceu na cabeça dela, de início eu levei na brincadeira, afinal ela jamais teria coragem de colocar concreto nos meus pés e me matar afogado, e mesmo que ela tivesse essa coragem, ela jamais conseguiria executar o plano com os meus homens fazendo a minha segurança, porém quando ela disse que aquilo seria fácil caso os meus homens fossem como o Valente, eu acabei me sentindo ameaçado.O Lion havia escondido aquela garota praticamente dentro de uma bolha, eu sabia que alguns dos meus homens faziam a segurança dela, mas eu nunca me interessei em saber quem ela era, o Lion nunca comentou que havia preparado a
Ana..O erro do Kall foi achar que a única coisa que eu sabia fazer era lutar bem, eu demonstrei estar desesperada por ele ter me trancado, mas aquilo não fazia nenhuma diferença pra mim, eu realmente precisava descansar e não olhar pra cara dele pelas próximas horas, mas eu sabia que poderia atravessar aquela porta a qualquer momento se eu quisesse, mesmo ela estando trancada.Depois de estratégicamente eu implorar muito pra ele voltar e abrir a porta, eu parei e fui pra mesa jantar, a fome realmente estava apertando e eu já havia passado tempo demais sem forrar o meu estômago, mas quando eu sentei e encarei a comida eu me lembrei que aquela era a primeira vez em toda a minha vida que eu jantava sem o meu pai.As lágrimas começaram a cair no prato e eu soltei um soluço em cada garfada que eu dava.Todos os acontecimentos envolvendo o Kall tiraram o meu foco da dor, mas estando ali sozinha e em completo silêncio eu senti ela gritar dentro de mim.— Eu não sei o que fazer pai, eu jur
Kall..Ela tentou se levantar quando viu eu me aproximando, mas eu empurrei os ombros dela a fazendo deitar na cama e subi em cima dela.— Parou de rir porque Ana? — Sai agora de cima de mim, Kall.Ela tentou me empurrar, mas eu segurei os pulsos dela com força e os prendi logo acima da cabeça.— Eu disse que eu iria matar você, não disse?— Você sabe que eu consigo tirar você de cima de mim em dois segundos, não sabe?Eu aproximei o meu rosto do dela, e a encarei, os nossos lábios ficaram na mesma distância da última vez, bem próximos um do outro.— Tenta Ana, vamos ver se você consegue me tirar daqui antes de eu te fazer gritar.— Gri... Gritar? Porque eu gritaria?Ela estava tão nervosa que quase não conseguiu pronunciar direito as palavras.Com uma única mão eu mantive os pulsos dela presos, e a outra eu deslizei pela barriga dela e voltei a subir por dentro da blusa enquanto continuava encarando ela.— O que você está fazendo?A pergunta dela foi como um sussurro, e as pontas
Ana..Eu ainda não conhecia o meu corpo tão bem e nem todas as reações que ele poderia ter com um toque tão íntimo de um homem, na verdade o meu corpo era como uma terra a ser desbravada, mas eu não imaginei que os primeiros passos que alguém percorreria nele fosse dado por um bandido, afinal era isso o que o Kall era.Quando eu vi ele vindo pra cima de mim, eu tentei fugir, mas no fundo eu sabia que se aquela fosse mesmo a minha vontade, eu teria me livrado dele, e por mais que eu tentasse mentir pra mim mesma, eu queria saber até onde ele iria, e eu nunca me senti tão excitada e tão envergonhada ao mesmo tempo.Eu queria mais, eu queria senti-lo de forma mais profunda, e naquele momento eu não pensei em quem ele era, mas sim no que ele poderia me fazer sentir, eu não sabia que um orgasmo poderia nos deixar tão idiotas e burras... Porra!Era só nessa palavra que eu pensava quando eu abri os olhos depois de relinchar feito uma égua, se tivesse um buraco ali
Kall..Eu pensei que ao menos eu pudesse colocar gelo nas minhas partes em paz, mas o meu celular começou a tocar e quando eu vi que se tratava do Leonel eu já esperava que a Ana tivesse aprontado alguma coisa, mas no fundo eu estava torcendo pra ser qualquer coisa, menos uma crise de revolta dela, e quando eu atendi, ele me falou que tínhamos um problema e pediu pra eu ir até lá, eu fui, mas antes chamei um dos meus homens pra me acompanhar, afinal eu não sabia o que iria encontrar, eu só não imaginava que as coisas estavam tão fora de controle, ou melhor, a Ana estava fora de controle.A Ana era como um carro desgovernado, capaz de passar por cima de qualquer pessoa que tivesse a ousadia de se meter na frente dela, mas aquelas atitudes só estavam facilitando o meu aprendizado sobre a forma que eu deveria lidar com ela.Eu não vou mentir dizendo que não fiquei perplexo com o que eu vi, foi uma mistura de surpresa com raiva, eu fiquei surpreso por ela ser tão nova e conseguir se imp
Ana..Quando eu saí do banho, coloquei apenas uma calcinha e uma camiseta, eu deitei na cama e fiquei vigiando a porta até pegar no sono novamente, se eu realmente estivesse dormindo entre inimigos, eles poderiam ter me matado rapidamente.Eu não sabia porque eu insistia em achar que eles eram os meus inimigos, se o meu pai os tinha como família, deveria ser mais fácil pra mim aceita-los, mas se eu os aceitasse eu estaria indo contra a tudo o que eu acreditava.Quando eu acordei o arrependimento chegou, a minha cabeça estava doendo tanto, que a dor era quase insuportável.— Droga, eu deveria ter dormido a noite inteira, não ter dado uma de maluca.Eu sentei na cama, olhei pra mesa e o meu café da manhã estava lá, eu olhei pra porta e a chave também estava nela.— Ótimo, ele entrou aqui e com certeza me viu só de calcinha e blusa, provavelmente eu estava de boca aberta e babando.Eu fui pro banheiro, escovei os dentes, fiz uma trança no cabelo e depois fui pra mesa comer, o que eu nã