- Fiz tudo isso... porque... você me mandou. Tiffany fala com dificuldade. Ela sabia que Vicenzo não iria exitar em puxar o gatilho. Felizmente ela era astuta e sabia exatamente como reverter essa situação a seu favor. - Você está brincando comigo? Vicenzo a encara ferozmente. Então Tiffany o empurra dizendo: - Claro que não! Sei muito bem do seu poder e não quero correr o risco de ser concretada em algum prédio da cidade. Tiffany aproveita o momento para poder recuperar o fôlego. Vicenzo abaixa a arma, mas sem tirar o dedo do gatilho. - Então? Já vai começar a dar a sua explicação ou já devo te encher de bala e economizar o meu tempo? - Você ordenou que eu fizesse o seu filho voltar a se aproximar com a sua neta? Criei este conflito para que seu filho se aproximasse de você. Vicenzo continuava com os olhos fixos nela. Tiffany sabia que estava conseguindo virar o jogo. - Eu sabia da rixa entre os dois Dons, então criei essa pequena brincadeira para que o Rossi foss
Dante estava sentado na sua cama brincando com Valentina. Ele pegou alguns ursinhos de pelúcia dela e estava contando uma história enquanto interagia com os brinquedos. A menina ria ao mesmo tempo que ele, pois o mafioso se sentia mais leve por estar sob o "efeito Raven", segundo seu mordomo. "Raven." Ele para um pouco e fica pensando na sua secretária. Dante estava começando a se sentir como antes e até resolveu fazer uma pequena pausa em sua busca implacável por vingança. Não que ele desistiria, mas seria menos cruel. Valentina o desperta de seus devaneios quando começa a agitar os seus braços para poder pegar o urso que estava em sua mão. Ele suspira entregando o brinquedo para ela. - O que você acha do papai estar saindo com a Raven? Ele pergunta já pensando se seria uma boa ideia avançar mais um passo em sua relação com a secretária. Era fato de que Valentina cresceria e que Dante não estava preparado para ter um "certo tipo de conversa" com ela. - Jesus... Dante
Dante havia chegado ao apartamento que havia dado para Samantha. Ele olhava o tempo todo para o relógio, pois a máfia não tolerava atrasos. Então ele estava torcendo para que sua secretária estivesse em casa. Devido suas atividades criminosas, somente John tinha conhecimento sobre a sua vida dupla. Então ele sempre contratava uma empresa que enviavam os trabalhadores para a mansão de Dante durante o dia. Devido a este rodízio de empregados, o mafioso não confiava em deixar sua filha em casa, pois, ele mesmo, não sabia ao certo, quem trabalhava em sua casa. "Deus, espero que ela aceite me ajudar." Dante pensa quando a porta do elevador abre no andar. Ele anda a passos apressados até a porta e ergue a mão para poder tocar a campainha. A porta abre antes dele tocar a campainha. Então ele dá de cara com Samantha, que estava carregando uma mala. - Raven! Você vai... embora? Era nítido o olhar de desapontamento e tristeza dele. Samantha engole seco enquanto pensa em algo. - Nã
O clima estava tenso e Dante partiria para cima de Rossi a qualquer momento. Vicenzo levanta ao mesmo tempo que soca a mesa. "- Acho melhor vocês dois acalmarem os ânimos agora mesmo! Ou, por acaso, esqueceram de que sou eu é que manda nessa porra?" Vicenzo esbraveja enquanto mostra que não estava para brincadeira. Rossi estava disposto a acabar com aquele show de hipocrisia, mas ele não era burro. Esperaria pelo momento certo. Dante senta sem deixar de encarar Rossi com hostilidade. Vicenzo olha para todos e percebe ter retomado o controle. "- Então Consiglieres? Como resolveremos isso?" Vicenzo pergunta enquanto se ajeite em sua enorme cadeira. "- Capo, preciso de mais detalhes para poder dar a minha opinião." Tiziano fala e Giuseppe concorda com um leve aceno com a cabeça. Vicenzo suspira fazendo um gesto com a mão para que um membro da máfia traga a maleta que ele havia guardado os dois chicotes. O mafioso abre e mostra os objetos para os dois. Giuseppe fica sério,
Dante estava dirigindo até o apartamento de Samantha, pois a única coisa que ele queria era abraçar Valentina enquanto refletia sobre tudo. "… Sua filha ainda sentirá nojo e vergonha em ter o sangue de um assassino correndo em suas veias…" "... Todo mundo sabe que você odiava a mãe da menina e que não suportava que mencionasse sobre a garota. Você mesmo lamentou ao saber que a menina havia sobrevivido..." Aquelas palavras ecoavam em sua cabeça enquanto ele dirigia. Neste momento, uma lembrança de uma briga que ele teve com Giulia vem em sua mente. ***************** Giulia estava grávida de quatro meses enquanto esperava por Dante. Ela estava zangada, pois tinha marcado o ultrassom para poder descobrir o sexo do bebê e Dante havia faltado por estar ocupado com a máfia. Já era tarde da noite e ele chega em casa com a roupa suja de sangue, torcendo para que a gestante italiana estivesse dormindo. Para seu azar, ela estava sentada no sofá com cara de poucos amigos. "- Pen
Samantha chega de cabeça baixa na casa onde Miranda estava morando. Ela passou o caminho todo de cabeça baixa enquanto pensava na atitude de Dante. Uma hora, ele era todo carinhoso. Outra hora, era o mesmo grosseirão que não deixava ninguém se aproximar. "Esse mafioso bipolar ainda vai me deixar maluca." Ela pensa enquanto reflete. Miranda nota a tristeza dela. - O Dante mexeu realmente com você. - Infelizmente... sim. E o pior é que você tem razão. - Tenho anos de experiência como menino. Miranda senta no sofá e faz um gesto com a mão para que Samantha deitasse no seu colo. Samantha a obedece, então a drag começa a fazer um carinho na cabeça dela. - Não se sinta assim, filha. Eu sei o quanto que um italiano é bom de cama, mas esse cara não presta. - Dói muito saber que estou sendo usada e... o pior é que eu também o estou usando. O cara nem sabe o meu nome de verdade. - E nem deve saber, pois você poderá amanhecer como o café da manhã dos tubarões. Agora você precisa se con
Vicenzo estava deitado no sofá com Tiffany relaxando. A tensão em seus ombros haviam desaparecido momentaneamente. - Estava sentindo falta disso, meu ursinho. Tiffany fala com a voz melosa enquanto Vicenzo a ignora. Ele ainda tinha um baita problema em suas costas e não sabia como resolver. Perder o controle era algo que o deixava louco. Rossi havia falado demais e seu medo de que Dante descobrisse sobre sua participação na morte de Giulia arrepiava a sua espinha. "Isso não pode acontecer." Ele pensa enquanto suspira. Tiffany percebe que algo o estava o incomodando e isso a deixa feliz. Ela sabia o quanto que ele detestava ser questionado, então opta pelo silêncio. "Espero que o idiota do Rossi esteja bem longe." Ela pensa já arquitetando seus próximos passos. Eles escutam alguém bater na porta. - Que inferno! Ele resmunga enquanto levanta. Vicenzo veste a sua calça apressadamente e depois abre a porta. Giuseppe entra na sala completamente espantado enquanto Tiffany fazia d
Dante levanta sobressaltado apontando a sua arma para o nada. Ele passa os olhos por todo o quarto do hotel em busca de algum tipo de ameaça. Felizmente estava tudo tranquilo e a única coisa que ele ouve é o som de Valentina se mexendo ao seu lado. - Jesus, ainda bem que foi apenas um sonho. Ele fala quase sussurrando enquanto lembra de seu sonho. Desde que havia saído de casa, ele sonhava que o assassino sem rosto de sua esposa aparecia e apunhalava Valentina bem no peito enquanto ele estava amarrado e assistia a tudo. O mafioso toca o rosto de Valentina enquanto pensa nas palavras de Rossi. "Será que ele teve a coragem de desejar a sua morte?" Aquela revelação sobre seu pai era demais para ele. Dante estava confuso em relação a muitas coisas e aproveitaria este tempo para poder comprar uma fazenda e a transformar em lugar seguro para que sua filha pudesse crescer longe de qualquer tipo de perigo. - Espero que algum dia você me entenda e possa me perdoar. Ele su