A primeira ideia que veio na mente de André era salvar aqueles que haviam sido aprisionados por Zeus dentro de Artemis.
- Eu não tenho como fazer isso. Apesar de assimilar os poderes de quem ele me dá, não consigo "por ou tirar" alguém de dentro de mim. Apenas Érebo tem esse poder - ela respondeu quando André lhe pediu isso.- Precisamos ser cuidadosos. Se Zeus ainda tem a Brahmastra, ele ainda é muito perigoso - Apolo ponderou.- Mas ele não tem mais. A única arma mística que está na posse dele agora é o cajado que, até onde sei, apenas permite o teletransporte - André contou.- Mas você disse que tinha duas das armas... - Hefesto questionou.- Mas ele perdeu a terceira, matando minha irmã, pouco antes dela fechar o campo de força nesse planeta. A arma se perdeu no espaço.- Ou renasceu junto com ela - Apolo corrigiu. - MaEmma desapareceu com a lança e renasceu em algum outro lugar, mas se teletransportou de volta para o mesmo lugar onde estava antes. Gabriel já tinha voltado ao centro, onde Athos continuava. Seu olho estava todo vermelho de sangue. Aos poucos todo o céu começou a ficar assim vermelho e começou a chover sangue, enquanto o olho dele se curava.- Ele consegue repassar para o planeta o dano que recebeu da arma mística. Não consigo imaginar o que ele faria se eu utilizasse a Brahmastra. - André falou consigo mesmo. - Esse cretino ainda tem a coragem de vir com as asas abertas para tentar nos expor ao ridículo, com essa história de anjos, como você sabe que nossas simbioses são de pássaros, também? - Gabriel se dirigia a Athos, afrontando-o- É evidente que eu não sabia. Eu apenas mantenho um acordo de alguma liberdade para minha simbiose. Um pássaro precis
Na mais escura imensidão do infinito, ondas de explosões A mais escura imensidão do infinito envolvia o universo, onde estrelas pulsavam em uma coreografia celeste, iluminando o cosmo com explosões de energia em cascata. Aquele espetáculo cósmico, com suas batidas ritmadas, ecoava como o palpitar de corações e o fluir do sangue pelas veias, uma representação da vida em sua essência e concepção. No entanto, o ambiente de grandeza e majestosidade era abruptamente interrompido na sala de reuniões do Dr. Paulo Azevedo. Os funcionários ao seu redor notavam com preocupação o enfraquecimento de sua respiração e a debilitação de seus batimentos cardíacos. O empresário, no auge de sua maturidade, sofria um infarto justamente durante a apresentação de seu mais novo e promissor produto, após uma noite intensa de paixão. Aquele empreendimento sustentável, fruto de décadas de sucesso profissional, era o seu maior sonho, repleto de inovações tecnológicas. Como a união de dois seres em um ato de am
Na manhã seguinte, Eva acordou e ouviu o pulsar do coração de Moisés. Usava o peito dele como travesseiro e aquele ritmo a acalmou.Ela pensou que jamais iria chorar por um coração que parou enquanto tivesse aquele coração batendo bem perto.O desenrolar daquela história de amor não foi surpreendente. Eva estava completamente apaixonada e um certo jeito cafajeste de Moisés, de tê-la sob comando, de não dar satisfações, ser independente, sumir por uns dias e não dar notícias e de repente reaparecer com um fogo que a deixava enlouquecida, aquilo tudo fazia com que ela soubesse que estava ficando nas mãos dele, mas sem querer ou conseguir fugir disso.Moisés era um homem misterioso, cheio de segredos sobre sua vida, não tinha família e não deixava claro sua profissão. P
- Não tenho tempo para isso, Dona Fátima, não posso ficar indo em todas as reuniões da empresa. - Dizia André que mal havia assumido os negócios depois da morte de seu pai e sentia como se anos já tivessem se passado.- Mas, Sr. André, a reunião com os investidores japoneses é extremamente importante, a empresa precisa de credibilidade internacional agora, e nesse momento sua presença é muito necessária. - Insistia a secretária Fátima, que agora, mais assumia o papel de babá, depois de mais de 30 anos na empresa naquele cargo. Enquanto André passava ferozmente pelas portas do escritório da sede publicitária da empresa, a secretária se contorcia para escapar do fechamento das portas levando consigo centenas de documentos e pastas, que André evitava ter que parar para ler e assinar tudo. Por vezes sua medalhinha de Nossa Senhora roda
- Desculpem, mas o museu já fechou! Dizia o segurança na entrada do museu.- Somos os donos, Cezar! - Respondeu, André, lendo o nome do vigilante no crachá.Um outro segurança já se aproximava deles e rapidamente resolveu o problema na entrada.- Boa noite, Dr. André! Entendam que não é comum a visita de vocês ainda mais nesse horário e o Cezar é novo por aqui! - Aquele era Wanderson, chefe da segurança do complexo. Conhecia os dois desde quando eles ainda faziam trabalhos de escola na biblioteca do complexo cultural da família.- Boa noite, Wando! Sem problema, o erro é nosso, mas precisamos ir ao museu, consultar um item.- Claro, Dr.! Vou levá-los! - Se prontificou!- Fique tranquilo, conhecemos bem o caminho e tenho todos os acessos. - A resposta de André, um pouco tenso, deixou Wanderson
André abriu os olhos. O Sol quente ardia seu corpo todo. Estava deitado numa areia escaldante. Sentia como se a areia tivesse invadido seus poros, entrado pela boca, presa por todo seu cabelo. Lembrava o que tinha acontecido. Será que sobreviveu e foi sequestrado? Atirado no meio do nada? Sentia seu corpo diferente. Foi tentando levantar e se percebeu mais magro, seu abdômen definido como de um atleta, seus braços mais finos. A ideia de que havia morrido e que estava em outra realidade passava por sua cabeça, mas a possibilidade de sonho fazia mais sentido para ele.Ao ficar de pé, olhou para o céu e viu dois Sóis. A combinação da luz, na posição que estavam dava um avermelhado para todo aquele cenário entre areia e céu infinitos. O céu foi se cobrindo de nuvens, ficando mais escuro rapidamente, o som lembrava o de turbinas d
- Então, deixa eu ver se entendi direito, aquele idiota, quando esteve na Terra, deixou descendentes, deixou testemunhas que escreveram sobre suas ações como bem entenderam, inclusive fizeram profecias em seu nome e criou um elemento químico com seu poder, não natural, que deixou no planeta, sem contar nada disso para nós? - A mulher que leu os pensamentos de André contava as conclusões que tirou com base nos acontecimentos lembrados pelo garoto.- Quem você pensa que está chamando de idiota? - Zeon ficou furioso e ao gritar essa pergunta explodiu uma enorme energia a partir de seu corpo para cima, como se saísse dele fogo e raios elétricos que escapavam das chamas. André, no susto, caiu sentado.- É mesmo um idiota se precisa confirmar a quem eu estava me referindo! - Gritou em resposta a mulher que não por menos explodiu de
Hagar levou André novamente para o deserto. Contou diversas histórias fantásticas que intrigavam André e o faziam entender mais o funcionamento daquele Universo. O que mais impressionava André era o mecanismo que levava uma pessoa ao morrer para uma outra vida. Existia uma total aleatoriedade, mas ao mesmo tempo, também alguma previsibilidade. Na cabeça dele, lembrava seu familiarizado mercado de ações. Existiam muitos fatores externos que influenciavam e que podiam fugir do controle de quem quisesse tentar adivinhar o destino de alguém que morria em sua primeira vida. Mas ao mesmo tempo, existiam padrões que se observados bem por um estudioso poderiam ser previstos e o apostador teria grande chance de sucesso se existisse um banco de palpites.- Acho muito interessante o caminho que fazem seus pensamentos. É maravilhoso ter contato, depois de tanto t