Dante chega ao apartamento de Samantha. Ele estaciona na vaga destinada ao apartamento dela. - Pronto. Agora vamos lá para a cima. Ele sai do carro e corre na direção da porta do passageiro para ajudar sua secretária a sair do carro. Samantha já estava achando aquilo tudo um tremendo exagero e, somado aquela dor de cabeça latejante a deixava irritada. Dante abre a porta do carro e estende a sua mão para a ajudar a sair. - Eu não preciso dessa atenção toda, sabia? Ela reclama o olhando séria enquanto é ignorada pelo mafioso. Dante trava o seu carro e a pega no colo. Samantha solta um grito de surpresa e depois o encara zangada. - Já disse que não precisa de tudo isso. - Você ainda tem vertigem e pode cair. Agora fique caladinha e aproveita o passeio. - Até parece que sou uma donzela indefesa. Me põe no chão! Samantha começa a se debater e Dante apenas suspira dizendo: - Continue se debatendo e estará despedida. - Como? - É isso mesmo que você ouviu. Se tem amor
Valentina havia dormido nos braços de seu avô logo após ser alimentada por ele. Vicenzo não conseguia esconder a sua alegria em poder ficar com sua neta. Dante estava sentado perto da enorme janela da sala de estar de seu pai olhando para a chuva que havia começado a cair. Ele sempre achou o som da chuva reconfortante e assisti-la cair o ajudava a recolocar as ideias no lugar. Vicenzo vai até ele segurando Valentina nos braços. Dante nota a sua sombra no chão e o encara sério. - Ela lembra muito você quando tinha essa idade. Dorme tão fácil. Dante levanta e caminha na direção de seu pai. Ele faz um carinho na menina e depois deposita um beijo em sua testa. Valentina parece se ajeitar no colo do avô enquanto dorme. - Ela também tem o sono leve. Qualquer barulho durante a madrugada a acorda. Dante sorri ao se lembrar das noites em que passa em claro devido ao choro de Valentina. Vicenzo sorri olhando para seu filho, mas percebe que ele ainda estava incomodado com a secretária. "
Samantha estava deitada no quarto esperando o remédio para a dor de cabeça fazer efeito. Toda aquela situação em que ela estava, só piorava a dor de cabeça, pois tinha muita coisa em jogo. Ela não podia mais negar que possuía sentimentos por Dante, pois a cada beijo que ele dava, ela queria mais, mas também tinha o seu trabalho como detetive que terminaria com Dante preso e a pena que ele pegaria não seria pequena. Também tinha Valentina, que era totalmente dependente do pai. A menina iria parar em algum orfanato, se não aparecesse nenhum parente ou alguma pessoa mal intencionada poderia a adotar e tirar proveito de toda a sua fortuna. Samantha sabia muito bem o que era aquilo, pois sua tia fez o mesmo e olha que os pais da detetive não deixaram nem 2% do que Dante possuía. - Deus! O que eu faço? Ela leva as mãos até a cabeça para poder colocar as ideias no lugar. Neste momento, o seu telefone começa a tocar e ela atende sem olhar o identificador de chamadas. - Seja lá quem for,
Dante havia chegado no apartamento de Samantha. Ele estava segurando um vaso de orquídeas amarelas em frente a porta dela, procurando as palavras certas para poder falar. "Ok, entrego as flores, peço desculpas, entrego as flores, se tudo bem e vou embora." Ele pensa enquanto tosse um pouco, pois o perfume enjoado de seu pai estava começando a lhe incomodar. - Não deveria me deixar ir pelas loucuras do meu velho. Ele sussurra enquanto ajeita o seu cabelo. O mafioso pensa em entrar direto, pois as suas digitais continuam cadastradas na fechadura, mas ele para e pensa um pouco. Ela estava zangada com ele e entrar assim pioraria a situação. "Devo mostrar que a respeito." Ele vai e toca a campainha. Ele não ouve os passos dela. Então Dante toca mais uma vez a campainha e nada dela atender. "Merda, esqueci que ela ainda não consegue caminhar sozinha." Dante leva o seu dedo até o leitor biométrico, mas a porta abre. Ele levanta os seus olhos azuis e encontra Samantha o olha
Samantha abre os olhos e percebe que estava abraçada com Dante. Ela olha para cima e o vê dormir completamente relaxado, pois parecia que o mafioso não relaxava desse jeito há séculos. Ela sorri ao se lembrar da noite intensa que os dois tiveram. O italiano era ótimo e isso a fazia sorrir feito boba. Esse sorriso desaparece assim que ela olha as tatuagens no peito dele. "Ele é o terrível Escorpião e você será mais uma vítima dele se não o prender logo." Este pensamento vem em sua cabeça a fazendo se sentir culpada por ter se levado pelos seus sentimentos. Ela senta na cama enquanto leva as suas mãos até a sua cabeça, que agora, começava a latejar com força. Dante abre os olhos assim que sente a cama se mexer. - Você está bem? Ele pergunta preocupado e Samantha olha para ele ainda massageando as têmporas. - É só essa dor de cabeça que não passa. - O médico disse que ela diminuiria com o tempo. Dante levanta e vai até a cozinha buscar um copo d'água. Ele volta se
Dante chega na mansão de seu pai. Ele estava mais leve e até sorrindo depois da noite que teve com Samantha. Parecia que todos os seus problemas haviam desaparecido no momento em que a tinha em seus braços e o mafioso não via a hora de poder repetir aquela noite de amor. Ele sobe as escadas e vai até o quarto que seu pai havia feito para a menina. Lá ele encontra Vicenzo deitado na poltrona reclinável com Valentina no colo e o álbum de fotos no chão. O álbum estava aberto em uma foto antiga onde Annalisa estava segurando ele quando era um bebê. Dante agacha e pega o álbum para poder olhar aquela foto. Ele a toca enquanto lamenta pelo rumo manchado de sangue em que tomou na vida, pois, secretamente, ele desejaria ter seguido por outro caminho longe da máfia. Ele senta em outra poltrona e fica olhando aquelas fotografias. Elas lhe trazem boas lembranças do passado até que uma foto se solta do álbum e revela uma carta escrita por sua mãe. - Mama! Ele suspira enquanto pega a carta
Vicenzo estava sentado com Valentina no colo mostrando o álbum de fotografias para ela. A menina ria enquanto batia palmas. Do outro lado da sala, Dante olhava para os dois enquanto pensava no quanto que sua filha gostava do avô. Ele vai até a janela e vê as orquídeas amarelas no jardim. Imediatamente o mafioso começa a pensar em Samantha, especialmente na noite que passaram juntos. Esse pensamento o faz sorrir feito um bobo e Vicenzo já percebe isso vendo o seu reflexo pelo vidro. - Parece que você está mesmo gostando dessa ragazza. Dante para de sorrir enquanto olha para o seu pai. - Não precisa me olhar assim. Eu sei muito bem quando uma mulher mexe com a cabeça de um homem. - Estar com ela me traz um pouco de paz. Só sentia isso quando estava com a Giulia. - Te entendo, filho. Valentina pega o paletó de Vicenzo e o abraça. Dante vai até ela e faz um carinho em seus cabelos. - Ela está sentindo falta do ursinho. Vicenzo a ajeita em seu colo. - Bem, já ia levar ela para c
Dante estava abraçado com Valentina tentando fazer a menina se acalmar, mas ela chorava e soluçava sem parar. A última vez que ele havia a escutado chorar deste jeito foi durante o seu castigo. "- Calma filhinha. Ninguém irá machucar o papai." Ele deposita alguns beijos em sua bochecha enquanto a menina soluçava. Vicenzo chega no quarto com seu avental sujo de farinha. - Ela continua assustada? - Está, sim, mas daqui a pouco passa. Dante responde a seu pai sem tirar os olhos de Valentina. A menina vê o avô e parece se acalmar. Vicenzo faz um carinho de leve nos cabelos dela antes de ir até o armário e pegar um vestido laranja com flores brancas para ela. Dante se surpreende ao ver a quantidade de roupas que seu pai havia comprado para a menina. Parecia que a menina morava ali. - Acho que ela irá ficar linda com este vestido. Vicenzo mostra o vestido para Dante e ele concorda com um leve aceno. Valentina para de chorar, então Dante a leva para o banheiro onde Vice