O almoço segue tranquilo com Vicenzo bombardeando Samantha com perguntas e ela respondendo o mais natural possível. Ele ainda estava convencido de que ela estava escondendo algo e iria descobrir o mais rápido possível. Os empregados retiram a mesa quando eles terminam. Valentina havia acordado e Dante foi ver se estava tudo bem com ela. - Vamos dar uma volta pelo meu jardim. Assim a gente conversa mais um pouco. Vicenzo sugere enquanto sorri e Samantha não vê outra saída a não ser aceitar. Eles caminham pelo jardim e ela já reconhece a orquídea amarela que Dante havia lhe dado. - Essas são as flores favoritas da mãe do Dante. Vicenzo fala tocando suavemente uma das flores. - Sua esposa tem ótimo gosto. - Tinha. Ela faleceu tem vinte anos. Vicenzo olha para o chão enquanto se lembra de sua esposa. - Eu sinto muito. Samantha olha para Vicenzo e nota uma ponta de tristeza. O mafioso logo se recompõe. Ele a olha firme dizendo: - Está tudo bem. Me fale um pouco sobre você, Ema
Dante estaciona em sua mansão fazendo Samantha estranhar isso. - Pensei que você me levaria para casa. - Estava pensando em passarmos um tempo juntos, pois estamos nos conhecendo melhor. Dante sorri de lado a puxando para um beijo. - A menos que você queira ir para casa. Samantha lembra que Miranda estava no apartamento a sua espera e, certamente, tentaria colocar algum juízo em sua cabeça. - Acho que ainda temos alguns assuntos pendentes. Ela sorri com malícia. - Bom saber. Dante a puxa para mais um beijo apaixonado. Ele sai do carro e corre para poder abrir a porta para ela. Samantha mal sai do carro e é pegada no colo pelo mafioso. Ele a leva com cuidado até um quarto de hóspedes, pois ainda não sentia confortável colocar outra mulher na mesma cama que dividia com sua finada esposa.Dante a deita com cuidado sobre a cama e fica em pé a olhando com desejo. Ele retira o paletó e o joga em um canto qualquer do quarto. Depois desamarra a gravata e começa a desabotoa
Samantha abre os olhos e sorri ao ver que havia acordado nos braços de Dante. Ela sorri com as lembranças dos dois e sente o seu coração aquecido com a declaração dele. "Será que ele me ama?" Era muito cedo para falarem de amor, mas isso era importante para ela. Samantha estava ciente sobre até onde deveria se envolver com Dante, mas a presença dele a deixava irracional. "Deus, o que eu faço?" Esse era o seu principal questionamento desde o envolvimento dos dois. Ela cumpriria com o seu dever e esperava que ele a perdoasse por isso. Samantha ergue a cabeça e fica admirando Dante dormir. Ela gostava de ver o quanto ele parecia tranquilo enquanto dormia. Samantha sente vontade de usar o banheiro. Então ela levanta com cuidado e vai até o banheiro. Ela usa o banheiro e vai até o espelho. Samantha nota a presença de uma marca deixada por Dante em seu pescoço e isso a deixa zangada. Depois ela se lembra dos momentos em que os dois passaram e isso a faz sorrir feito boba.
- Fiz tudo isso... porque... você me mandou. Tiffany fala com dificuldade. Ela sabia que Vicenzo não iria exitar em puxar o gatilho. Felizmente ela era astuta e sabia exatamente como reverter essa situação a seu favor. - Você está brincando comigo? Vicenzo a encara ferozmente. Então Tiffany o empurra dizendo: - Claro que não! Sei muito bem do seu poder e não quero correr o risco de ser concretada em algum prédio da cidade. Tiffany aproveita o momento para poder recuperar o fôlego. Vicenzo abaixa a arma, mas sem tirar o dedo do gatilho. - Então? Já vai começar a dar a sua explicação ou já devo te encher de bala e economizar o meu tempo? - Você ordenou que eu fizesse o seu filho voltar a se aproximar com a sua neta? Criei este conflito para que seu filho se aproximasse de você. Vicenzo continuava com os olhos fixos nela. Tiffany sabia que estava conseguindo virar o jogo. - Eu sabia da rixa entre os dois Dons, então criei essa pequena brincadeira para que o Rossi foss
Dante estava sentado na sua cama brincando com Valentina. Ele pegou alguns ursinhos de pelúcia dela e estava contando uma história enquanto interagia com os brinquedos. A menina ria ao mesmo tempo que ele, pois o mafioso se sentia mais leve por estar sob o "efeito Raven", segundo seu mordomo. "Raven." Ele para um pouco e fica pensando na sua secretária. Dante estava começando a se sentir como antes e até resolveu fazer uma pequena pausa em sua busca implacável por vingança. Não que ele desistiria, mas seria menos cruel. Valentina o desperta de seus devaneios quando começa a agitar os seus braços para poder pegar o urso que estava em sua mão. Ele suspira entregando o brinquedo para ela. - O que você acha do papai estar saindo com a Raven? Ele pergunta já pensando se seria uma boa ideia avançar mais um passo em sua relação com a secretária. Era fato de que Valentina cresceria e que Dante não estava preparado para ter um "certo tipo de conversa" com ela. - Jesus... Dante
Dante havia chegado ao apartamento que havia dado para Samantha. Ele olhava o tempo todo para o relógio, pois a máfia não tolerava atrasos. Então ele estava torcendo para que sua secretária estivesse em casa. Devido suas atividades criminosas, somente John tinha conhecimento sobre a sua vida dupla. Então ele sempre contratava uma empresa que enviavam os trabalhadores para a mansão de Dante durante o dia. Devido a este rodízio de empregados, o mafioso não confiava em deixar sua filha em casa, pois, ele mesmo, não sabia ao certo, quem trabalhava em sua casa. "Deus, espero que ela aceite me ajudar." Dante pensa quando a porta do elevador abre no andar. Ele anda a passos apressados até a porta e ergue a mão para poder tocar a campainha. A porta abre antes dele tocar a campainha. Então ele dá de cara com Samantha, que estava carregando uma mala. - Raven! Você vai... embora? Era nítido o olhar de desapontamento e tristeza dele. Samantha engole seco enquanto pensa em algo. - Nã
O clima estava tenso e Dante partiria para cima de Rossi a qualquer momento. Vicenzo levanta ao mesmo tempo que soca a mesa. "- Acho melhor vocês dois acalmarem os ânimos agora mesmo! Ou, por acaso, esqueceram de que sou eu é que manda nessa porra?" Vicenzo esbraveja enquanto mostra que não estava para brincadeira. Rossi estava disposto a acabar com aquele show de hipocrisia, mas ele não era burro. Esperaria pelo momento certo. Dante senta sem deixar de encarar Rossi com hostilidade. Vicenzo olha para todos e percebe ter retomado o controle. "- Então Consiglieres? Como resolveremos isso?" Vicenzo pergunta enquanto se ajeite em sua enorme cadeira. "- Capo, preciso de mais detalhes para poder dar a minha opinião." Tiziano fala e Giuseppe concorda com um leve aceno com a cabeça. Vicenzo suspira fazendo um gesto com a mão para que um membro da máfia traga a maleta que ele havia guardado os dois chicotes. O mafioso abre e mostra os objetos para os dois. Giuseppe fica sério,
Dante estava dirigindo até o apartamento de Samantha, pois a única coisa que ele queria era abraçar Valentina enquanto refletia sobre tudo. "… Sua filha ainda sentirá nojo e vergonha em ter o sangue de um assassino correndo em suas veias…" "... Todo mundo sabe que você odiava a mãe da menina e que não suportava que mencionasse sobre a garota. Você mesmo lamentou ao saber que a menina havia sobrevivido..." Aquelas palavras ecoavam em sua cabeça enquanto ele dirigia. Neste momento, uma lembrança de uma briga que ele teve com Giulia vem em sua mente. ***************** Giulia estava grávida de quatro meses enquanto esperava por Dante. Ela estava zangada, pois tinha marcado o ultrassom para poder descobrir o sexo do bebê e Dante havia faltado por estar ocupado com a máfia. Já era tarde da noite e ele chega em casa com a roupa suja de sangue, torcendo para que a gestante italiana estivesse dormindo. Para seu azar, ela estava sentada no sofá com cara de poucos amigos. "- Pen