Há 4 horas da capital, estava se recuperando do luto. Ela chegou a perder o apetite e perder alguns quilos. O olhar dela havia perdido o viço e ela suspirava todas as vezes que se lembrava do Sr. Ivo, o homem que ela amou e foi proibida de viver com ele.A dor maior era de não poder enterrá-lo, porque não havia como explicar isso ao marido. Procurou manchetes de jornais que poderiam dizer quem tirou a vida dele, mas a única coisa que encontrou foi que ele estava envolvido em muitos crimes e poderia ter sido vingança ou mesmo queima de arquivo.Enquanto lia a matéria percebeu que havia uma pessoa no quarto. Estava quieta, muito quieta e silenciosa. Ela levantou a cabeça e olhou para cima e viu seu marido a contemplando.Plínio: você não vai encontrar nada nos jornais ou em outro lugar. A pessoa foi bem cautelosa. - Eleanor olhou assustada para seu marido e deixou o celular na cama.Plínio: Eu achei que você havia mudado desde que nos casamos. Mas não aconteceu a mudança que eu esperava
Após o ato consumado ele se manteve em cima dela por um momento, apoiou o queixo no ombro dela e começou a chorar.Plínio: Por que você nunca me amou? Trabalhamos juntos, crescemos, te dei um lar, somos uma família.Eleanor estava em silêncio lembrando de quão gentil era o homem que estava em cima dela. Ela não conhecia aquela pessoa que a violentou. Eleanor: Eu tentei! - Respondeu com a voz embargada, cheia de decepção. - Estar com ele naquele dia foi um ato isolado, sempre que nos encontramos evitei chegar perto.Plínio: Por que foi diferente dessa vez? Por que você transou com ele então? Por que ele te mostrou o que ele poderia ter dado a você? Nós sabemos que ele conquistou tudo aquilo com sangue de pessoas inocentes. - Se moveu de cima dela e se deitou na cama. Um silêncio invadiu o quarto. Ela queria sair correndo, mas sabia que seu marido poderia pegá-la. Então permaneceu ali na cama ao lado dele. Plínio suspirou várias vezes quebrando o silêncio, até que.Plínio: Nem um fil
Mayara estava decidida a seguir em frente e agora não ouviria Celine ou qualquer outra pessoa. Com mais responsabilidades agora, por trazer um filho em seu ventre, ela pensava cautelosamente. Precisava de estrutura financeira para seguir em frente.Flávia: Como você vai fazer agora?Mayara: As rodadas de jogos começam agora. Preciso garantir minha posição no clube.Flávia: Mas como será isso? A barriga cresce e uma hora você precisa parar.Mayara: Não se preocupe, Flávia. Está tudo combinado com minha mãe e os dirigentes do clube. Uma gravidez não deve impedir uma mulher de seguir sua carreira e seus sonhos. Além disso, estou estudando para entrar na faculdade e consegui minha aprovação na escola. Minhas notas durante o ano foram suficientes. O ano que passou foi muito difícil.Flávia: É, foi pedreira! respirou fundo e baixou a cabeça.Elas voltaram para o apartamento de Jonas. Ele estava apreensivo, sentado na poltrona da sala tomando um vinho. Quando ouviu as duas entrando respirou
Ela sentou na cadeira e ficou ali olhando para ele por algum tempo. Sabia que não seriam as palavras dela que o fariam lembrar do que viveram, mas existia uma leve esperança de sua recuperação. Mayara: Então! Me chamo Mayara, moro na mesma cidade onde você tem residência, mas em lugar bem diferente de você.Evans: Como assim? Lugar diferente! - Ele olhou incrédulo. Ela deu um sorriso meio tímido e continuou.Mayara: Moro na Vila, do outro lado da cidade. São extremos bem diferentes.Cada palavra dela era uma interrogação para Evans e ele fazia caras e bocas, pois tudo era muito estranho para ele. E muitas perguntas estavam na sua cabeça. Ele não entendia muito o que estava acontecendo, mas queria a companhia dela. Evans: Eu estive nesta Vila onde você mora? Não consigo me lembrar de você, mas não consigo me desprender de você. O que aconteceu? Não entendo.Ela não respondeu e olhou para ele no fundo dos olhos, respirou fundo percebendo que ele precisava descansar. Mayara: Preciso i
A Sra. Kátia estava recebendo a mãe de Mariana, que sem avisar a filha, chegou na cidade para acompanhá-la. Eleanor ainda estava abalada com o que havia acontecido, o estupro e ser expulsa de casa. Ela abriu um sorriso forçado para a mãe de Evans, disfarçando toda a mágoa.Eleanor: Desculpe a hora, mas senti que precisava vir ajudar minha filha com os cuidados com Evans e com a gravidez dela.Francis olhou fixo para Mariana que logo desviou o olhar e esquivou-se dele saindo rapidamente da varanda indo ao encontro da sua mãe. Pouco depois o tio de Evans apareceu, saindo da varanda. Eleanor olhou para sua filha com olhar de repreensão.Sra. Kátia: Esse é Francis, o tio de Evans. - Eleanor estendeu a mão e o cumprimentou e aproximou-se de sua filha. - Você pode ficar com Mariana até irmos embora e aí poderá ocupar o outro quarto. Francis irá conosco também, não é?Francis: Sim estarei com meu irmão ajudando nos negócios da família. - Ele respondeu olhando para Mariana. - Mas pode ser que
No hospital Evans teve seus dias cheios sempre seguidos de várias visitas, sua mãe, seu pai, seu tio, Mariana e Eleanor. Mas ele sempre esperava ansioso pelo final de cada dia quando aquela mulher misteriosa o visitava com aquele sorriso e cheiro peculiares.Mayara: Está ficando complicado vir aqui ver você. - Ela adentrou o quarto com um novo visual. Uma peruca loira e olhos azuis. Evans ficou maravilhado com aquela mulher de pele iluminada e os olhos dela realçam todo aquele disfarce.Ela era sempre pontual e quando o relógio marcava 20 horas o coração de Evans começava a acelerar e até a entrada dela no quarto parecia que o mundo havia parado. O barulho na porta o fazia jubilar de alegria e seu corpo entrava em total êxtase.Evans: Você acha que é difícil se arriscar por mim? - Olhou para ela com olhos tristes e infantis a comovendo.Mayara: Não é isso que quero dizer. Acho que agora com a mãe de Mariana por perto parece que estou em um filme de espionagem. Ela está de olho em quem
Eleanor era um general cuidando dos horários de Evans, mas o Sr. Frederico sempre arrumava um jeito de ter o horário das 20 horas reservado.Eleanor: Por que o senhor tem um horário marcado aqui para estar com Evans? Não entendo, o senhor é só o segurança dela.Sr. Frederico: Fiz a solicitação diretamente para o Sr. Christian e esposa. Não devo responder a senhora.Eleanor ficou intrigada com aquele horário reservado e mais ainda porque Mariana não se importava. A filha só se preocupava com aquele filho indesejado. E agora ela ainda precisava vigiar a filha por causa do tio do Evans.Eleanor: tomarei providências quanto ao senhor. pode me aguardar. - Saiu enfurecida do hospital.A família de Evans não fazia ideia de como ele estava se recuperando tão rápido, mas as visitas de Mayara surtiam efeito diretamente. Mas o Sr. Frederico sabia que ele precisava do medicamento adequado.---Enquanto sua mãe fazia inspeções e interrogatórios quanto às pessoas que visitavam Evans, Mariana só que
Mariana saiu do hospital e foi rapidamente para o hotel onde estava hospedada. Ao chegar na porta ouviu conversas e risadas altas vindas do lado de dentro do apartamento. Ao abrir viu sua mãe confortavelmente sentada conversando com Francis.Eleanor: kkkkkkk! Você é sempre muito gentil.Ambos estavam com uma taça de espumante e a conversa parecia de pessoas que se conheciam há tempos. Mariana olhou com estranheza para a cena e seguiu para o quarto.Eleanor: Venha! se junte a nós. - Ela olhou para a filha que acabara de entrar e fez um sinal para ela.Mariana relutou um pouco, mas acabou obedecendo e se juntou aos dois. Francis olhou para ela com um sorriso no olhar.Francis: Traga por gentileza um suco para a moça. - Ela pediu a serviçal que ficava no apartamento.A família Smith já havia voltado para a cidade e Francis iria logo após. Ele havia dito que precisava resolver algumas pendências na capital.Eleanor: Seu tio me contou que mora no Canadá e coordena negócios da família Smith