Ele não fez nenhum movimento brusco, e apenas franziu a testa, - Eu teria mesmo esse desprazer de procurar problemas?Isso era discutível.Só de ver aquela mãe e filha, eu já ficava irritada, e não queria descer do apartamento. Antes de virar as costas para voltar ao meu quarto, falei, - Seria melhor você mandá-las embora. Caso contrário, eu que vou embora.No entanto, antes de conseguir entrar, Rosa correu até mim, - Lucas, você precisa ver isso, aquela Nora...Quando seu olhar encontrou o meu, ela parou de falar abruptamente.Eu não queria vê-la. Mas já que ela me chamou, e decidi olhar, - O que há comigo? Não percebe? Agora você se preocupa tanto assim comigo?- Você, por que você está aqui! Você é realmente sem vergonha. Ainda corre atrás da Família Franco depois de divorciada...Ela tentou esconder, mas ainda pude ouvir claramente o ciúme e a irritação na sua voz.- Rosa!Com uma expressão gelada, Lucas disse, - Não quero ter que te lembrar uma terceira vez. Ela ainda é minha espo
Se for assim, essa mulher é ainda mais terrível do que eu imaginava.Zuleica sorriu brevemente, e seus lábios ainda estavam pálidos, - É tudo graças ao Lucas. Apesar de ter passado esses anos deitada na cama, fui muito bem cuidada. Por isso, eu confiei completamente a Rosa a ele.- Sim.Eu disfarcei um sorriso, e fingi não captar a sugestão nas suas palavras, - Que bom."Ela era a amante. E ainda arranjou para a filha ser amante. Infelizmente, sua filha tornou-se viciada em ser amante, e não poupando nem mesmo o seu próprio casamento."Dito isso, preparei-me para voltar ao meu quarto.- Srta. Gomes. - No entanto, Zuleica me chamou, - Nós viemos porque a Rosa recebeu algumas fotos estranhas, que também dizem respeito a você. Não deveríamos esconder isso de Lucas, então, você vem conosco.Franzi o cenho, pressentindo que não seria nada bom.Lucas, com a mão no bolso, falou com voz tranquila, - Vamos falar lá embaixo. Nora ainda está com fome.Ao descermos, Rosa não podia esperar para fal
Ele ergueu-se abruptamente, seu rosto carregou de uma expressão sombria, olhou-me de cima por um longo tempo. Finalmente, entre dentes, lançou-me um aviso, - Sonhe!Também perdi a paciência. Levantei-me de súbito e fui em direção à sala de estar, encarando a mãe e filha que cochichavam entre si, - Falem, o que?- Lucas!Rosa levantou-se triunfante. Seu olhar atravessando o meu, dirigiu-se diretamente a Lucas. E soltou uma bomba, - Você sabia? A criança da Nora, poderia não ser sua!Parecia que o ar havia congelado naquele instante.Senti uma raiva ardente, e estava prestes a esbofetear Rosa. Mas dessa vez Rosa já havia se defendido. Empurrou-me e atirou um envelope contra meu peito.Ela sorriu com desdém, - Veja com seus próprios olhos e vamos ver como você vai explicar isso para Lucas!O envelope deslizou pelo meu corpo até cair no chão. Mas uma pessoa foi mais rápida em pegá-lo. Lucas, com o envelope em mãos, ergueu-se.Com dedos bem definidos, abriu o envelope e retirou algumas foto
No terceiro aniversário de casamento, Lucas Franco pagou um preço alto por um colar que eu desejava há tempos. Todos diziam que ele era louco por mim.Cheia de alegria, preparei um jantar à luz de velas, mas recebi um vídeo em que Lucas colocava o colar em outra mulher, dizendo: “Parabéns por esta nova chance na vida.”Acontece que esse dia não era apenas nosso aniversário de casamento. Também era o dia em que seu amor do passado havia se divorciado.______________Embora o meu casamento com o Lucas Franco não fosse fruto de um amor correspondido, eu nunca pensei que algo assim aconteceria comigo.Publicamente, ele sempre manteve a imagem de um marido extremamente apaixonado.Sentada à mesa, olhava para o bife frio e para as manchetes que ainda circulavam: “Lucas Franco gasta fortuna para agradar à esposa!” Tudo isso soou como uma ironia silenciosa.Às duas da madrugada, um Mercedes preto finalmente entrou no pátio. Pela janela panorâmica, vi quando ele saiu do carro. Vestindo um terno
Joias?— A Rosa chegou, — Franzi a testa levemente, elevando a voz para Lucas Franco, que acabava de entrar no banheiro: — Vou descer para vê-la primeiro.Quase no segundo seguinte, ele surgiu em passadas largas. O semblante estava mais sombrio do que eu jamais havia visto.— Vou ver o que Rosa quer, não se preocupe, vá se arrumar!Na minha frente, o homem, sempre sereno, e reservado, falava com uma voz misturada com uma emoção difícil de descrever, como se estivesse irritado e, ao mesmo tempo, ansioso. — Eu já estou pronta, — Uma sensação estranha surgiu em mim no momento em que respondi. — Até coloquei pasta na sua escova, esqueceu?— Ótimos! Vamos descer logo para não deixar a visita esperando.Segurei sua mão e começamos a descer a escadaria com um design em espiral. Ao chegar à metade, podíamos ver Rosa, vestida com um elegante vestido branco, sentada no sofá.Ela também ouviu os passos e levantou a cabeça, com um sorriso tranquilo. Quando viu Lucas e eu de mãos dadas, o copo em
Fiquei pasma.Como se precisasse confirmar algo, eu olhei várias vezes para o e-mail com atenção.Sim, era isso mesmo. Rosa foi nomeada como diretora de design, a minha chefe imediata.— Nora, você a conhece?Zoe percebeu que algo estava errado, balançou a mão na frente dos meus olhos e falou sobre a sua suspeita.— Sim, ela é a irmã de Lucas por parte de pai, — Coloquei o celular de lado ao mencionar. — Já te falei sobre ela antes.Depois da formatura, nós seguimos caminhos diferentes, mas Zoe e eu, que éramos muito próximas durante a universidade, decidimos ficar no Rio de Janeiro, sem planos de ir para outro lugar.— Poxa, nepotismo, né! — Zoe fez uma careta ao constatar.Eu não respondi de imediato. Pensando bem, isso era mais do que simples nepotismo.— Lucas está maluco? — Zoe continuou reclamando, indignada com minha situação. — Por que ela? Nunca ouvi falar dela no mundo do design, e Lucas, do nada, dá a ela o cargo de diretora? E quanto a você? Em que posição ele vai te coloca
Ele aceitou quase que imediatamente, sem vacilar. Enlacei seu pescoço com os braços, com um leve sorriso, olhando-o intensamente.— Dez por cento, você está realmente disposto a me dar isso?— É para você, não para um estranho. — Seu olhar era sereno quando redarguiu; Naquele momento, eu tive de admitir que o dinheiro era mesmo uma excelente maneira de mostrar lealdade. A emoção que suprimi durante toda a tarde finalmente encontrou alívio. Quase como querendo provar algo, perguntei sorrindo: — E se fosse a Rosa, você daria?Lucas vacilou por um instante até que finalmente, os seus olhos encararam os meus.— Não. — Ele respondeu com veemência.— Sério?— Sim, tudo que posso oferecer a ela é aquela posição.— Vou pedir para o Felipe Moura te entregar o contrato de transferência de ações esta tarde. — A voz estava mais calma e firme quando Lucas me abraçou. — A partir de agora, você é uma das proprietárias do Grupo Franco. Os outros, vão trabalhar para você.— E quanto você? — Bem-humo
Lucas estava me esperando e Rosa estava sentada no banco do passageiro. Eu realmente queria dar meia volta e ir embora, mas a razão me fez ficar. — A chave do carro. — Estendi a mão para Lucas ao pedir.Lucas não falou nada, apenas colocou a chave na minha mão. Contornei o automóvel e fui diretamente para o assento do motorista, sorrindo sob o olhar confuso e surpreso de Rosa.— Não se preocupe, querida! Você é quase como uma irmã para o Lucas, então pegar carona é algo absolutamente comum. — Em seguida, olhei para Lucas, que ainda estava em pé do lado de fora. — Anda logo, o vovô já está nos esperando.O silêncio se perpetuou durante todo o percurso. Tudo estava quieto como se estivéssemos num caixão.Rosa queria conversar com Lucas, mas provavelmente por ter que ficar virando a cabeça, pareceria um pouco estranho.Percebendo que eu estava desconfortável, Lucas de repente abriu uma garrafa de bebida e me passou.— Você quer um pouco de Suco de manga? Esse é o seu favorito.Tomei um g