Eleanor havia recebido a notícia de que Evans havia acordado e que não se lembrava de Mayara e do rompimento de seu compromisso com Mariana. Ela se sentiu aliviada, mas saber que sua filha ainda estava em risco a fez lembrar do pai dela e de que poderiam fazer alguma coisa ainda para reverter o caso.Ela ainda estava no seu quarto, Plínio já havia saído de casa. Foi até o closet e enviou uma mensagem para o Sr. Ivo: "Precisamos nos encontrar para falar sobre nossa filha".Quando se lembrou do dia que passaram juntos ela sentiu calafrios e vontade de estar com ele novamente, mas não vinha ao caso. ela queria mesmo era dar um jeito em Evans, porque agora Mariana estava mais próxima de ser desmascarada.A mensagem foi enviada pela manhã e até o horário do almoço ela não havia recebido resposta. Ela achou estranho, porque ele respondia rapidamente as suas mensagens.Eleanor gostava de almoçar na mesa da cozinha, pois assim não se sentia tão só. Lá havia uma grande mesa, onde a família co
Jonas entrou no apartamento alguns minutos depois de Flávia. Silenciosamente, como de costume, no quarto de hóspede as amigas conversavam:Flávia: Com tudo o que está acontecendo, ele deveria saber do seu estado.Mayara: Não acredito que seja boa ideia se ele nem se lembra de mim. Vão achar que estou tentando dar o golpe da barriga. Não preciso dele, não preciso deles.Flávia: Mas o filho não é só seu. Ele tem um pai. - A porta se abriu e Jonas estava parado na frente delas com os olhos assustados.Jonas: Grávida? - As duas se olham assustadas.Flávia: Estou sim. Peguei o resultado hoje e estou contando para minha amiga. - Mayara olhou para ela sem entender.Jonas: Que legal! - Olhou para Flávia e perguntou: - De quanto tempo Mayara? Mayara: Há algumas semanas estou cuidando disso. - Ela suspirou fundo e sentou-se na cama. Jonas olhou para ela interrogativo.Mayara: Não se preocupe! Terei o bebê, mas será criado longe daquela família e do Evans, que nem sequer se lembra de mim. - Olh
Há 4 horas da capital, estava se recuperando do luto. Ela chegou a perder o apetite e perder alguns quilos. O olhar dela havia perdido o viço e ela suspirava todas as vezes que se lembrava do Sr. Ivo, o homem que ela amou e foi proibida de viver com ele.A dor maior era de não poder enterrá-lo, porque não havia como explicar isso ao marido. Procurou manchetes de jornais que poderiam dizer quem tirou a vida dele, mas a única coisa que encontrou foi que ele estava envolvido em muitos crimes e poderia ter sido vingança ou mesmo queima de arquivo.Enquanto lia a matéria percebeu que havia uma pessoa no quarto. Estava quieta, muito quieta e silenciosa. Ela levantou a cabeça e olhou para cima e viu seu marido a contemplando.Plínio: você não vai encontrar nada nos jornais ou em outro lugar. A pessoa foi bem cautelosa. - Eleanor olhou assustada para seu marido e deixou o celular na cama.Plínio: Eu achei que você havia mudado desde que nos casamos. Mas não aconteceu a mudança que eu esperava
Após o ato consumado ele se manteve em cima dela por um momento, apoiou o queixo no ombro dela e começou a chorar.Plínio: Por que você nunca me amou? Trabalhamos juntos, crescemos, te dei um lar, somos uma família.Eleanor estava em silêncio lembrando de quão gentil era o homem que estava em cima dela. Ela não conhecia aquela pessoa que a violentou. Eleanor: Eu tentei! - Respondeu com a voz embargada, cheia de decepção. - Estar com ele naquele dia foi um ato isolado, sempre que nos encontramos evitei chegar perto.Plínio: Por que foi diferente dessa vez? Por que você transou com ele então? Por que ele te mostrou o que ele poderia ter dado a você? Nós sabemos que ele conquistou tudo aquilo com sangue de pessoas inocentes. - Se moveu de cima dela e se deitou na cama. Um silêncio invadiu o quarto. Ela queria sair correndo, mas sabia que seu marido poderia pegá-la. Então permaneceu ali na cama ao lado dele. Plínio suspirou várias vezes quebrando o silêncio, até que.Plínio: Nem um fil
Mayara estava decidida a seguir em frente e agora não ouviria Celine ou qualquer outra pessoa. Com mais responsabilidades agora, por trazer um filho em seu ventre, ela pensava cautelosamente. Precisava de estrutura financeira para seguir em frente.Flávia: Como você vai fazer agora?Mayara: As rodadas de jogos começam agora. Preciso garantir minha posição no clube.Flávia: Mas como será isso? A barriga cresce e uma hora você precisa parar.Mayara: Não se preocupe, Flávia. Está tudo combinado com minha mãe e os dirigentes do clube. Uma gravidez não deve impedir uma mulher de seguir sua carreira e seus sonhos. Além disso, estou estudando para entrar na faculdade e consegui minha aprovação na escola. Minhas notas durante o ano foram suficientes. O ano que passou foi muito difícil.Flávia: É, foi pedreira! respirou fundo e baixou a cabeça.Elas voltaram para o apartamento de Jonas. Ele estava apreensivo, sentado na poltrona da sala tomando um vinho. Quando ouviu as duas entrando respirou
Ela sentou na cadeira e ficou ali olhando para ele por algum tempo. Sabia que não seriam as palavras dela que o fariam lembrar do que viveram, mas existia uma leve esperança de sua recuperação. Mayara: Então! Me chamo Mayara, moro na mesma cidade onde você tem residência, mas em lugar bem diferente de você.Evans: Como assim? Lugar diferente! - Ele olhou incrédulo. Ela deu um sorriso meio tímido e continuou.Mayara: Moro na Vila, do outro lado da cidade. São extremos bem diferentes.Cada palavra dela era uma interrogação para Evans e ele fazia caras e bocas, pois tudo era muito estranho para ele. E muitas perguntas estavam na sua cabeça. Ele não entendia muito o que estava acontecendo, mas queria a companhia dela. Evans: Eu estive nesta Vila onde você mora? Não consigo me lembrar de você, mas não consigo me desprender de você. O que aconteceu? Não entendo.Ela não respondeu e olhou para ele no fundo dos olhos, respirou fundo percebendo que ele precisava descansar. Mayara: Preciso i
A Sra. Kátia estava recebendo a mãe de Mariana, que sem avisar a filha, chegou na cidade para acompanhá-la. Eleanor ainda estava abalada com o que havia acontecido, o estupro e ser expulsa de casa. Ela abriu um sorriso forçado para a mãe de Evans, disfarçando toda a mágoa.Eleanor: Desculpe a hora, mas senti que precisava vir ajudar minha filha com os cuidados com Evans e com a gravidez dela.Francis olhou fixo para Mariana que logo desviou o olhar e esquivou-se dele saindo rapidamente da varanda indo ao encontro da sua mãe. Pouco depois o tio de Evans apareceu, saindo da varanda. Eleanor olhou para sua filha com olhar de repreensão.Sra. Kátia: Esse é Francis, o tio de Evans. - Eleanor estendeu a mão e o cumprimentou e aproximou-se de sua filha. - Você pode ficar com Mariana até irmos embora e aí poderá ocupar o outro quarto. Francis irá conosco também, não é?Francis: Sim estarei com meu irmão ajudando nos negócios da família. - Ele respondeu olhando para Mariana. - Mas pode ser que
No hospital Evans teve seus dias cheios sempre seguidos de várias visitas, sua mãe, seu pai, seu tio, Mariana e Eleanor. Mas ele sempre esperava ansioso pelo final de cada dia quando aquela mulher misteriosa o visitava com aquele sorriso e cheiro peculiares.Mayara: Está ficando complicado vir aqui ver você. - Ela adentrou o quarto com um novo visual. Uma peruca loira e olhos azuis. Evans ficou maravilhado com aquela mulher de pele iluminada e os olhos dela realçam todo aquele disfarce.Ela era sempre pontual e quando o relógio marcava 20 horas o coração de Evans começava a acelerar e até a entrada dela no quarto parecia que o mundo havia parado. O barulho na porta o fazia jubilar de alegria e seu corpo entrava em total êxtase.Evans: Você acha que é difícil se arriscar por mim? - Olhou para ela com olhos tristes e infantis a comovendo.Mayara: Não é isso que quero dizer. Acho que agora com a mãe de Mariana por perto parece que estou em um filme de espionagem. Ela está de olho em quem