Mayara havia voltado para o clube, sem nenhuma restrição médica. Poderia treinar, sem esquecer de hidratar e alimentar-se corretamente. Buscou coragem de contar aos pais seu novo estado. Ligou algumas vezes para sua mãe, mas não conseguiu concluir a conversa sobre a criança que trazia em seu ventre.Marcela: Oi, minha filha! Como você está? Como está Evans, nosso genro?Mayara ainda não havia contado que as informações sobre o estado de saúde de Evans eram adquiridas através de ligações feitas pela sua irmã mais nova, que conseguia contar com requintes de detalhes como ele estava.A última vez que esteve no hospital ela foi proibida de retornar e na verdade não tinha forças para fazê-lo, não por Mariana, mas sim pelo fato de ela estar grávida dele e ainda era sua noiva. Celine chegou a fazer um vídeo em uma de suas visitas. Ela entrou no quarto e fez uma vídeo chamada para Mayara mostrando como Evans estava. Que logo foi advertida por Mariana a não utilizar o celular dentro do quarto
Jonas havia chegado em São Paulo, mais um que foi proibido de entrar no quarto de Evans. Com a desculpa de que deveriam restringir a quantidade de visitas para que a cabeça de Evans não ficasse cansada, Mariana conseguiu deixar o amigo e a amada dele do lado de fora daquele corredor. Além disso, ele havia arregimentado alguns profissionais do andar a seu favor.Mariana tinha um horário para si e acontecia quando saía para tomar banho, trocar de roupas e dormir fora do ambiente hospitalar. Mas sempre fazia tudo com muita tranquilidade, pois ela pagava muito bem aos seus arregimentados.Mayara, Jonas e Celine se encontraram em seu apartamento. Celine levou roupas, peruca e disfarce para Mayara.Celine: Cunhada você está deslumbrante! O que está usando para sua pele. Não é só isso. É você toda. Há um brilho diferente em você. Percebeu Jonas?Jonas: Realmente está mudada, deve ser os treinos ou algo assim.Celine: Pode ser. Sei lá. - riu como uma criança prestes a fazer uma grande arte.E
Mariana estava no shopping próximo ao hospital. Ela caminhava lentamente observando as vitrines e com pensamento distante.Pensava na condição em que se encontrava no momento. Ela esperava Evans acordar e acabar com toda esta situação, pois sentia que sua mãe estava indo longe demais. Na verdade, não era o futuro que ela verdadeiramente queria. De repente o telefone dela tocou e logo ela atendeu, pois havia identificado o nome de uma das profissionais do hospital que ela havia pagado.Profissional: Srta. Mariana, o Sr. Evans acordou. - Ela falava afobada.Parada em frente de uma vitrine, Mariana se assustou e apertou o telefone com força. O coração acelerado a fez parar um pouco e respirar, mas logo adiantou-se e seguiu rapidamente para o hospital.A porta de vidro abriu e Mariana entrou rapidamente, logo ela viu um rosto familiar, quando olhou para ela sentiu uma pontada na barriga, talvez por ter saído tão rapidamente do shopping. Ela logo tocou a barriga, não se ateve àquele rosto
Evans estava no meio do laranjal. Ele correu por muito tempo procurando uma forma de sair dali sem sucesso.Ele percebia que a medida em que andava seus anos de vida passavam por ele. Já não era mais uma criança correndo ali, mas um adolescente com seus cabelos longos e riso perfeito, porque ele gostava daquele aroma agradável que as flores proporcionavam.Havia uma estrada no final daquela plantação, mas era inalcançável. Ele tentava chegar até ela, mas não conseguia. Cansado de se esforçar e com sua idade atual ele se viu sugado para fora da plantação. Era como se ele estivesse sendo trazido de volta de algo profundo, mas não chegou na estrada e sim abriu os olhos. Ao fazê-lo ele ouvia muitos aparelhos e sentia um aroma conhecido de flor de laranjeira.Havia uma mulher muito bonita sobre ele tocando seus lábios, mas não a identificou causando-lhe grande estranheza. E vieram à mente várias perguntas: "onde estou?"; "Quem é essa mulher?"; "Porque me sinto preso aqui?"Evans: Quem é v
Eleanor havia recebido a notícia de que Evans havia acordado e que não se lembrava de Mayara e do rompimento de seu compromisso com Mariana. Ela se sentiu aliviada, mas saber que sua filha ainda estava em risco a fez lembrar do pai dela e de que poderiam fazer alguma coisa ainda para reverter o caso.Ela ainda estava no seu quarto, Plínio já havia saído de casa. Foi até o closet e enviou uma mensagem para o Sr. Ivo: "Precisamos nos encontrar para falar sobre nossa filha".Quando se lembrou do dia que passaram juntos ela sentiu calafrios e vontade de estar com ele novamente, mas não vinha ao caso. ela queria mesmo era dar um jeito em Evans, porque agora Mariana estava mais próxima de ser desmascarada.A mensagem foi enviada pela manhã e até o horário do almoço ela não havia recebido resposta. Ela achou estranho, porque ele respondia rapidamente as suas mensagens.Eleanor gostava de almoçar na mesa da cozinha, pois assim não se sentia tão só. Lá havia uma grande mesa, onde a família co
Jonas entrou no apartamento alguns minutos depois de Flávia. Silenciosamente, como de costume, no quarto de hóspede as amigas conversavam:Flávia: Com tudo o que está acontecendo, ele deveria saber do seu estado.Mayara: Não acredito que seja boa ideia se ele nem se lembra de mim. Vão achar que estou tentando dar o golpe da barriga. Não preciso dele, não preciso deles.Flávia: Mas o filho não é só seu. Ele tem um pai. - A porta se abriu e Jonas estava parado na frente delas com os olhos assustados.Jonas: Grávida? - As duas se olham assustadas.Flávia: Estou sim. Peguei o resultado hoje e estou contando para minha amiga. - Mayara olhou para ela sem entender.Jonas: Que legal! - Olhou para Flávia e perguntou: - De quanto tempo Mayara? Mayara: Há algumas semanas estou cuidando disso. - Ela suspirou fundo e sentou-se na cama. Jonas olhou para ela interrogativo.Mayara: Não se preocupe! Terei o bebê, mas será criado longe daquela família e do Evans, que nem sequer se lembra de mim. - Olh
Há 4 horas da capital, estava se recuperando do luto. Ela chegou a perder o apetite e perder alguns quilos. O olhar dela havia perdido o viço e ela suspirava todas as vezes que se lembrava do Sr. Ivo, o homem que ela amou e foi proibida de viver com ele.A dor maior era de não poder enterrá-lo, porque não havia como explicar isso ao marido. Procurou manchetes de jornais que poderiam dizer quem tirou a vida dele, mas a única coisa que encontrou foi que ele estava envolvido em muitos crimes e poderia ter sido vingança ou mesmo queima de arquivo.Enquanto lia a matéria percebeu que havia uma pessoa no quarto. Estava quieta, muito quieta e silenciosa. Ela levantou a cabeça e olhou para cima e viu seu marido a contemplando.Plínio: você não vai encontrar nada nos jornais ou em outro lugar. A pessoa foi bem cautelosa. - Eleanor olhou assustada para seu marido e deixou o celular na cama.Plínio: Eu achei que você havia mudado desde que nos casamos. Mas não aconteceu a mudança que eu esperava
Após o ato consumado ele se manteve em cima dela por um momento, apoiou o queixo no ombro dela e começou a chorar.Plínio: Por que você nunca me amou? Trabalhamos juntos, crescemos, te dei um lar, somos uma família.Eleanor estava em silêncio lembrando de quão gentil era o homem que estava em cima dela. Ela não conhecia aquela pessoa que a violentou. Eleanor: Eu tentei! - Respondeu com a voz embargada, cheia de decepção. - Estar com ele naquele dia foi um ato isolado, sempre que nos encontramos evitei chegar perto.Plínio: Por que foi diferente dessa vez? Por que você transou com ele então? Por que ele te mostrou o que ele poderia ter dado a você? Nós sabemos que ele conquistou tudo aquilo com sangue de pessoas inocentes. - Se moveu de cima dela e se deitou na cama. Um silêncio invadiu o quarto. Ela queria sair correndo, mas sabia que seu marido poderia pegá-la. Então permaneceu ali na cama ao lado dele. Plínio suspirou várias vezes quebrando o silêncio, até que.Plínio: Nem um fil