SarahDepois de vários meses sem ter uma conversa real com Rachel, hoje eu planejava abordar diversos acontecimentos entre nós e em nossa família. No entanto, o que realmente me estimulou a procurá-la foi a sua perda, algo que foi incrivelmente doloroso para mim e que tenho certeza de que para ela foi ainda mais.Sinceramente, eu estava cansada de tanta intriga e desunião. Mesmo que descobrir o quão egoísta Rachel era e todas as suas tramas tenham me causado grande dor e decepção, não conseguia viver com tanto ódio em meu coração.— Será que estou sendo fraca? — perguntei a Mary.Minha sogra insistiu em me acompanhar, já que, mesmo estando em uma fase avançada da minha recuperação, Kael achava que não era seguro eu andar por aí sozinha, sem o suporte necessário.— Você conhece minha opinião, Sarah — respondeu Mary com um sorriso gentil. — Acredito que o mais importante é a sua felicidade, e você não será plenamente feliz sem ter essa conversa com Rachel. Vocês precisam desse momento.
RachelQuando entrei na sala de estar, a insegurança e nervosismo tomaram conta de mim. Ver Sarah sentada, aparentemente tranquila, concentrada em suas unhas recém-manicuradas, como se não tivesse nenhuma outra preocupação na vida, fez meu coração disparar com ainda mais apreensão. A única possibilidade que rondava minha mente era a de que ela expressaria todos os seus sentimentos sobre mim e o quanto eu não merecia a preocupação das pessoas.Com muita angústia e insegurança, pronunciei o que mais soou como uma pergunta do que uma afirmação.— Lindsay falou que você queria falar comigo...Sarah me olhou com a mesma atenção que antes estava dedicando às suas unhas. Analisei-a de maneira disfarçada, pois não era necessário um olhar mais prolongado para perceber que minha irmã estava ótima e sua aparência refletia o bem-estar que vivia atualmente. Sarah parecia estar bem acima de tudo, independente de qualquer outra coisa, o que conseguiu amenizar um pouco a culpa que sentia em relação a
Jensen ThompsonContemplei a encantadora jovem ao meu lado, sorrindo satisfeito ao perceber como Madison se entregava por completo aos meus carinhos. Seus olhos cerrados, respiração entrecortada e lábios entreabertos emitindo suaves gemidos de prazer eram testemunhas do momento íntimo que compartilhávamos.Nos encontrávamos em meu apartamento, após tê-la convidado para uma sessão de sexo intenso. Uma cansativa reunião de negócios na Mitchell pela manhã me deixou extremamente aborrecido, e nada melhor do que a companhia de uma mulher jovem e irresistivelmente audaciosa para melhorar meu ânimo.Após conduzi-la a um ápice intenso e alcançar meu próprio prazer, fui ao banheiro para descartar o preservativo utilizado. Ao retornar à cama, encontrei a bela Madison ansiosamente à minha espera.— Você é simplesmente perfeita, meu amor — proferi, depositando um breve beijo em seus lábios enquanto me deitava ao seu lado. — Sempre pronta para satisfazer todos os meus desejos e vontades.— Eu te a
EnricoFixei o olhar na mulher que agora ocupava a cama, sua expressão ainda denotando evidente descontentamento. Seu corpo repousava contra a cabeceira almofadada, os braços firmemente cruzados diante do peito. A boca carnuda permanecia cerrada, enfatizando sua contrariedade. Ao menos, ela havia interrompido seu perambular frenético pelo quarto, assemelhando-se a uma fera enjaulada pronta para atacar.— Deveria desfazer essa expressão fechada — arrisquei, tomando coragem ao me aproximar da cama. — Não é justo ficar com raiva do seu futuro marido assim, Rachel.Minhas palavras pareciam ter aguçado ainda mais sua ira. Ela soltou os braços ao lado do corpo, encarando-me com um olhar furioso. — Como assim não posso ficar com raiva de você, Enrico!? — perguntou retoricamente, respondendo a si mesma em seguida. — Claro que posso. Aliás, estou muito irritada com você neste exato momento.Como o homem destemido que sempre me considerei, aproximei-me da cama espaçosa e me sentei. Optar por p
RachelApós mais de uma hora de grande expectativa, finalmente, Sarah me ligou para dar notícias sobre o encontro com Jensen Thompson. As informações eram bastante animadoras, aliviando-me consideravelmente.Apesar de tudo o que havia ocorrido entre nós e das descobertas sobre os segredos em nossa família, minha relação com Sarah parecia estar se reconstruindo, retornando ao que era antes. Fui sinceramente honesta em meu pedido de perdão, e ela parecia ter compreendido, mostrando-se verdadeiramente disposta a deixar o passado para trás e iniciar um novo capítulo, livre de mágoas e rancor. Era uma perspectiva maravilhosa para todos nós.Sarah estava visivelmente desgastada pelo confronto com nosso tio, que confessou suas maldades sem hesitação, orgulhando-se até mesmo de ter ajudado nossa mãe a separar os gêmeos de Mary, fazendo-a acreditar por tantos anos que seus filhos estavam mortos.— Era como se ele se sentisse orgulhoso por ter contribuído para afastar os gêmeos de Mary — Sarah
RyanEu ainda não conseguia acreditar que Jensen Thompson estava planejando escapar literalmente debaixo de nossos narizes! Ele mostrava ser verdadeiramente desprezível, e sua palavra não valia nada. Embora, inicialmente, ele concordou em nos encontrar na Mitchell pela manhã, ficou evidente que não tinha a intenção de cumprir o combinado.Oferecemos a ele um acordo vantajoso, onde só teria a ganhar evitando a intervenção da polícia. No entanto, aparentemente, Thompson preferia complicar as coisas. Uma hora antes do horário marcado, o investigador que estava monitorando todos os seus passos nos informou que ele não seguiu para a empresa como acordado.Poucos minutos depois, ficou claro que Thompson estava, na verdade, indo em direção ao aeroporto. Se essa era a escolha daquele mal caráter, que assim seja. Vamos atender ao seu desejo.— Ele não pode deixar o país! — Kael exclamou com raiva. — Não podemos permitir que ele escape tão facilmente.— A polícia já está a caminho — eu tentei a
RachelQue dia mais movimentado! Além de toda a confusão envolvendo Thompson e as intrincadas revelações do passado que continuavam a surgir em nossas vidas, agora havia mais esse elemento, também classificado como parte do "passado". No entanto, desta vez, tratava-se do passado de Enrico, não o da minha família.Tinha acabado de atender o telefone da casa, onde um dos porteiros informou que Dorothy, a mãe de Enrico e ex-esposa de Joseph, desejava falar com o filho. Num impulso insano, ao invés de checar com ele se estava disposto a recebê-la, simplesmente pedi que permitissem sua entrada, afirmando que eu a receberia na sala de estar.Ao encerrar a chamada, olhei para a porta fechada do banheiro, sentindo-me insegura sobre o que fazer a seguir. Sendo muito honesta, eu nem mesmo sabia ao certo se havia tomado a atitude correta, afinal, Enrico e eu realmente não conversamos mais sobre aquele assunto delicado.Na verdade, nosso tempo juntos tinha sido tão breve até agora, especialmente
EnricoDo que entendi ao ouvir no corredor, Rachel estava “pedindo” a alguém para ir embora. Seu tom de voz era rude e nada delicado. Reconheci a voz como sendo de Dorothy, minha mãe que havia desaparecido e agora reaparecido desejando uma aproximação indesejada.Não estava com vontade de falar com minha mãe e não sentia nenhum afeto por ela. Ela era apenas minha genitora e nada além disso. Mas, diante do seu tom suplicante, decidi ouvir o que tinha a dizer.— Tudo bem, então — concordei com o pedido de Dorothy, mesmo que totalmente contra a minha vontade.Confesso que fiquei curioso sobre o assunto importante que ela queria tratar comigo, com o pressentimento de que não se tratava apenas de eu ser ou não seu filho. Algo me dizia que seu retorno e insistência em se aproximar de mim não eram motivados por sentimentos.— Vou subir então — disse Rachel, prestes a sair da sala virando as costas para mim.Interrompi sua tentativa de seguir em frente ao envolver meus braços em seus ombros e