Vicenzo estava sentado com Valentina no colo mostrando o álbum de fotografias para ela. A menina ria enquanto batia palmas. Do outro lado da sala, Dante olhava para os dois enquanto pensava no quanto que sua filha gostava do avô. Ele vai até a janela e vê as orquídeas amarelas no jardim. Imediatamente o mafioso começa a pensar em Samantha, especialmente na noite que passaram juntos. Esse pensamento o faz sorrir feito um bobo e Vicenzo já percebe isso vendo o seu reflexo pelo vidro. - Parece que você está mesmo gostando dessa ragazza. Dante para de sorrir enquanto olha para o seu pai. - Não precisa me olhar assim. Eu sei muito bem quando uma mulher mexe com a cabeça de um homem. - Estar com ela me traz um pouco de paz. Só sentia isso quando estava com a Giulia. - Te entendo, filho. Valentina pega o paletó de Vicenzo e o abraça. Dante vai até ela e faz um carinho em seus cabelos. - Ela está sentindo falta do ursinho. Vicenzo a ajeita em seu colo. - Bem, já ia levar ela para c
Dante estava abraçado com Valentina tentando fazer a menina se acalmar, mas ela chorava e soluçava sem parar. A última vez que ele havia a escutado chorar deste jeito foi durante o seu castigo. "- Calma filhinha. Ninguém irá machucar o papai." Ele deposita alguns beijos em sua bochecha enquanto a menina soluçava. Vicenzo chega no quarto com seu avental sujo de farinha. - Ela continua assustada? - Está, sim, mas daqui a pouco passa. Dante responde a seu pai sem tirar os olhos de Valentina. A menina vê o avô e parece se acalmar. Vicenzo faz um carinho de leve nos cabelos dela antes de ir até o armário e pegar um vestido laranja com flores brancas para ela. Dante se surpreende ao ver a quantidade de roupas que seu pai havia comprado para a menina. Parecia que a menina morava ali. - Acho que ela irá ficar linda com este vestido. Vicenzo mostra o vestido para Dante e ele concorda com um leve aceno. Valentina para de chorar, então Dante a leva para o banheiro onde Vice
Samantha estava sentada na cama recapitulando tudo que havia descoberto sobre Dante e a máfia. Ela precisava descobrir algo e rápido ou estaria fora do caso. - Deus! O que eu faço? Ela esfrega o rosto em busca de alguma iluminação divina, pois ainda estava difícil pensar com clareza. "… sei muito bem que você já deve estar dando para ele. Vai usar esse seu rabo infértil para ajudar o FBI?" Essas palavras de Brian não saiam da cabeça dela. - Filho da puta! Ela fecha a cara ao se lembrar de seu ex marido. Até que algo passa por sua cabeça. "Vou fazer o que esse palhaço disse." Ela olha para o seu reflexo decidida, pois ela conseguiria avançar nas investigações ao mesmo tempo, em que irritava o seu ex. - Você vai se arrepender de ter dito isso. Ela vai até o espelho e começa a pentear os seus cabelos. Depois pega o telefone da casa e liga para Dante. Após alguns toques, ele atende. - Alô? - Olá, senhor, Savoia. Acho que ainda temos alguns assuntos pendentes.
A claridade ainda incomodava os olhos de Samantha, mas ela não desperdiçaria aquela chance de se infiltrar na família Savoia. Ela sabia que a polícia italiana suspeitava de que a Famiglia Cosa Fiera havia sido fundada pelos Savoia, coisa que eles nunca conseguiram provar devido a uma investigação cheia de furos e provas que "desapareceram" de maneira misteriosa. Miranda suspeitava de que eles possuíssem aliados infiltrados tanto na polícia quanto na política do país e foi por isso que ela fez de tudo para que a polícia italiana não soubesse sobre essa investigação do FBI. Dante olha para ela quando chega na rua e percebe o seu incomodo com a luz do dia. - Tem um óculos escuro no porta-luvas. Samantha olha para ele e depois pega o óculos e o coloca dizendo: - Muito obrigada. Ele a sente um pouco desconfortável e imagina ser devido à relação dos dois. - Quer discutir a nossa relação? "Sempre direto." Ela pensa enquanto suspira. - Eu... nem sei se temos algum tipo de relaciona
O almoço segue tranquilo com Vicenzo bombardeando Samantha com perguntas e ela respondendo o mais natural possível. Ele ainda estava convencido de que ela estava escondendo algo e iria descobrir o mais rápido possível. Os empregados retiram a mesa quando eles terminam. Valentina havia acordado e Dante foi ver se estava tudo bem com ela. - Vamos dar uma volta pelo meu jardim. Assim a gente conversa mais um pouco. Vicenzo sugere enquanto sorri e Samantha não vê outra saída a não ser aceitar. Eles caminham pelo jardim e ela já reconhece a orquídea amarela que Dante havia lhe dado. - Essas são as flores favoritas da mãe do Dante. Vicenzo fala tocando suavemente uma das flores. - Sua esposa tem ótimo gosto. - Tinha. Ela faleceu tem vinte anos. Vicenzo olha para o chão enquanto se lembra de sua esposa. - Eu sinto muito. Samantha olha para Vicenzo e nota uma ponta de tristeza. O mafioso logo se recompõe. Ele a olha firme dizendo: - Está tudo bem. Me fale um pouco sobre você, Ema
Dante estaciona em sua mansão fazendo Samantha estranhar isso. - Pensei que você me levaria para casa. - Estava pensando em passarmos um tempo juntos, pois estamos nos conhecendo melhor. Dante sorri de lado a puxando para um beijo. - A menos que você queira ir para casa. Samantha lembra que Miranda estava no apartamento a sua espera e, certamente, tentaria colocar algum juízo em sua cabeça. - Acho que ainda temos alguns assuntos pendentes. Ela sorri com malícia. - Bom saber. Dante a puxa para mais um beijo apaixonado. Ele sai do carro e corre para poder abrir a porta para ela. Samantha mal sai do carro e é pegada no colo pelo mafioso. Ele a leva com cuidado até um quarto de hóspedes, pois ainda não sentia confortável colocar outra mulher na mesma cama que dividia com sua finada esposa.Dante a deita com cuidado sobre a cama e fica em pé a olhando com desejo. Ele retira o paletó e o joga em um canto qualquer do quarto. Depois desamarra a gravata e começa a desabotoa
Samantha abre os olhos e sorri ao ver que havia acordado nos braços de Dante. Ela sorri com as lembranças dos dois e sente o seu coração aquecido com a declaração dele. "Será que ele me ama?" Era muito cedo para falarem de amor, mas isso era importante para ela. Samantha estava ciente sobre até onde deveria se envolver com Dante, mas a presença dele a deixava irracional. "Deus, o que eu faço?" Esse era o seu principal questionamento desde o envolvimento dos dois. Ela cumpriria com o seu dever e esperava que ele a perdoasse por isso. Samantha ergue a cabeça e fica admirando Dante dormir. Ela gostava de ver o quanto ele parecia tranquilo enquanto dormia. Samantha sente vontade de usar o banheiro. Então ela levanta com cuidado e vai até o banheiro. Ela usa o banheiro e vai até o espelho. Samantha nota a presença de uma marca deixada por Dante em seu pescoço e isso a deixa zangada. Depois ela se lembra dos momentos em que os dois passaram e isso a faz sorrir feito boba.
- Fiz tudo isso... porque... você me mandou. Tiffany fala com dificuldade. Ela sabia que Vicenzo não iria exitar em puxar o gatilho. Felizmente ela era astuta e sabia exatamente como reverter essa situação a seu favor. - Você está brincando comigo? Vicenzo a encara ferozmente. Então Tiffany o empurra dizendo: - Claro que não! Sei muito bem do seu poder e não quero correr o risco de ser concretada em algum prédio da cidade. Tiffany aproveita o momento para poder recuperar o fôlego. Vicenzo abaixa a arma, mas sem tirar o dedo do gatilho. - Então? Já vai começar a dar a sua explicação ou já devo te encher de bala e economizar o meu tempo? - Você ordenou que eu fizesse o seu filho voltar a se aproximar com a sua neta? Criei este conflito para que seu filho se aproximasse de você. Vicenzo continuava com os olhos fixos nela. Tiffany sabia que estava conseguindo virar o jogo. - Eu sabia da rixa entre os dois Dons, então criei essa pequena brincadeira para que o Rossi foss