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As mãos estavam sobre o corpo deitado de Orion que se iluminou quando terminou de dizer suas palavras. Era um brilho verde, uma transição mágica que lhe estraçalhava o corpo de dentro pra fora, podia sentir o corpo arder, a pele sendo retorcida e a alma gritando, enquanto seus olhos ficavam fosco. Mas não podia se dar luxo de desmaiar, que seu menino sentisse a dor que estava tomando pra ele, não podia ceder, não agora. Havia muito a ser feito ainda.

Devoção. Devoção... Devoção! Era o que ecoava em seus ouvidos, que fazia o gosto de sangue invadir o fundo da boca, e lembrava a Raydon de quem era e o que já foi, do que já tinha feito em nome dessa palavra. Mas ao que era devoto agora? Se não aos caprichos, aos desejos de um homem que não queria ficar só, e ao medo de perder mais alguém. Agora, por aquele momento, não, foi antes,  quanto estava prestes, a ceder, a decidir quebrar uma das suas promessas. Mas esperou, prorrogou o quanto pode até que seu coração d

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